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Centro de Humanidades Disciplina: História Medieval II

Por:   •  31/1/2017  •  Resenha  •  677 Palavras (3 Páginas)  •  332 Visualizações

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Universidade Federal do Oeste da Bahia - UFOB

Centro de Humanidades

        Disciplina: História Medieval II

Professor: 

Discente: 

“Introdução e Um Ano polêmico”

In: O ano 1000. Tempo de medo ou de esperança?

Hilário Franco Jr.

Barreiras

2016

FRANCO JR. Hilário. Introdução e Um ano polêmico. In: O ano 1000. Tempo de medo ou de esperança?. São Paulo: Cia. das Letras, 1999, p. 7 – 29.

Professor de pós-graduação de História Social na USP, Hilário Franco Jr. é um dos poucos especialistas brasileiros em história da idade medieval, no qual concentra suas pesquisas no contexto cultural que engloba esse período.

O texto de introdução de Franco Jr. tem como objetivo fazer uma análise historiográfica e legal de como o tempo medieval se processava e desta concepção de tempo que é uma visão do cristianismo, em que segundo Franco Jr. preocupa-se de “marcar o começo da vida coletiva, da identidade cultural de cada povo”. Ainda descreve algumas definições e caracteriza alguns equívocos com relação ao sistema de referenciais de tempo e do calendário cristão.

O ponto terminante na primeira parte do livro de Franco Jr. é a noção de tempo, “conceito útil em termos psicológicos e práticos na escala da vida de um indivíduo”, seu intuito e de pensar com serenidade o Ano Mil, sem rejeitar nenhuma vertente.

Há múltiplas aplicações para perspectiva de analise temporal proposta por Franco Jr. na sociedade ocidental cristã, seja do ponto de vista em que a sociedade instrumentaliza esse tempo ou pelas condições psicológicas e culturais, em que “dificulta para saber exatamente o que é o tempo”. A partir desta abordagem Franco Jr. examina esse sistema e o seu papel na construção do mundo ocidental medieval. Está nítido que nesta obra o autor tem uma abordagem com uma cultura de predominância cristã e a da sociedade ocidental.

A segunda abordagem no texto identifica o capitalismo com o comércio, ou ainda com a “produção voltada para a troca”. “Até o final do séc. XIII, as grandes feiras de Champagne constituíam os maiores entre vários empórios internacionais, onde os compradores do sul encontravam os vendedores do Norte.” Esta abordagem é bem influente, estando na base de algumas correntes teóricas, como o “utilitarismo” que busca o “segredo” do capitalismo, não no processo de produção, mas sim no processo de circulação de mercadorias.

Outro fator que se deve ser levado, em consideração é o surgimento de um colapso nas grandes propriedades senhoriais, difundido pelo pensamento humano e progresso na ciência da navegação. O setor industrial têxtil leva a um despovoamento do campo criando um impulso interno. Esse movimento é que vai a sentido do capitalismo “modo de produção”, contribuindo com as condições deteriorantes dos artesãos, o endividamento do senhor feudal, chegando à diminuição da produção de alimentos. Já as navegações criam um impulso externo, isto é, uma injeção de riqueza exterior, um capital mercantil gerado também, acaba por impulsionar todo o sistema produtivo europeu.

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