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Elizabeth I: A cultura que fomenta a glória da Inglaterra Moderna

Por:   •  21/5/2017  •  Projeto de pesquisa  •  3.482 Palavras (14 Páginas)  •  337 Visualizações

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Carolina Nogueira Lozano[1]

Título: 

Elizabeth I: a cultura que fomenta a glória da Inglaterra Moderna[2]

Resumo

No século XVI, a Inglaterra era uma nação ainda pouco reconhecida pelo mundo, fato que se modificou com o que designamos hoje como “período elisabetano” ou “era dourada da Inglaterra”. Elizabeth (1533 – 1603) assumiu o reino em 17 de novembro de 1558 e era muito jovem quando assumiu, e foi cercada de conspirações para removê-la do trono, algumas por próprios membros da corte, e outras por parentes próximos da sucessão. Para conquistar a confiança da corte e de seu povo teve que realizar manobras e estratégias com o intuito de conseguir conduzir o reinado da melhor forma possível, para isso utilizou o meio mais próximo de todos,  no caso o fomento da  “cultura”, que foi  mais diretamente o teatro e a literatura, que por meio deles mostrou características do país e do reinado em si. A cultura era o método mais rápido e eficaz de uma rainha desenvolver o país, já que este foi base fundamental na história Antiga Greco-Romana, no qual Elizabeth admirava, para formar novos ideais políticos, sociais e econômicos. Também era considerado um modo de comunicação com a sociedade, talvez indireto, mas, porém, funcional para aquela época. Comédias, tragédias, sonetos e muitos outros chegaram à camada nobre e popular de Londres, onde a movimentação da sociedade era devido às apresentações que aconteciam, onde a cidade se tornou mais tarde, um dos maiores centros culturais do país e da Europa. Enfim, estudar esta estreita relação entre cultura e desenvolvimento durante o governo de Elizabeth I.

Palavras Chaves: Elizabeth. Cultura. Política. Teatro. Literatura.

 Introdução e justificativa, com síntese da bibliografia fundamental.

Quando Elizabeth foi coroada rainha, foi fomentadora da cultura em seu país, mas, além disso, com interesses políticos, sociais e econômicos. A rainha está cercada de pressões e conspirações, e decide integrar o reino das situações de um reinado, dando assim oportunidades para os movimentos artísticos em Londres, principalmente o teatro que se tornaria um meio de comunicação direto. A rainha sempre foi adoradora da Antiguidade, mitologia e a cultura grega e gostaria que seu país fosse tão memorável como o da Antiguidade. Com a sua inteligência política também atribuiu para as produções literárias que iluminavam a vida cultural de 1580. O tema aborda um panorama da rainha Elizabeth I, das curiosidades da sociedade, do reino, dos teatros – que seria um meio de comunicação direto – e do público elisabetano.

Inicialmente o tema a ser abordado era sobre a rainha Elizabeth I, depois de um artigo realizado sobre William Shakespeare. Esse período estava cheios de articulações e conspirações, sem contar com o desenvolvimento marítimo inglês em suas idas e vindas do Novo Mundo com certas “colaborações dos corsários” que fortaleceu o reino de diversas formas. Com certeza foi um reinado de glórias, o chamado a “Era de ouro” ou a “Era elisabetana”. Pelo visto, o período é extenso e ao mesmo tempo adorável de se ver. E no recorte do tema a decisão foi explicita, pois a identificação com os movimentos artísticos e o que eles revelam para o período elisabetano. Por que não trabalhar a cultura? Pois o país não girava só em torno de Shakespeare e suas peças, e sim de muitos enigmas e contradições que tornavam a abordagem ainda mais empolgante devido aos grandes nomes que ali se formavam.

