Como surgiram as favelas e como viraram espaços de território de marginalização
Por: Roger17 • 23/11/2018 • Resenha • 863 Palavras (4 Páginas) • 149 Visualizações
- como surgiram as favelas e como viraram espaços de território de marginalização
Foram notado a presença de casebres que se situavam no alto dos morros por meados de 1865, logo já surgiu uma ideia que eram um lugar de ilegalidade, extrema pobreza. Ideias essas que foram acentuadas ao longo dos anos pelos antropólogos e pela falta de poder público nessas localidades.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estátisticas ( IBGE ) caracteriza as favelas como uma aglomeração subnormal. Isto é, é um conjunto de habitações que ocupam ou já tenham ocupado uma propriedade alheia, sendo ela pública ou privada, sendo essas habitações densas e dispostas de uma maneira desorganizada, ressaltando principalmente o abastecimento desses lugares com serviços públicos de baixa qualidade.
Por volta do século XlX, em 1897, surgiram na cidade do Rio de Janeiro as primeiras favelas, sendo elas o morro da Providência e de Santo Antônio. Mesmo com uma grande falta de moradias, a cidade do Rio de Janeiro não parou de crescer. Entre 1903 e 1906, o então prefeito da cidade do Rio de Janeiro, Pereira Passos instituiu um projeto faraônico. Esse projeto fora denominado como “Bota-Abaixo”, assim o prefeito almejava transformar a cidade do Rio de Janeiro em um “París Tropical”, houve intensas reformas urbanas que cominaram na derrubada de vários cortiços, que eram vistos como moradias da imoralidade, doenças e marginalização.
Posteriormente, foram impostas novas normas urbanas que acabaram inviabilizando ate mesmo o subúrbio para as classes pobres, isso porque os meios de transportes eram precários e a classe mais pobre não podia subsidiar a sua passagem diária. Devido a isso, houve um grande êxodo de pessoas para as localidades que ficavam perto dos meios de comercio e fabricas.
Outro ponto que deve ser ressaltado para o surgimento das favelas é que, como visto antes, os operarios ,que vinham para a cidade para trabalhar em obras, não possuíam meios para se locomover do subúrbio para os locais de trabalho, isso acabou gerando a ação de construir moradias precárias perto das obras. Nesse contexto, podemos citar a expansão das linhas do bondinho, em que demandavam uma grande quantia de mão-de-obra, os trabalhadores construíam as suas moradias perto das obras, isso acabou fazendo um borrão no espaço urbano do Rio de Janeiro. Por isso que atualmente podemos encontrar favelas em áreas nobres do Rio de Janeiro, mesmo após o termino das obras, os
operários acabavam permanecendo nessas moradias pois precisavam permanecer perto da zonas de trabalho.
A segregação urbana- também denominada como segregação social- refere-se à periferização ou marginalização de determinados grupos por fatores econômicos, culturais, históricos e ate raciais. Quando foram surgindo as favelas na face na cidade do rio de janeiro, foram vista como um lugar que só poderia ser habitado por pessoas de moral duvidosa.
Os antropólogos da época de seu surgimento sempre ligaram essa área – favela- a ideia de um lugar violento, cheio de pessoas sem moralidades e um lugar de doença. Defendiam que as pessoas que habitam nesse lugar não queriam viver sobre a normas estabelecidas pela sociedade, viviam em uma espécie de anarquismo por assim dizer. Não eram favoráveis aos bons costumes de uma sociedade civilizada.
A elite da época levantava a hipótese que as pessoas que moravam nesse lugar estavam de certa forma viabilizando a violência, que elas se submetiam as leias impostas pelo poder paralelo porque elas são coniventes com essa situação.
Devido a falta de poder público nessas localidades, os moradores acabaram tendo que conviver com péssimas infraestruturas, falta de pavimentação, saneamento básico, sem espaços de lazer.
Isso porque o poder público sempre teve o seu foco de atuação voltado para as áreas mais nobres da cidade
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