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Economia Política, Passado e Presente – Resumo

Por:   •  1/5/2016  •  Resenha  •  1.811 Palavras (8 Páginas)  •  682 Visualizações

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Universidade Federal de Santa Catarina

Departamento de Economia e Relações Internacionais

Curso: Ciências Econômicas

Disciplina: Introdução à Economia

Acadêmico: Rodrigo Zaidi Nunes (16104605)

Economia Política, Passado e Presente – Resumo

Desde o surgimento da vida humana, a economia esteve presente, mesmo vivendo de subsistência, pois é uma pré-condição a viver e sobreviver. Antes da era capitalista, as atividades econômicas eram apenas uma parte da vida familiar e tinham pouca expressão fora das famílias, de modo que os mercados e pontos de troca eram considerados como “ambientes de entretenimento”.        

A ciência econômica e seus estudos começaram a pouco mais de 300 anos junto com o capitalismo. Nesse período também começou modificar bruscamente o modo de vida das pessoas, com as mudanças revolucionarias da era moderna, como a urbanização, mudanças Tecnológicas, crescimento populacional e outros fatores.

O pioneiro da linhagem da economia política foi Adam Smith, considerado o mais importante economista clássico, cuja obra, A Riqueza das nações foi publicado em 1776, no qual é a obra mais influente já escrito nas ciências econômicas. Neste livro, ele expõe a ideia de que, em vez de tentar direcionar a economia, o governo deveria deixá-la em paz.

Smith foi o primeiro a compreender os mercados e estudar como economias inteiras, compostas de diversos mercados, funcionam como sistemas integrados. Uma vez que toda escola econômica considera importante o funcionamento dos mercados. Smith desenvolveu três ideias que são importantes para o desenvolvimento da economia política.

Primeiro Smith identificou que a sociedade pode coordenar as atividades independentes do grande número de atores econômicos (produtores, transportadores, vendedores, consumidores). Como na sociedade ninguém é auto-suficiente, a sobrevivência de todos requer uma multiplicidade de bens e serviços produzidos por outros. Assim, ele focou sua atenção na divisão do trabalho, no qual cada indivíduo produz algo diferente, e todos esses produtos são necessários à subsistência da população.

Segundo, Smith desenvolveu uma ideia, que a sociedade poderia deixar a coordenação da divisão do trabalho ao auto-interesse individual dos atores econômicos. O direito de propriedade teria que ser bem definido, para tornar claro era dono do que e quem poderia produzir no local. Além disso, deveria haver competição suficiente de modo que nenhum mercado fosse monopolizado.

Terceiro Smith explicou como um sistema de mercados competitivos poderia traduzir as ações egoístas dos indivíduos em resultados benéficos à sociedade, e esses benefícios seriam produzidos por direitos de propriedades bem estabelecidos e mercados competitivos por trás das pessoas que compõem a economia.

Na visão de Adam Smith, os mercados iriam regular a economia e submeter o auto-interesse para atingir progresso material para toda a sociedade. Ele alertou o governo a não assumir a direção dos indivíduos em suas atividades econômicas. Ele argumentava que o governo deve proteger a nação de inimigos externos, a justiça em âmbito interno e administrar sistema de cortes e tribunais, defendendo também investimentos governamentais e preocupação com os pobres e a desigualdade social.

Karl Marx foi um dos mais influentes economistas, filósofo e grande critico de Adam Smith no século XIX. Sua contribuição foi reformular as teorias dos economistas clássicos de tal maneira que forneceu a versão inicial do que chamamos, de abordagem tridimensional do estudo da economia, onde a dimensão de comando é enfatizada.

De início, Marx e Engels (grande filósofo e companheiro de Marx) estudaram e dominaram as teorias dos economistas clássicos e depois desenvolveu uma crítica às suas ideias e uma maneira alternativa de olhar o capitalismo, por terem vivenciado o modo de vida capitalista. Eles viam a imensa produtividade da indústria moderna contraposta à miséria e insegurança econômica dos novos distritos industriais ingleses. Marx argumentou que havia três elementos que precisavam ser enfatizados aos modelos dos economistas clássicos.

Primeiro, ele reconhece que há conflito, quando se trata de interesses econômicos. Marx percebeu que as condições sob as quais as pessoas fazem trocas afetam os resultados dessas trocas. Ele argumentou que o exercício de poder, coerção e força é um fator muito importante na maioria dos sistemas econômicos. Com respeito ao capitalismo, Marx observou que empregadores possuem os recursos produtivos, enquanto a maioria da população (trabalhadores), não possui esses tipos de recurso. O resultado é que existem diferenças de poder entre as pessoas que possuem recursos produtivos e aquelas que possuem somente sua força de trabalho.

Segundo, Marx expandiu as ideias de Adam Smith sobre auto-interesse ao observar que as classes, tanto quanto os indivíduos podem agir em conjunto para promover e defender seus interesses comuns e individuais. Marx argumentou que o capitalismo em si é um obstáculo ao pleno desenvolvimento do potencial produtivo de uma sociedade. Em sua perspectiva, a relação conflituosa capitalista-trabalhador numa economia bloqueia a adoção de vários avanços tecnológicos e no conhecimento. Mesmo com o aumento da produtividade, reduziria a taxa de lucro de certas companhias ou eliminaria empregos, gerando resistência por parte dos sindicatos que representam os trabalhadores que seriam demitidos.

Terceiro Marx enfatizou que os sistemas econômicos mudam com o tempo, especialmente em resposta a suas próprias operações. Ele insistia que a própria operação do sistema econômico tende a alterar as condições de cada atividade econômica realizada. Marx apontava que o capitalismo, abastece mudanças econômicas, leva ao crescimento das cidades, impulsiona a abundância material, induz migrações globais, promove mudanças na vida familiar e irá, por fim, provocar sua própria destruição.

Joseph A. Schumpeter, um advogado, financista, empresário e influente economista do início do século XX, atacou grandes problemas na ciência econômica. Sua obra mais famosa “Capitalismo, Socialismo e Democracia”, indica a abrangência de seu intelecto e interesses. Ele acrescenta à nossa compreensão do capitalismo de três maneiras.

Primeiro, ele aprofundou o argumento de Marx que o capitalismo cria mudança. Para Schumpeter, a mudança tinha que ser central em qualquer teoria econômica. Entre suas diversas ideias novas, as mais poderosas são suas teorias a respeito da inovação e da mudança estrutural. Ele chamava a conexão entre ambas de “destruição criativa” e aplicava o termo não apenas à inovação tecnológica, mas a alterações organizacionais e sociais também, no qual a competição incentiva inovações revolucionarias, e na busca continua por lucro.

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