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Educação Na Modernidade

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Por:   •  17/10/2014  •  755 Palavras (4 Páginas)  •  251 Visualizações

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A EDUCAÇÃO NA MODERNIDADE

A partir da Modernidade, a pedagogia ganha status de obje¬to de saber científico, que é a formação do cidadão. Foucault afirma que uma das ca¬racterísticas da visão moderna de educação é a do controle, visando uma formação de um indivíduo formal e normativo, marcada pelo aspecto social, em detri¬mento do aspecto individual e subjetivo. Para funcionar o organis¬mo estatal, cada membro deste deve passar por devida instrução, que é a educação.

Conforme Cambi, a escola promove o papel ideo¬lógico, uma vez que ela é o aparato ideológico do Estado, como diz Althusser, aparato que produz força de trabalho, mas também ideologia. Contudo, a Modernidade revela-nos uma escola que também promove a emancipação do sujeito, para que este se torne ativo e crítico. Assim, a ideologia estatal e a crítica pessoal convivem dialeticamente na sociedade moderna.

Outra mudança no campo pedagógico ocorreu com a intro¬dução do modelo racional galileano, que substituiu a visão estética predominante da época renascentista pela visão científica, ampa¬rada pelo grande avanço das ciências.

Em toda a educação moderna, observa-se, em suas variadas modalidades, um caráter confuso que gera uma lógica perma¬nente. Por um lado, a pedagogia moderna tenta formar cidadãos compatíveis com o projeto político do Estado; portanto, trata-se de uma educação conformista e padronizada em prol de uma convi¬vência pacífica. Por outro, o ideal da escola como instituição edu¬cacional consiste em promover uma formação crítica e consciente, desenvolvendo os talentos e as faculdades do sujeito singular, que, na maioria das vezes, são opostos aos ideais de uma educação para o Estado. Nisso, consiste praticamente essa oposição lógica.

Para Rabelais o ideal de for¬mação tende ao universalismo. O indivíduo deve co¬nhecer, em detalhes, praticamente tudo o que a herança cultural possui. Rabelais insiste mais no desenvolvimento e na formação do sujeito do que na sua instrução social, uma vez que essa última já é pressuposta, sem ser imposta pelo próprio desenvolvimento humano e pelos estudos humanísticos – Direito Civil e Filosofia, sobretudo.

Montaigne por sua vez, critica a fé no poder da razão, que é, cada vez mais, difundida e propagada pela Moderni¬dade. O atual ensino, segundo o pensador, não passa de transmis¬são de conhecimentos e erudição sem uma presença real na vida. Sua posição é cética, ele vê a educação como a única solução dos problemas do homem, e, para tal fim, é imprescindível, uma total reorganiza¬ção do ensino, incluindo mestres e disciplinas. Critica também a mentalidade docente que vê nos castigos uma ferramenta útil para a aprendizagem. Ele insiste num ensino que reflita a dimensão prática, ou seja, uma escola que prepare para a vida. As atividades intelectuais e as atividades físicas devem ser alternadas ao longo do processo de aprendizagem: as primeiras seriam desenvolvidas com base na leitura dos clássicos e dos modernos, e as segundas, as atividades físicas, por meio de jogos, dança, corridas, caça, luta etc. Em linhas gerais, a proposta de Montaigne visa à formação do homem crítico, mais aberto e livre.

Copérnico foi o responsável pela elaboração da teoria helio¬centrista, substituindo, assim, a dominante doutrina geocentrista,

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