 Mas a cultura daquela época era muito mais instigante e intrigante, de como a cultura pode ter se desenvolvido? Como esses autores podem ter colaborado para o crescimento da futura potência europeia? Qual foi a intenção ou o interesse da rainha Elizabeth I fomentar tanto a cultura em seu país? E a partir destas questões formularem novos conceitos de possíveis modos de ação da rainha em questão da cultura em relação à política, economia e a sociedade. Mas o que mais comove nesse tema, é como um país de uma estrutura tão abalada conseguiu se reerguer tão rapidamente, mas precisamente, se desenvolver em um período que naquela época era curto, com uma rainha nova que estava com medo do que poderia vir. E é essa rainha que me trouxe inspiração e motivação para partir neste tema por ela ser tão determinada, culta e obstinada nos seus interesses e conseguir conquistar e trilhar não importando nenhum dos obstáculos que possam aparecer em sua frente, se tornando o grande ícone e centro das atenções de toda a Europa, uma mulher de poder que qualquer outra se identificaria. E é por ela, e também as peças teatrais que a rodeiam cheias de entrelinhas sobre os reinados passados e sobre o cotidiano da Europa e da Inglaterra, que iniciei uma nova perspectiva sobre esse período. Com o estudo mais intenso do período desde Henrique VIII até a atual rainha Elizabeth I estabelecendo comparativos do antes e depois, para alinhar na história qual seria o verdadeiro desfecho do sucesso cultural da Inglaterra. A partir deste ponto, analisar minuciosamente os fatos que levaram a rainha Elizabeth I a fomentar a cultura e até bancar alguns teatros e trupes relacionando com os acontecimentos internos e externos do país. Alguns autores e atores da grande Londres começam a desenvolver seus papéis com peças e sonetos subliminares sobre a política, economia e sociedade dos reinados antecessores. Esse fato que induz mais um interesse do que uma “boa intenção” da rainha Elizabeth em conduzir a cultura apenas para que seu “povo” seja culto em relação aos outros países? Tentar encontrar esse enigma que se destorce com o tempo, e que tem várias visões historiográficas é um desafio, porém não é impossível se olhar de outro modo à história.

CHASTENET afirmava que a era elisabetana foi um lance para o desenvolvimento, já que os antecessores do reinado não fizeram outra coisa ao não ser obter da luxuria e da ganância. Com o país praticamente com os cofres vazios, Elizabeth I sobre ao trono sem experiência alguma de política, precisava tomar atitudes para reanimar seu reino que contou com a grande ajuda de seu principal conselheiro William Cecil. Além das conspirações, várias críticas sobre seu reinado e por ela ser mulher e reinar sem um rei a cercavam e a pressionavam ainda mais. Sempre foi adoradora das artes, Antiguidade e até se arriscava em alguns sonetos, decidiu incentivar a cultura e a educação. Lembrando que a Inglaterra era um país muito atrasado em relação aos outros, até que um investidor decide financiar o início de atividades industriais no país. A cultura muda os costumes da sociedade, que eram conhecidos por serem violentos, começaram a serem admiradores das diversas atividades artísticas, mostrando uma mudança no cotidiano o que modificou a visão de mundo deles. “O que inspira acima de tudo os escritores elisabetanos é o homem, com as suas grandezas, é o espetáculo da natureza suas magnificências e das suas singularidades, é o fervilhar da vida e os caprichos do sonho” (CHASTENET, 1973, p. 224). A partir daí, várias manifestações artísticas e científicas começaram a surgir, mais nem todas tiveram a devida atenção. Dois artistas que contribuíram com a motivação cultural foram William Shakespeare e Christopher Marlowe, que deram identidade para a política, economia e a sociedade, onde expressava em suas peças o cotidiano de um reinado de várias perspectivas, tornando-as um meio de comunicação. O teatro teve grande relevância na economia da Inglaterra, que tornou Londres o centro das oportunidades e o maior centro cultural da Europa, mas só decaiam um pouco devido a peste, pois no período de contaminação evitavam-se aglomeração, e o teatro era alvo principal, já que as pessoas ficavam de pé em frente ao palco assistindo e os nobres em um tipo de mezzanino, o perigo de contágio era extremo, e só poderia ser reaberto mediante permissão da rainha.

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