ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO II – OBSERVAÇÃO E INTERVENÇÃO PRÁTICA NAS SÉRIES FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Por: Danii Vanucci • 9/8/2018 • Trabalho acadêmico • 6.127 Palavras (25 Páginas) • 305 Visualizações
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UNIVERSIDADE PITÁGORAS UNOPAR
SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
CURSO HISTÓRIA
DANIELA VANUCCI
ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO II – OBSERVAÇÃO E INTERVENÇÃO PRÁTICA NAS SÉRIES FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
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AMÉRICO BRASILIENSE
2018
DANIELA VANUCCI
ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO –
OBSERVAÇÃO E INTERVENÇÃO PRÁTICA NAS SÉRIES FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL.
Trabalho apresentado ao Curso de História da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para a disciplina Estágio Curricular Obrigatório II (150 horas)
Professor Orientador: Rosimeire Socorro Rossi Alexandre
Tutor a distância: Janaina dos Santos Correia Rodrigues
Tutor presencial:Aline Crociari
Pólo de Apoio Presencial:Araraquara
AMÉRICO BRASILIENSE
2018
SUMÁRIO
- Estudo de artigo......................................................................................04
- Análise do texto dos parametros curriculares nacionais para o ensino fundamental fase II..................................................................................05
- Análise da proposta pedagógica da escola.............................................08
- Entrevista com o professor regente........................................................11
- Observação das aulas de história...........................................................12
- Elaboração de plano de unidade.............................................................17
- Apresentação do plano de unidade para o professor regente................19
- Regência (intervenção prática)...............................................................19
- Análise de livro didático...........................................................................20
- Elaboração de projeto para o estudo da história local............................22
- Apresentação do projeto.........................................................................23
- Considerações finais...............................................................................23
REFERÊNCIAS............................................................................................25
1- ESTUDO DE ARTIGO
A partir da breve análise do artigo Memória e História em livros didáticos de história: PNLD em perspectiva da mestra em Educação Fabiana Rodrigues de Almeida e da doutora Sônia Regina Miranda, podemos considerar que a função da memória traz a sublime missão da construção e do desvelamento na reconstrução da história, bem como o potencial e os delineamentos de usar a memória como recurso na disciplina de História.
A memória está presente nos nossos hábitos em diversos contextos, em especial nas sociedades ocidentais que se interessam em perpetuar as lembranças e manter vivo na memória, fatos, datas e lugares. Pode-se considerar que a memória se tornou uma mercadoria em nossos dias, pois em dias atuais, muitas empresas a usam como parte do planejamento estratégico de marketing que trabalham em prol de celebrar as lembranças, ou realizar eventos que remetem a décadas passadas.
As memórias fortalecem as condições necessárias para a formação de uma propensão substancial do tempo, essa virtude está vinculada à nossa capacidade de construir diálogos com o passado e com o futuro, sendo o tempo presente o lugar de construção dessa conversação. De modo que, por meio de recursos de memória é possível voltar no tempo anterior à nossa existência e projetar ações para o futuro.
Em meio a tantas intercorrências envolvendo a memória está a Escola, que é profundamente afetada pela decorrência dessa discussão. A Escola se utiliza de diversas maneiras de ver o mundo, as quais são originadas pelo corpo social na qual está inserida. É uma instituição que agrega alunos, pais, professores e moradores da localidade onde a escola está estabelecida, além de se relacionar com a reprodução do exercício e aplicação da memória, comuns à sociedade e que conduzem a permanência de uma lógica de interpretação do passado.
Essencialmente o ensino da disciplina de História é impactado pelos desafios colocados pelo uso da memória no tempo presente, uma memória que estabelece o que deve ou não ser preservado, que luta contra o esquecimento. De modo que a Educação para o entendimento da História também tem o desafio de lidar com os procedimentos provenientes da manipulação da memória que estão presentes até mesmo em livros didáticos que compõem o currículo escolar e também no cotidiano das pessoas, que interferem na interpretação que fazem do passado, orientando suas ações no presente e projetando suas ações no futuro. Sendo assim podemos afirmar que as ações da memória são fundamentais para a formação da consciência histórica.
História e Memória são áreas de estudos independentes e não podem ser tratadas como sinônimos, apesar de terem uma estreita relação. Quando falamos de memória, falamos de lembranças e certezas, já quando falamos de história, falamos de uma narrativa aberta a interpretações variadas, que podem fomentar dúvidas, curiosidades e também críticas. No entanto a comunicação entre esses dois campos do saber, na construção do ensino da história escolar, possibilita um novo olhar sobre o passado e sobre a História e confere ao aluno um lugar de intérprete na construção da compreensão histórica e na construção da identidade individual e social.
Por fim, de acordo com as autoras o diálogo entre História e Memória representa um fortalecimento da consciência histórica que alcança os alunos na medida em que este passa a se valer das experiências do tempo configurando um sentido para suas vivências. Estes conhecimentos habilita o indivíduo a compreender que o alicerce da humanidade se adequa no reconhecimento de si mesmo como sujeito, com liberdade e autonomia e se constrói quando o ser humano incorpora estes valores e assim ele passa a se perceber no curso da História. A construção dessa consciência transforma a maneira como o aluno interpreta os elementos do mundo e as relações que esses elementos estabelecem entre si, na medida em que o ensino de História em conjunto com a aplicação didática da memória, lhe possibilita construir maneiras de ver o mundo, proporcionando mudanças no seu modo de entender a si mesmo, entender os outros, as relações sociais e a própria História.
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