ESTÁGIO OBRIGATÓRIO I - HISTÓRIA UNOPAR
Por: Marisa528 • 23/10/2019 • Trabalho acadêmico • 5.409 Palavras (22 Páginas) • 332 Visualizações
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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
HISTÓRIA - 4º SEMESTRE
MARISA PALMA COLÓ
ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO I -
4º SEMESTRE – OBSERVAÇÃO NAS SÉRIES FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
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Itu
2018
MARISA PALMA COLO
ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO I –
4º SEMESTRE – OBSERVAÇÃO NAS SÉRIES FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL.
Trabalho apresentado ao Curso de História da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para a disciplina Estágio Curricular Obrigatório I – 4º Semestre (100 horas)
Tutor eletrônico: Profª Simone do Amaral Theodoro
Tutor de sala: Adriana Renata Conti
Pólo de Apoio Presencial: Itu
ITU
2018
1- ESTUDO DE ARTIGO
Análise de Texto:
Entre continuidades e rupturas: uma investigação sobre o ensino e aprendizagem da História na transição do quinto para o sexto ano do Ensino Fundamental. Educ. rev., Dez 2011, no.42, p.127-139. ISSN 0104-4060
De acordo com a abordagem da autora, Marlene Rosa Cainelli, as pesquisas realizadas no Paraná, referente ao processo de passagem de nível dos alunos da quarta para a quinta série, ou sexto ano do Ensino Fundamental, esse processo não ocorre de forma coordenada, na esfera Municipal e Estadual, no campo administrativo e no pedagógico.
Essa transição tem como característica o ensino distinto que dificulta o processo do aluno com questionamentos como “em que âmbito se constitui na prática esta passagem entre os níveis de ensino?”. “Será uma transição que articula ou desarticula?”.
Pesquisas realizadas sobre o tema, no tocante a falta de articulação medem o rendimento dos alunos na quinta série, de acordo com dados do INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), responsável por 30% da distorção idade/série na continuidade do ensino fundamental e grande percentagem de alunos que abandonam a escola.
As questões no campo de políticas públicas de educação não são objetivo de estudo, mas as práticas de vivência no processo, trabalhos de parceria e continuidade são escassas.
De suma importância é a formação específica do profissional de história, no ensino da disciplina, seja nas séries iniciais ou finais do Ensino Fundamental, pois o processo de ensino-aprendizagem e os resultados positivos nesse processo, dependem da forma como os alunos se relacionam com o conhecimento histórico desde as séries iniciais.
De acordo com pesquisas feitas por educadores e estudiosos da educação, acredita-se os professores deveriam efetivar práticas de desenvolvimento de recursos pessoais dos alunos, assim como a fusão de entendimentos, com o ensino do passado conectado com o presente. Observa-se que há dificuldades nos processos de aprendizagem, considerando-se que os espaços e ritmos de estudo são diferentes para cada aluno na ocorrência de transformações e desafios enfrentados pelos educandos.
Pesquisas e análises desses processos foram efetivadas durante o primeiro ano, com sete alunos que saíram do fundamental I, para o fundamental II, objetivando perspectiva de como a história é ensinada e como é efetivada a prática nesse processo de transição. Observou-se que nas séries iniciais era demorada e instigante, pois estes conteúdos não vinham marcados com a mensagem “agora abram os cadernos de História”.
De acordo com a análise da autora, observou-se que, nas séries iniciais as professoras não tinham formação em História e sim em Letras e Pedagogia, e com cuidados na confrontação de saberes com o professor de História da quinta série, onde, mesmo os professores não formados em História através de pressuposto teórico, fundamentado por Rüsen “narrar as experiências do passado humano de forma continuamente fundamentado”, estes se aproximam do que o autor chama de “ciência da história”.
Para a análise do tema, a autora remete ao objetivo de análise no professor da quinta série do ensino fundamental; formado em História há 17 anos na Universidade Estadual de Londrina, com especialização em História, através de três estagiários do projeto durante os anos de 2009, 2010 e 2011.
Analisando sua metodologia observa-se a utilização do livro didático usado pelos alunos o Projeto Araribá – História 6 (5ª série / 6º ano) com textos do livro, seguindo uma organização cronológica das sociedades que após leitura individual não se tem momentos de leitura compartilhada ou em voz alta.
Observa-se a organização de tópicos do livro para os alunos copiarem, pergunta características dos conteúdos compondo com as respostas e posteriormente é discutindo e acrescentando informações ou reformulando as colocações dos alunos que tiveram uma compreensão parcial ou diferente do sentido que o livro expressa.
De acordo com a autora, percebe-se que o professor faz do livro a figura central do processo de ensino-aprendizagem que na sua compreensão a necessidade de problematizar a figura do livro, à medida que este ocupa dentro do ambiente escolar o papel de detentor do conhecimento, das informações e da verdade.
Analisando-se a problemática referente a uma determinada dependência do texto escrito, observou-se uma situação na qual o educando, devido à demora na finalização do exercício proposto, o professor respondeu para uma das alunas: “A resposta é de acordo com o texto e não de acordo com sua cabeça”, verificado que esta expressão desconstrói por completo a possibilidade da formação de um pensamento histórico.
Nota-se portanto, que, diante de atividades observadas, correção dos exercícios, questionando o que é certo ou errado, é um ritual comum, caso tenha uma resposta diferente, o professor decide qual a melhor, em alguns casos a melhor resposta vai para a lousa pelas mãos do autor e outros a mão do professor.
De acordo com a autora, qualquer discussão feita anteriormente, mesmo que tenha sido carregada de subjetividade presente na fala dos alunos é descartada e expõe no final conforme Rüsen indica muito bem o sentido de ensinar história hoje onde o autor afirma como “algo pronto e acabado” com conteúdos predefinidos e sem levar em conta o contexto e os sujeitos envolvidos no processo de aprendizagem, pode levar a um ensino que não desenvolve o que é mais importante enquanto função do ensinar história, que é orientar os problemas da vida prática.
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