História Da Psicologia Na pós Modernidade
Artigo: História Da Psicologia Na pós Modernidade. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: jackets • 25/11/2012 • 6.383 Palavras (26 Páginas) • 2.271 Visualizações
Idade Média - séc. XIV
Vésperas da era cristã = império romano domina a Grécia, parte da Europa e Oriente Médio
Cristianismo = força religiosa que passa a ser a força política dominante (religião principal da
idade média). Teocentrismo
Cristianismo sobrevive às invasões bárbaras (400 anos DC).
Psicologia na idade média = conhecimento religioso (igreja monopolizava o saber e,
consequentemente, o estudo do psiquismo).
Santo Agostinho = alma e corpo são separados. Alma = não apenas sede da razão, mas a prova de
uma manifestação divina no homem.
São Tomás de Aquino = viveu em uma época de crise econômica e social, aparecimento do
protestantismo/ ruptura da igreja católica/ transição para o capitalismo/ revolução francesa/
revolução industrial/questionamento da igreja e dos conhecimentos produzidos por ela.
Mundo organizado em torno de Deus e de seus representantes na terra (Bíblia e Igreja). Cada ser
faria parte de uma engrenagem maior que seria a criação divina.
Mundo fechado ( feudos), sem novidades , concebido como hierarquizado por uma ordem
externa e superior. Verdades aceitas. Não cabia ao homem questionar ou mudar o lugar que lhe
cabia.
Necessidade de uma referência externa, necessidade de um centro (Deus).
Desvalorização do corpo e de tudo que é mundano.
Valorização da alma como algo interno.
Interdependência entre todos os povos
Não há liberdade de escolha, o que é certo, é certo, o que é errado, é errado
O homem não seria , assim, propriamente, sujeito.
Idade Moderna - séc. XV
200 anos se passaram após a morte de São Tomás de Aquino ... Início de uma época de transformações radicais no mundo europeu:
mercantilismo/descoberta de novas terras (América, caminho para as Indias) acumulação de riquezas pelas nações em formação.
Nova forma de organização econômica e social.
Processo de valorização do homem - Antropocentrismo = o homem como medida de todas as coisas.
Noção de subjetividade privada = as pessoas são livres, diferentes, capazes de experimentar sentimentos, ter desejos e pensamentos
independentemente dos demais membros da sociedade.
Ocorrem transformações em todos os setores da produção humana (Copérnico = nosso planeta não é o centro do universo/ Galileu
= teoria da gravidade/ início de uma sistematização do conhecimento científico/ métodos e regras básicas para a construção do
conhecimento científico).
Valorização do homem como um todo (e individualmente) em função da perda das referências sólidas medievais (o indivíduo, ao
contrário do que o termo sugere, nasce da dispersão e traz uma cisão interior inscrita em sua natureza).
Grande valorização do homem e a idéia de que ele tem que buscar suas próprias respostas , escolher o seu próprio caminho e uma
formação (seu destino não está pré-determinado).
Mundo aberto , sem referências absolutas, trouxe o conhecimento. O encontro do homem com a diversidade cultural do mundo
(idiomas e costumes distintos, religiões, circulação de mercadorias etc) fez com que o homem se perguntasse também sobre si
mesmo (“quem sou eu?” “se o outro pensa diferente de mim, ele está certo ou errado?” “como construir minha identidade?”)
O homem julga-se quase como Deus, relativamente acima do mundo . As coisas , inclusive o corpo humano, serão tomadas como
objetos.
Homem no centro do mundo, livre para ser o que quiser, mas, ao mesmo tempo, ele não é propriamente nada, pois, há solidão (e
responsabilidade pela sua própria construção ), há insegurança, instabilidade, ceticismo, pessimismo e negatividade no interior das
pessoas. Este mar de dúvidas, de ilusões, de pessimismo, ignorância, erros, suspeitas etc ocupará o centro do seu ser (vazio interior).
Assim, a liberdade humana, na idade moderna, é reconhecida como causa da perdição humana, pois traz sentimentos de culpa pelo
vazio interior - “se somos o que fazemos de nós e mesmo assim sentimos infelicidade, somos merecedores disto”. Com este modo
de pensar, todas as determinações sócio-históricas e genéticas do ser humano são negadas e somente a “vontade” do homem o
determina (visão distorcida).
Idade Moderna - séc. XVI
O homem deve fazer bom uso de sua liberdade e qualquer possibilidade de crença em alguma referência absoluta será
insustentável nos próximos séculos (imagem de Deus = “criador” e “juiz”)
No Renascimento afirmou-se a auto-percepção de um “eu” individual, fechado, interiorizado, reflexivo, que pensa separado e
independente das outras pessoas e em oposição a um mundo externo (a consciência de si traz ao homem a consciência de sua
vaidade e seu distanciamento melancólico da experiência imediata).
Sec. XVII ( tentativa de organização
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