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Carta De Atenas

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Por:   •  20/3/2015  •  3.386 Palavras (14 Páginas)  •  620 Visualizações

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CIDADE INDUSTRIAL –

Foi com o acontecimento da Revolução Industrial que aconteceu o grande êxodo rural do campo para a cidade, porém essa última não estava tão preparada para receber tal fluxo e acabou ficando “inchada” e com muitos problemas nos direitos básicos de um cidadão, como a circulação e a higiene sanitária. A cidade provinha do desenvolvimento medieval onde eram delimitadas por uma muralha do ataque inimigo, porém quando as industrias começaram a trazer fluxos migratórios para a cidade, esse núcleo ficou superpovoado causando a necessidade da construção de novos anéis externos aos existentes para abrigar todos, eram poucos m² na cidade para muitas pessoas, foi desse contexto que surgiu o conhecido cortiço. Não somente na habitação, a cidade também se tornou saturada em suas vias de circulação, áreas verdes e etc., problemas que são demonstrados e dadas soluções na...

CARTA DE ATENAS –

Manifesto resultante do 4ºCIAM (Congresso Internacional de Arquitetura Moderna), demonstra muito bem os problemas gerados nas cidades industriais modernas e apresenta soluções cabíveis, mas não postas em prática, para os mesmos. Na primeira parte demonstra a generalidade das cidades, como por exemplo Influências do clima, solo, situação econômica, política e sobre o advendo da era da máquina que saturou a cidade. “ O advendo da era da máquina provocou imensas perturbações no comportamento do homem [...] O mal é universal que, expresso na cidade, por um congestionamento que gera encurralamento na desordem [...]”

Na segunda parte expõe sobre a caótica atual situação das cidades modernas e se separa em cinco pontos principais: Habitação, Lazer, Trabalho, Circulação e Patrimônio Histórico

* HABITAÇÃO – Nesse tópico discute sobre a aglomeração das pessoas que vieram dos campos e tiveram de dividir espaços inexistentes com as que aqui já residiam, gerando os conhecidos cortiços, onde havia além dos problemas de espaço, muitos problemas sanitários, como a falta de insolação aeração, recuo das barulhentas vias de circulação, escassez de aberturas para o externo. No esquema de exposição/discussão define como solução, primeiramente, a verticalização das edificações que, enquanto com novos materiais poderia-se chegar a 65 pavimentos, os edifícios estavam estagnados em poucos andares, elevando o edifício seria possível abrigar maior número de pessoas em uma menor área do que se utilizava, pois se destacaria o vertical, liberando maior espaço para a execução de áreas verdes. Além disso delimitou-se um mínimo de horas de insolação, recuos do barulho das vias e também melhor aeração da casa, que se resolveria com a verticalização que acabaria com os mínimos espaços entre duas casas.

* LAZER – Com o advendo da verticalização, áreas maiores, antes utilizadas pelas casas, estariam vagas para criar algo para distrair a vida do cidadão, que havia se tornado estressante nas indústrias, para esse momento de relaxar deveria criar-se três tipos de lazer: a) ao redor das moradias – como lazer diário, chegar do trabalho e relaxar por um momento, como algumas atividades esportivas desenvolvendo quadras nos locais próximos as edificações; b) na região – lazeres destinados a distração nas folgas e finais de semana, como por exemplo a praia ou um parque ; c) no país – destinados a ir poucas vezes por ano, lugares distantes como outros estados, que precisariam estar igualmente preparados.

* TRABALHO – Após a quebra do vínculo de fabriquetas na garagem de casa, as grandes indústrias mostravam dois problemas de posição, ou se localizavam nos núcleos urbanos e poluíam o ambiente e tomavam espaços de habitações ou eram longes demais e provocavam o êxodo diário dos cidadãos. Como solução propôs-se linearizar a linha de trabalho, as indústrias não ficariam nem tão perto e nem tão longe das cidades, se localizariam próxima dos meios de escoamento dos produtos (rios, ferrovias, hidrovias e etc), na outra ponta dessa linha se encontrariam as cidades verticalizadas e no meio áreas verdes serviriam como um ponto misto para dividir as duas zonas, sendo assim as viagens não se tornariam cansativas para o trabalhador, as cidades teriam mais espaços destinados para o que quer que seja e um ar mais puro para circular pelas casas.

* CIRCULAÇÃO – As vias nasceram juntamente com as cidades, por isso não suportavam grandes circulações e velocidades, por isso junto com a modernidade veio a “bagunça” nas vias, pois ao mesmo tempo que cidadãos caminhavam, haviam os cavalos e as máquinas, as ruas muito fracionadas não permitiam a essas últimas desenvolverem tal velocidade. Solucionou-se esse problema separando as vias de circulação em ordem de velocidade, havia vias mais largas e compridas para as máquinas, vias mais estreitas e com calçamento para os pedestres utilizarem e também as vias para as carroças, além de criar uma distância proveitosa entre as moradias e as vias de circulação devido aos ruídos.

* PAT. HISTÓRICO – Basicamente explica-se que se a obra ainda for de importância ou fizer parte de um contexto histórico, mantém-se e desvia-se o fluxo das vias que ali cortariam, ou contorna-se. Se a obra não tiver mais importância, for de um período superado, derruba-se e abre espaço para vias de circulação/área verde

POR UMA ARQUITETURA –

Obra do arquiteto Le Corbusier que expõe muitas de suas teses defendidas, como por exemplo “O volume, a superfície e a planta”

A) O volume – nossos olhos foram feitos para ver volumes sob a luz, que geram formas e sombras. Defende o uso de volumes primários, diz que arquitetos ficam presos em esboços estéreis de planos, pilastras, arabescos e quem verdadeiramente se destaca são os americanos que constroem os grandes silos com seus cálculos precisos se utilizando de grandes formas primárias.

B) A superfície – Diz do natural que é reunir volumes sob a luz e da necessidade de uma superfície que o envolve, porém é necessário criar uma superfície que envolva o volume de modo que não devorem-no e o tornem um parasita na paisagem. Fala que uma superfície com aberturas perfeitas baseia-se no traço das geratrizes e diretrizes, no xadrez. Utiliza novamente as fábricas americanas como exemplo.

C) A planta – É o ponto gerador da arquitetura, é dela que se derivam o volume e a superfície. Diz que a planta dá o sentido de ordem, sem ela há bagunça, e afirma também que os problemas de necessidade coletiva do futuro seriam resolvidos através da planta. PLANTA DE CIDADE-TORRE: Basicamente demonstra a cidade elevada, a verticalização proposta

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