Desenvolvimento Histórico Do Brasil Entre Os Anos De 1960 A 1980 Com ênfase Para Os Desdobramentos Das Políticas Sociais, Aprimoramento Do Serviço Social E A Incorporação De Novos Elementos Na Profissão.
Ensaios: Desenvolvimento Histórico Do Brasil Entre Os Anos De 1960 A 1980 Com ênfase Para Os Desdobramentos Das Políticas Sociais, Aprimoramento Do Serviço Social E A Incorporação De Novos Elementos Na Profissão.. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Anne18 • 17/3/2015 • 733 Palavras (3 Páginas) • 993 Visualizações
INTRODUÇÃO
O Serviço Social é uma profissão cujo processo de construção não
aconteceu de forma contínua e linear, da sua gênese à sua trajetória sócio-histórico,
possuem características complexas, que nem sempre são apreendida e compreendida
pela sociedade e até mesmo dentro da própria categoria há apreensões divergentes
quanto ao seu processo de transformação e atuação profissional.
Neste texto pretendemos apreender como uma profissão que surge no
seio da Igreja Católica, que teve sua base teórica os conceitos morais, confessional do
Neotomismo, em meio a uma conjuntura sócio-histórica e contexto institucional, tem
hoje em sua fundamentação teórica e prática o método dialético de Karl Marx
Para entender todo esse processo de renovação crítica do Serviço
Social se faz necessário pontuarmos a denuncia do conservadorismo profissional,
iniciada ainda na década de 1960 e desenvolvida nas décadas de 1970 a 1980, sob a
influencia do Movimento de Reconceituação do Serviço Social Latino Americano,
contextualizando a conjuntura histórica da época no mundo e principalmente na
América latina.
DESENVOLVIMENTO
1.1 O CONSERVADORISMO PROFISSIONAL
2
O Serviço Social tem em sua gênese, na sociedade capitalista
monopolista, mediante as necessidades da divisão sócio-técnica do trabalho, marcado
por um conjunto de variáveis que vão desde a alienação, a contradição ao antagonismo.
Neste contexto, no Brasil, o Serviço Social buscou afirmar-se historicamente como
uma prática de cunho humanitária, através da legitimação do Estado e da proteção da
Igreja, a partir da década de 1940.
O Conservadorismo profissional pode ser identificado na prática
profissional desta época, onde ação profissional consistia em forma de intervir na vida
dos trabalhadores, ainda que sua base fosse à atividade assistencial; porém seus efeitos
eram essencialmente políticos: através do “enquadramento dos trabalhadores nas
relações sociais vigentes, reforçando a mutua colaboração entre capital e trabalho”
(IAMAMOTO, 2004, p. 20).
Conforme Iamamoto (2004, p. 20-21) observa-se que diferentemente
da caridade tradicional, que se limitava à reprodução da pobreza, a profissão propõe:
Uma ação educativa, preventiva e curativa dos problemas sociais através de sua ação
junto às famílias trabalhadoras; Diferentemente da assistência pública, por desconhecer
a singularidade e as particularidades dos indivíduos, o Serviço Social passa a orientar a
“individualização da proteção legal, entendida como assistência educativa adaptada aos
problemas individuais; Uma ação organizativa entre a população trabalhadora, dentro da
militância católica, em oposição aos movimentos operários que não aderiram ao
associativismo católico.
Iamamoto e Carvalho conceituam o conservadorismo profissional
como:
[...] uma forma de intervenção ideológica que se baseia no assistencialismo
como suporte de uma atuação cujos efeitos são essencialmente políticos: o
enquadramento das populações pobres e carentes, o que engloba o conjunto
das classes exploradas. Não pode também ser desligado do contexto mais
amplo em que se situa a posição política assumida e desenvolvida pelo
conjunto do bloco católico: a estreita aliança com o ‘fascismo nacional’, o
constituir-se num polarizador da opinião de direita através da defesa de um
programa profundamente conservador, a luta constante e encarniçada contra
o socialismo, a defesa intransigente das relações
...