ECONOMIA DA CHINA PASSADO E PRESENTE
Ensaios: ECONOMIA DA CHINA PASSADO E PRESENTE. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Neuseni • 13/4/2013 • 4.328 Palavras (18 Páginas) • 896 Visualizações
ECONOMIA DA CHINA PASSADO E PRESENTE
1949 – 1980Em 1949, a China seguiu uma estratégia de desenvolvimento socialista da indústria pesada, ou a estratégia do "Grande Empurrão". O consumo foi reduzido enquanto que foi dada grande prioridade para a rápida industrialização. O governo tomou o controle de grande parte da economia e redirecionou seus recursos financeiros para a construção de novas fábricas. Novas indústrias foram criadas. O mais importante, o crescimento econômico, foi iniciado. O controle firme do orçamento do país e da oferta de dinheiro reduziu a inflação no final do ano de 1950. A maior parte do plano econômico chinês foi custeado pela supressão do setor privado, e se apoiou nas três/cinco anticampanhas entre 1951 e 1952. As campanhas econômicas foram notórias por serem anticapitalistas, e por implantar encargos que puniam severamente os capitalistas com grandes multas.[1] Durante o início do governo do Partido Comunista Chinês, os líderes do partido tinham concordado que, para uma nação como a China, que não tinha nenhuma indústria pesada e tinha uma produção secundária desprezível, a utilização do capitalismo era bem-vindo para construir a "Nova China", e o capitalismo seria extinto assim que a China atingisse o seu objetivo econômico e se tornar um estado plenamente comunista.[2]
Durante as décadas de 1950 e 1960, várias mudanças ocorreram nas prioridades e nas políticas econômicas. Durante o primeiro plano econômico de cinco anos (entre 1953 e 1957), foi promovida uma política de rápido desenvolvimento industrial contínuo, embora fosse baseado de alguma forma no detrimento de outros setores econômicos. A maior parte do investimento estatal foi direcionada para o setor industrial. A agricultura, que empregava mais de 78,6% da força de trabalho, foi obrigada a depender de seu próprio capital, que estava escasso, para garantir recursos para as suas mais variadas necessidades. A prioridade mais importante foi dada ao setor industrial, tal como o carvão mineral, energia elétrica, ferro e aço, materiais de construção, produtos químicos básicos e engenharia pesada. Seguindo o modelo soviético, o plano econômico conseguiu construir grandes fábricas tecnologicamente sofisticadas e com grande intensidade capitalista. Foram construídas muitas novas fábricas com assistência financeira e técnica soviética, já que a China não poderia montar um forte setor industrial de forma independente.[3]
Durante o primeiro plano econômico, conseguiu-se o rápido desenvolvimento da indústria pesada, mas alguns meses depois da implantação do segundo plano econômico de cinco anos (1958-1962), que estava baseado nas mesmas diretrizes do primeiro plano, a política do "Grande Salto Adiante" foi anunciada. Na agricultura, isto envolvia a formação de comunas populares, a extinção de fúndios (terras) privadas, e o aumento da produção por meio da maior cooperação e do esforço físico. A construção de grandes fábricas foi continuada, e juntamente com isso, existia a iniciativa de criar uma grande rede auxiliar de indústrias pequenas e simples, e da formação de novas fábricas, que foram construídas e gerenciadas localmente. Porém, os camponeses chineses não estavam preparados para o regime comunal, e logo em seguida, ocorreu uma profunda queda da produção.[4] Concorrentemente, os métodos de produção irregulares e desorganizados falharam em atingir os objetivos pretendidos, já que enormes quantidades de produtos caros e de baixa qualidade foram produzidos. O mais notável produto nesta categoria foi o aço produzido de ferro de baixa qualidade, que não é utilizável em construções. Durante aquela época, estas falhas foram agravadas, juntamente com outros aspectos, pela ruptura sino-soviética, que causou o cancelamento da assistência soviética, que tinha fornecido técnicos e projetos. Como consequência, o país estava na eminência de um desastre econômico e humanitário durante o final da década de 1960. Mao Tse-tung autoexilou-se e afastou-se da política chinesa, e foi sucedido por Liu Shaoqi, que fez uma revolução política no país. Ele declarou que os desastres eram "30% pela falta de experiência, e 70% pelo erro humano". Os fúndios privados voltaram a ser permitidos, o tamanho das comunas foi reduzido, e a China conquistou uma maior independência financeira com a criação de equipes de produção. Houve também um grande contingente de desempregados que voltaram a apoiar o estado chinês, e o investimento industrial foi paralisado com o objetivo de aumentar o investimento na agricultura chinesa.[5]
Esta política, que levou a uma melhora imediata na situação agrícola do país, foi mantida até 1963, quando foi possível redirecionar os investimentos do estado novamente para as indústrias de bens de capital. Como resultado, a produção industrial e a construção começaram ganhar algum ímpeto, mas devido aos esforços que foram tomados para tentar evitar o erro de se sacrificar a produção de alimentos para favorecer as indústrias de ferro e aço, e similares, a produção industrial cresceu num ritmo mais lento do que anteriormente. Em 1966, a "Revolução Cultural Chinesa" começou. Inicialmente, a campanha tinha como objetivo a volta de Mao Tse-tung ao poder, e "eliminar a burguesia liberal" do partido. Diferentemente do projeto "Grande Salto Adiante", a revolução cultural não tinha uma base econômica explícita. Todavia, a produção industrial foi grandemente afetada pelas confusões e discussões seguintes, quando milhões de pessoas simplesmente pararam de trabalhar, enquanto que políticos notáveis, proprietários de fábricas, e até mesmo professores, foram vítimas dos levantes massivos.[6]
A revolução cultural deixou alguns legados problemáticos para a economia.[7] Na indústria, os salários foram congelados e os bônus foram cancelados. Isto teve, juntamente com as políticas de empregar mais trabalhadores do que necessário para absorver os desempregados e de manter os trabalhadores num mesmo nível trabalhista, eliminou essencialmente os incentivos ao crescimento profissional, e consequentemente o crescimento da produção.[8] Além disso, técnicos e muitos gestores perderam as suas autoridades e poderiam não desempenhar um papel efetivo na produção na trilha do movimento. Todo o sistema urbano, ademais, proveu apenas menos do que os necessários incentivos para alcançar maior eficiência na produção.[8] Enquanto que a produção geral continuava a crescer, os lucros começaram a cair. Na agricultura, a produção per capita em 1977 não estava maior do que em 1957. Em 1952, a produção industrial bruta da China estava estimada em 34,9 milhões
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