Era Vargas
Casos: Era Vargas. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Blue2013 • 22/5/2013 • 1.580 Palavras (7 Páginas) • 601 Visualizações
A era Vargas
Resenha
Os 15 anos que Getúlio “Dornelles” Vargas ficou no poder, que vai de 1930 à 1945 ficaram conhecidos como a era Vargas devido a sua forma de governar de maneira centralizadora, modernizadora e com fortes traços autoritários.
Durante o período de seu governo ele teve que enfrentar problemas internos das forças que o apoiavam e problemas externos da oposição. O problema maior com o qual Getúlio teve que lidar entre as forças que o apoiavam talvez tenha sido o problema do Tenentismo, porque os Tenentes o haviam apoiado a Revolução de 30, mas tinham suas ideais próprias sobre o que devia ser feito, o que gerou um confronto entre o governo de Getúlio e os Tenentes. Tal confronto, entretanto, não se deu como um confronto armado e sim uma disputa política, que acabou em triunfo do governo Vargas. Os Tenentes, a partir daí, ou saíram do exército ou se integraram a movimentos radicais ou em sua maioria passaram a apoiar o governo de Getúlio.
Os problemas externos vinham principalmente das elites regionais dos Estados, que não se conformavam com a política centralizadora. O caso mais grave ocorreu nas relações da elite de São Paulo e o governo. Getúlio naquele momento, não teve o jogo de cintura necessário e acabou por tratar mal a elite Paulista. Isso deu origem a muitas resistências e acabou gerando a revolução de 1932: São Paulo lutou vários meses praticamente sozinho e no fim acabou sendo derrotado pelas forças do governo federal, sobre tudo pelas forças do exército nacional.
A revolução de 1932 foi chamada de revolução constitucionalista porque os revolucionários queriam que fosse interrompida a ditadura que Getúlio tinha implantado, a qual ele chamou de governo provisório, com a convocação de uma assembleia constituinte para se aprovar uma constituição no país e se implantar um regime democrático. Nesse sentido a revolução foi vitoriosa, ela foi derrotada pelas armas mas pôs na ordem do dia, a necessidade que havia de dar uma forma legal para o país. Se interrompeu o governo que Getúlio estava chefiando e que era chamado de governo provisório. Getúlio Vargas convocou as eleições, que foram realizadas em maio de 1933 para uma assembleia constituinte. Essa constituinte aprovou uma constituição em julho de 1934.
Em 16 de julho de 1934 a República Brasileira tinha sua 2ª constituição: jornada de 8 horas; proibição de trabalho para menores de 14 anos; repouso semanal obrigatório; e férias remuneradas foram alguns dos pontos contemplados nesta constituição.
Mas, talvez, do ponto de vista político, a coisa mais importante da Constituição de 1934 tenha sido a instituição do voto secreto. Essa assembleia depois que se reuniu e aprovou a constituição, foi ela mesma quem elegeu o presidente da república por voto indireto, Getúlio Vargas.
Do início até o final de 1930 mudanças ocorreram em algumas áreas: na área da economia, por exemplo, o Brasil tinha condições de produzir café numa escala muito maior do que o mercado mundial em crise podia absorver. Então se realizou toda uma política de queima do café: o governo comprava o café dos cafeicultores e queimava para regular a oferta no mercado internacional. Outra mudança importante foi a expansão da produção do algodão. Nesse momento de crise, o algodão veio em socorro das exportações brasileiras e isso teve a ver com um fenômeno europeu, que foi o fortalecimento da Alemanha, infelizmente sobre o controle de Hitler. Foi essa Alemanha nazista que começou a comprar em grande escala, para a produção de tecido, o algodão brasileiro.
O impulso na industrialização brasileira no pós 30 foi proporcionado exatamente pelas condições da crise mundial. Como era complicado importar mercadoria acabada, produtos industriais porque o mil réis, a moeda da época, tinha se desvalorizado e não existia mil réis suficiente, porque o Brasil não exportava como antes de 1930. O pais, então, foi incentivado a substituir estas importações e essa substituição se dá com a produção interna de bens industriais. A dificuldade de importação impulsionaram e tornaram realidade antigos projetos de grande importância para o desenvolvimento do país.
A partir de 1930, com exceção dos japoneses, a mão de obra estrangeira parou de vir para o Brasil. Com isso a mão de obra utilizada nos grandes centros passou a ser aquela que migrou de pequenas cidades mineiras e do nordeste entrando principalmente na atividade da construção civil e na atividade industrial.
No nível federal as reformas implantadas por Getúlio tiveram vários objetivos: um deles foi a implantação do ensino técnico, demonstrando a preocupação com a industrialização e com a mão de obra qualificada. A outra coisa foi a melhora na qualidade do ensino e a padronização do ensino nos níveis secundários e universitários. Por outro lado a política de Getúlio eliminou as possibilidades da existência de um sindicalismo autônomo, isto é, de uma organização própria dos trabalhadores. Ele agiu de cima para baixo, autoritariamente, como era o seu estilo.
Um traço inovador após o ano de 1930, foi o surgimento de movimentos sociais em maior expressão e em maior quantidade. Entre esses movimentos podemos destacar um de extrema direita, que era o integralismo e outro de extrema esquerda, que era o comunismo. O integralismo estava inspirado no facismo e tinha como seu líder mais importante Plinio Salgado, que era um político e jornalista de São Paulo. Estes eram nacionalistas, totalitários, adversários das liberdades democráticas e acreditavam num regime sustentado por um partido único. Eles apoiaram Getúlio na esperança que através dele chegassem ao poder. Até o golpe do Estado Novo, novembro de 1937, tiveram apoio de Getúlio. A partir daí, foram marginalizados, uma parte deles tentou um golpe que fracassou e o movimento deixou de ter importância
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