Design anos 60 e 80
Por: Luis Guerreiro • 4/6/2016 • Trabalho acadêmico • 692 Palavras (3 Páginas) • 444 Visualizações
DESIGN EM PORTUGAL NOS ANOS 60
Os anos 60 foram um momento de viragem para o Design em Portugal, nomes como Sebastião Rodrigues, Daciano da Costa, Victor Palla, Sena da Silva, tiveram um importantíssimo papel no que toca ao desenvolvimento do mesmo.
No inicio dos anos 60 o Design ainda era muito visto como uma “estética industrial”, interessava à industria para a qualificação de produtos que tinham como destino o mercado externo. Era uma estética que tinha muito como referências estrangeiras, o “Designer” servia apenas para desenhar algo que fosse destinado ao exterior, que fosse vendável lá fora, consequentemente cá dentro também, não havia ainda uma identidade própria, portanto o Design em Portugal não começou na melhor forma.
Com a abertura do governo de Marcelo Caetano foi dada uma possibilidade do Design em Portugal em começar a se destacar, não na forma de ensino mas como uma necessidade de mercado, foi necessária a modernização do país e daí a emergência do Design. Devido a este momento de “confiança” que Design em Portugal passa pela fase de institucionalização da actividade, onde podemos dar grande destaque ao Instituto Nacional de Investigação Industrial (INII) e também a um grupo de Designers, dos quais faziam parte Sebastião Rodrigues, Daciano da Costa, Sena da Silva..., onde tiveram papeis ponderantes no desenvolvimento do design em Portugal, trouxeram outra visão, juntaram as tendências modernas do estrangeiro com um vocabulário de símbolos e formas nacionais, dando origem assim a um estilo moderno português.
No final dos anos 60 ja se falava em Design em Portugal pois ao longo dessa década foi-se abrindo caminhos para uma ideia do que era o país e de como esta ideia se traduzia em objectos e imagens, começou a haver um fascínio, cada vez mais crescente, pelo design, pois já era visto como um conceito moderno.
DESIGN EM PORTUGAL NOS ANOS 80
O pós 25 de Abril de 74, teve repercussões positivas e negativas no Design em Portugal, negativas para o design industrial que se começava a destacar em diversas áreas, mas devido à descapitalização houve um retrocesso, isto deveu-se ao clima de desconfiança e incerteza, por parte das empresas, relativamente ao futuro.
O lado positivo foi para o Design Gráfico pois surgiu um conceito chave, a Liberdade, se bem que a liberdade não é a condição suficiente para o desenvolvimento criativo, mas é absolutamente necessária, nunca se tinha desenvolvido tanta identidade gráfica, tantos cartazes, livros, brochuras, etc, até então. Ainda numa fase de progressiva institucionalização da disciplina, em 1975 foram criadas as primeiras licenciaturas publicas, nas Escolas Superiores de Belas Artes de Lisboa e Porto, que foram das mais decisivas para o desenvolvimento de novos Designers.
Ao longo da década seguinte (década de 80), e num contexto em que o país atravessa um conjunto de mudanças nomeadamente, em termos económicos, sociais e culturais, este processo de institucionalização do design em Portugal vai aprofundar-se, onde vai ser seguido por um conjunto de importantes mudanças e desenvolvimentos, com impactos a diferentes níveis. Por consequência, vão ocorrer durante os anos 80 importantes desenvolvimentos e transformações, podemos falar ao
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