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Brasil em movimento

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Por:   •  12/9/2014  •  Seminário  •  345 Palavras (2 Páginas)  •  262 Visualizações

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O Brasil em movimento

Bandeiras: milho e feijão

A vila de São Paulo de Piratininga era a única que ficava no interior, subindo-se a Serra do Mar. Por sua localização, a cidade viveu em isolamento. Lá viviam paulistas, índios e mamelucos, cujos hábitos alimentares eram resultado do encontro da cultura indígena com a portuguesa, o que significa farinha de mandioca, farinha de milho, paçoca, feijão, rapadura e cachaça. Como temperos, sal e pimenta.

A população de São Paulo, na falta de atividade econômica lucrativa, partiu em busca de riqueza pelo interior do Brasil: ouro e escravos indígenas.

Os bandeirantes paulistas mostraram grande capacidade de adaptação ao meio, característica que os impediu de morrerem de fome. A mistura do colonizador com o indígena facilitou a entrada pelo sertão, pois o mameluco havia aprendido com sua mãe índia a sobreviver e a se orientar na mata e distinguir o que era bom ou venenoso para se comer.

Os que partiam eram muitos e os mantimentos de uma bandeira eram poucos, pois era muito difícil transportá-los em cestos nos ombros ou na cabeça. Além disso, os alimentos podiam estragar, a farinha de mandioca podia embolorar com a umidade, o feijão cozido podia azedar, o que acontecia com frequência, ocasionando disenterias.

Os principais suprimentos levados eram as farinhas de mandioca e de milho, o toucinho, o feijão e o sal. Quando esses alimentos acabavam, roças de feijão, mandioca e milho eram plantadas ou confiscadas aos índios, garantindo a subsistência. Além disso, os bandeirantes alimentavam-se do que encontravam no caminho: frutos silvestres, mel, carne de caça e peixes.

A água era essencial, pois matava a sede e com ela se preparava a jacuba, um mingau ralo feito de fubá ou farinha de mandioca, misturado com rapadura. Quando não conseguiam encontrar rios e córregos, chegavam a beber sangue de animais.

A culinária brasileira sofreu influência das andanças dos bandeirantes e ainda hoje se apreciam a paçoca de carne, o virado, a farofa, o churrasco, alimentos preparados à pressa no pouso, em meio à jornada.

O Brasil põe a mesa. Vera Vilhena de Toledo e Cândida Vilares Gancho. Editora Moderna, 2009.

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