Culto e Cultura - Os Jesuítas e Gregório de Matos
Por: Sérgio Di Salles • 13/4/2017 • Trabalho acadêmico • 1.853 Palavras (8 Páginas) • 243 Visualizações
FACULDADE ANÍSIO TEIXEIRA
CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL – HABILITAÇÃO EM JORNALISMO E PUBLICIDADE E PROPAGANDA
REALIDADE BRASILEIRA E REGIONAL
SÉRGIO MURILO SANTOS DE SALES
CULTO E CULTURA PRESENTES NO
PROJETO JESUÍTA DE COLONIZAÇÃO E NA POESIA SATÍRICA DE GREGÓRIO DE MATOS
FEIRA DE SANTANA
2017
FACULDADE ANÍSIO TEIXEIRA
CURSO DE GRADUAÇÃO EM PUBLICIDADE E PROPAGANDA
SÉRGIO MURILO SANTOS DE SALES
CULTO E CULTURA PRESENTES NO
PROJETO JESUÍTA DE COLONIZAÇÃO E NA POESIA SATÍRICA DE GREGÓRIO DE MATOS
Trabalho avaliativo solicitado pelo professor Ricardo Aragão, na disciplina Realidade Brasileira e Regional do curso de Comunicação Social – Habilitação Jornalismo e Publicidade e Propaganda, no terceiro semestre do turno noturno, da Faculdade Anísio Teixeira.
FEIRA DE SANTANA
2017
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 4
2 PROJETO JESUÍTA DE COLONIZAÇÃO 5
3 POESIA SATÍRICA DE GREGÓRIO DE MATOS 7
4 CONCLUSÃO 10
5 REFERÊNCIAS 8
INTRODUÇÃO
Analisando a história da Colonização do Brasil e a poesia satírica de Gregório de Matos, é possível observar um forte contraste de cultos e culturas. Segundo Alfredo Bosi, autor do livro “Dialética da Colonização”, cultura é o conjunto de práticas, de técnicas, de símbolos e de valores que devem ser transmitidos às novas gerações para garantir a convivência social. A definição dele dá à cultura um significado muito próximo ao ato de educar. Colo, cultus, cultura é a etimologia da palavra. Cultura é o conjunto de sentido, o que é, o que age, o que procede uma determinada sociedade. Culto é o sentido ético, moral das leis estabelecidas por nós. Identidades que formam o povo brasileiro (indígenas, portugueses, africanos).
A formação da identidade cultural de um povo dá por processos simbólicos (canto, rito, dança). Esses símbolos são derivados da religião. É importante analisar que, no caso do Brasil, para o domínio do catolicismo, houve tentativa de extinguir a religião nativa, o que pode ser visto no início do processo de colonização. Portugal trouxe membros da ordem de Jesus, os Jesuítas, para ampliar o número de fiéis no Novo Mundo. O alvo principal eram os índios, que foram descritos por Pero Vaz como povos inocentes e que iriam se converter facilmente.
PROJETO JESUÍTA DE COLONIZAÇÃO
O interesse da igreja católica em evangelizar o Novo Mundo se dava pelas várias transformações ocorridas na Europa no século XVI. As religiões protestantes surgiram nesta época como uma alternativa ao poderio religioso católico. Tomé de Souza chegou trazendo vários padres jesuítas que deveriam propagar a fé católica. Fundaram colégios e missões pelo litoral e interior do Brasil e deixaram de só converter e passaram a administrar as principais instituições de ensino.
Nesta inserção no Novo Mundo, aconteceu uma transposição de padrões de comportamento e linguagem. A cultura, de início, parecia repetir o modelo europeu, mas teve que ser reinventada. Anchieta que escrevia em latim, teve que aprender o tupi e inventou um imaginário nem totalmente católico e nem totalmente tupi e forjou figuras místicas, profetas que voavam e eram vistos pelos nativos como anunciadores da terra sem mal.
Não se sabe como os índios viviam antes da colonização, pois eles não possuíam escrita e não existiam documentos que explicassem como eram essas comunidades antes do descobrimento, porém, segundo relatos de descobridores e estudiosos do período, cada nação indígena possuía crenças e rituais diferenciados. Todas as tribos acreditavam na força da natureza e nos espíritos antepassados. Os índios cultuavam estes deuses e espíritos através de rituais, cerimônias e festas e alguns enterravam os corpos em grandes vasos de cerâmica. As tribos acreditavam na vida após a morte.
Eles viviam em sociedade e sem desigualdades e disputas de poder. Esta sociedade segundo estudiosos tinha como fim a reprodução da solidariedade e não visava a acumulação de bens e lucros. O cotidiano e os costumes dos índios começaram a ser mudados, os portugueses chegaram, extraíram riquezas, devastaram o solo e substituíram a natureza por outra. O indígena passou a perder o seu espaço e a sua liberdade, ficando cada vez mais dependente do homem branco.
A mistura das culturas é algo próprio para a formação dos brasileiros. A oralidade, expressão através do culto é uma característica da cultura popular. Bolamos instrumentos de diálogo, falamos mais rápido com outros, mas mantemos tradições culturais (exemplo: católicos, protestantes possuem as influências europeias). Existe sempre uma influência anterior. Neste conjunto de religião, culto, multiplicidade de expressões, manifestações artísticas, formamos o Brasil.
POESIA SATÍRICA DE GREGÓRIO DE MATOS
O poeta Gregório de Matos, mais conhecido como “boca do inferno”, viveu por culturas e cultos diferentes. Gregório vê mudanças acontecerem a todo momento em seu redor e passa a viver uma realidade fenomenológica. O poeta passou por experiências privadas, curiosas, de investigação, espirituais de e seletividade envolvidas na interpretação pessoal do que era real, e tudo isso foi externado, ficando claro em seus poemas e atitudes em vida, muitas vezes dualista, forte característica do Barroco.
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