ENFERMAGEM DEPOIS DE FLORENCE

O desenvolvimento histórico da enfermagem como profissão institucionalizada

Ao longo do tempo, a enfermagem sofreu várias modificações até ser reconhecida como profissão. Inicialmente, as enfermeiras eram mulheres ajudantes de hospitais, donas de casa e muitas eram até mesmo prostitutas, pois acompanhavam os homens do exército com mais frequência, porém ocorre uma grande evolução da enfermagem a partir da participação da jovem britânica Florence Nightingale, por volta do século XIX.

Os conhecimentos que possuímos hoje sobre o ato de cuidar diferem dos conceitos tidos no século XIX, pois nessa época eles eram regidos fortemente pela igreja e eram associados ao perdão, piedade e a salvação dos pecados. Os hospitais não ofereciam as mínimas condições de estrutura para garantir o bem estar do paciente, assim, esses ambientes eram tidos como morredouros, em que as pessoas que já estariam em um estado crítico eram mandadas para esses locais apenas morrer. Nesse período, os ricos doentes ficavam em casa e eram cuidados pelos familiares, enquanto os soldados que participavam das guerras eram levados aos morredouros e eram atendidos pelas prostitutas e bêbadas que não possuíam nenhum amparo e conhecimento técnico sobre o ato de cuidar.

Para explicar de maneira clara e objetiva toda essa evolução da enfermagem como profissão institucionalizada o meu grupo trabalhou com um cartaz que apresentava um trilho e ao longo do caminho havia placas de sinalização e estações de trem, em que explicavam cada fase do processo de avanço da enfermagem. Foram abordadas todas as informações que norteiam as práticas de saúde levando em conta toda a sua história e as relações políticas e econômicas envolvidas.

As práticas de saúde contidas na didática do trem foram: às práticas instintivas que estão relacionadas à era dos grupos nômades, as mágico-sacerdotais que aborda uma participação religiosa dos sacerdotes e relacionam-se as práticas primitivas, as práticas de saúde no alvorecer da ciência que relata a influência da filosofia e o progresso da ciência nas práticas de saúde que buscavam entender os acontecimentos através da relação de causa e efeito, as práticas monástico medievais que está voltado para a época do feudalismo que focam a influência da economia, sociedade e política nas práticas de saúde e este é o período é marcado pelo aparecimento da enfermagem como prática leiga e desenvolvida por religiosos, práticas pós-monásticas que engloba a enfermagem na ascensão dos movimentos renascentistas e da reforma protestante, as práticas de saúde no mundo moderno que é um período marcante, pois é a partir desse momento que a enfermagem passa a ser uma profissão institucionalizada e esse reconhecimento é obtido na sociedade capitalista.

Parte do nosso trabalho relatava a o processo de desenvolvimento e certa comparação entre as diferenças da evolução entre a enfermagem e a medicina. Hoje, é notável que os médicos sejam mais “exaltados” do que os enfermeiros, porém o que poucos sabem é que esse fato ocorre devido acontecimentos históricos, pois a medicina desde o início esteve relacionada a pessoas influentes e que possuíam altos cargos, enquanto que os enfermeiros eram representados por bêbados, prostitutas, etc. Foi apenas após a participação efetiva de Florence Nightingale, que inconformada com a forma como eram cuidados os pacientes e a desestruturação dos hospitais, mudou e estabeleceu a importância da enfermagem nesse processo de saúde.

Portanto, todas as modificações ocorridas na enfermagem foram de grande importância, uma vez que acrescentou novos métodos e tecnologias de como organizar e realizar esse processo do cuidado ao próximo de forma eficaz. Por vezes, pensamos que sozinhos não somos capazes de nada, porém ao estudar a história da enfermagem é perceptível, que assim como Florence, podemos disseminar um objetivo que pode gerar evoluções bastante significativas.

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