CURSO TÉCNICO EM EDIFICAÇÕES INTEGRADO
Por: pipoca1245 • 23/5/2022 • Trabalho acadêmico • 779 Palavras (4 Páginas) • 152 Visualizações
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
FARROUPILHA- CAMPUS SANTA ROSA
CURSO TÉCNICO EM EDIFICAÇÕES INTEGRADO
MANUELA THAÍS DA ROSA
VARÍOLA
SANTA ROSA/RS
2020
2
1 A DOENÇA
Em um passado não tão distante, a ignorância humana perante doenças – e
hábitos de higiene – assolavam a todos. Quando combinamos essa dupla a uma
sociedade tomada por crenças, as justificativas para essas doenças, chamadas de
“pestes” ou “pestilentas”, tomavam diversas proporções.
E não foi diferente para a varíola, doença causada por um vírus que matava
por onde passava. Manifestava lesões na pele, também chamadas de bexigas, e delas
vêm o nome varíola, do latim varius, devido às diferentes formas com que se
apresentava.
Acredita-se ter eclodido 10 mil anos a.C, nas primeiras comunidades agrícolas
humanas, na região da Índia. Ali, foi atribuída a causas sobrenaturais, e os indianos
oravam pela divindade protetora Sitala Mata para protegê-los.
Da Índia espalhou-se pela Ásia, África e na Europa cristã. Todos adoravam
suas divindades protetoras - Ma-Chen e Pan-Chem na China e Sopona na África, por
exemplo - mas no último a crença se deu de forma diferenciada: era Deus quem
enviava a peste, como castigo pelos pecados cometidos, dos mais pobres aos mais
ricos.
E com esse pensamento, a doença chegou ao Novo Mundo, trazida pelas
Grandes Navegações, e rapidamente atacou os nativos, que não haviam tido contato
com nada parecido antes.
3
2 A CHEGADA NAS AMÉRICAS
A primeira infecção se deu, provavelmente, em 1555, com a instalação de
calvinistas franceses no Rio de Janeiro. Eles sonhavam com a França Antártica, e
para isso se aliaram aos indígenas. A ideia estava fadada ao fracasso por diversos
motivos, mas foi selada quando um surto de varíola atacou os nativos aliados,
matando diversos guerreiros.
Já em 1562, uma epidemia iniciada em Portugal veio para o Brasil e em menos
de um ano já estava reintroduzida na Bahia, e dali se espalhou por todo o litoral
brasileiro, e atacaram as aldeias jesuítas, que involuntariamente contribuíram para a
propagação da doença, porque ali os indígenas viviam com poucas condições.
Estima-se que, nos primeiros 90 dias da eclosão, cerca de 30000 nativos tenham
morrido, e o surto se estendeu durante vários meses.
Nesse primeiro momento, os relatos dessa mortalidade trazem uma grande
preocupação dos europeus com a morte de pessoas que não eram batizadas, além
da crença de ser uma punição aos indígenas por praticarem a sua cultura, onde
andavam nus, praticavam rituais canibais e eram “pagãos”.
Após, em 1597, acredita-se que naus francesas teriam saqueado um castelo
português na costa da África, sendo infectados. Os portugueses, vendo os inimigos
com a doença, atribuíram-na a castigo divino. Castigo divino esse que aportou na
costa brasileira, causando um novo surto.
Os contágios começavam no norte, que era onde a economia prosperava. No
sul do território, a primeira epidemia aconteceu em 1695, mas, com as extensões dos
surtos anteriores, pode ter chegado de forma menor antes disso.
4
3 AS CONSEQUÊNCIAS
Nesse cenário, a mortalidade dos nativos não os deixava servir como escravos
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