Bom e Mau Leitor
Por: Clau Souza • 15/6/2016 • Trabalho acadêmico • 723 Palavras (3 Páginas) • 1.049 Visualizações
TG: O Bom e o Mau leitor
Clau Jorge
Aluna do curso de História da Universidade Paulista
RESUMO
Partindo do pressuposto de que há bons e maus leitores, através deste trabalho iremos apontar algumas de suas características em diálogo com as considerações de Délcio Vieira Salomon.
Palavras-chave: Bons, maus, leitores, características
“A leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que a posterior leitura desta não possa prescindir da continuidade da leitura daquele. Linguagem e realidade se prendem dinamicamente.” [Paulo Freire]
Pesquisa encomendada pelo instituto Pró-Livro, diz que número de leitores no Brasil cresceu 6% nos últimos quatro anos. Porém, apesar do crescimento, é preciso questionar a qualidade dessa leitura.
A explicação para o aumento do número de leitores no país pode está na queda do analfabetismo e também no aumento do grau de escolaridade dos entrevistados, diz a pesquisa. Todavia, sabemos que diversos fatores podem ter contribuído para a alavancada dos números. O crescimento dos meios de comunicação e a expansão da internet têm proporcionado acesso a vários tipos de materiais. O que antes era restrito a certos grupos, hoje é disponibilizado abertamente via web. São livros, revistas, jornais, artigos científicos; bem como, páginas e autores. Um cenário propício para a prática efetiva da leitura.
O BOM LEITOR
Ora, se o brasileiro está lendo mais; resta nos então saber como é que ele está lendo. Sim, pois na formação de bons leitores é necessário o desenvolvimento de diferentes práticas de leitura. Quem lê bem, traça metas e propósitos. Por isso, um bom leitor não nasce da passividade, mas, das inquietações que perpassam a mente e atravessam o ser. Engana-se, porém, quem pensa que a leitura é uma ação meramente receptiva e unilateral, na verdade, o encontro entre livro e bom leitor, é uma espécie de cópula cognitiva, é a junção dos saberes que se interpenetram, se fundem, criam, recriam, e novamente se dão.
Prosseguindo com a nossa análise, observamos que o bom leitor é um sujeito habilidoso, crítico, consciente de si, e das relações que constrói através da leitura. É com o intuito de conhecer, que lê assuntos diversos, que amplia possibilidades, e abre-se ao novo. Conforme avança mais cresce, mais expande o diálogo, mais ligação estabelece; e, consequentemente mais maduro se torna.
Contudo, definir as qualidades do bom leitor é um grande desafio, pois ele não é um ser estático; move-se constantemente e busca a elevação. A cada livro lido, um aprendizado, uma experiência nova; todavia, se considerarmos os modelos norteadores, veremos que não é difícil reconhecer um bom e um mau leitor; o último, aliás, é justamente o oposto do primeiro.
O bom leitor, além do vocabulário, tem visão ampla, visão de mundo e de vida. Suas leituras não são fragmentadas, nem tampouco dissociadas da realidade. Como bem disse Délcio Vieira Salomon, esse sujeito lê unidades de pensamento. Porém, sua capacidade não é inata - é adquirida, trabalhada com afinco através
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