Escravidão, Tráfico E Resistência - África Atlântica
Dissertações: Escravidão, Tráfico E Resistência - África Atlântica. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: sthefanyfalco • 18/2/2014 • 564 Palavras (3 Páginas) • 540 Visualizações
Resumo:
O capítulo é iniciado com uma análise dos termos “África” e “africanos”. É comum que se fale deste espaço com homogeneidade. No entanto, é um apanhado das mais diversas culturas e línguas, espalhadas nos mais diferentes povos. Eles não se identificam como iguais, não tem nada em comum, a não ser o compartilhamento desse imenso continente.
Na grande busca dos portugueses pela melhor rota do ouro e das especiarias, fez com que houvessem muitos conflitos, principalmente com mercadores mulçumanos. Mas quando conseguiram finalmente traçar uma rota marítima, outro produto passou a ser mais importante: escravos. A partir de 1441 esse produto começou a ser adquirido. Assim nascia a África Atlântica, uma imensa costa fornecedora de produtos, principalmente o produto humano.
Cerca de 11 milhões de escravos africanos foram enviados à América entre os séculos XVI e XIX. Muitos desses cativos já eram escravos bem antes da chegada dos europeus. Porém, a escravidão na África era muito diferente da dos homens brancos. Os termos que se pode aplicar à esse tipo de escravidão é: escravidão “de linhagem” ou “de parentesco”, um tipo mais doméstico dessa prática. Esses escravos tinham diversas origens, podiam ser prisioneiros de guerra, endividados, criminosos, filhos ilegítimos, mulheres adúlteras ou acusadas de bruxaria. Eles eram integrados ao grupo familiar de seus senhores, e em algumas gerações adiantes ganharia a liberdade. O que não acontecia nessas sociedades e que os europeus estavam fazendo era a captura, o “sequestro” de pessoas para se tornarem escravas.
Estes escravos praticavam atividades domésticas, de plantio e até mesmo serviços sexuais. A mobilidade social era muito grande também, escravos podia ocupar os mais altos postos na sociedade. Já a administração dos palácios e haréns geralmente ficavam por contas de um tipo especial de escravos: os eunucos. O número de morte era muito alto nessa pratica de castração, no mínimo 80%. Também eram feitos rituais com sacrifício humano, em que usavam escravos, sendo uma forma de ostentar riquezas ou simplesmente eliminar rebeldes.
Quanto ou comercio na costa da África Atlântica havia várias. “Troca em alto-mar”; em baías ou angras; ou os navios atracavam em fortalezas pertencentes as suas respectivas nações. Além do sofrimento que esses seres humanos cativos passavam na estocagem nessas fortalezas ou em galpões construídos para abriga-los, onde ficavam todos amontoados, tinha o sofrimento maior: a viagem até o Novo Mundo. Viagem esta que poderia demorar até sete meses para finalmente começar.
Nesse período o navio ia de porto em porto para completar a carga e os escravos que já estavam lá dentro sofriam. Muitos não resistiam às condições precárias, a tendência era piorar quando a viagem finalmente começava. Alojamentos insalubres, alimentação diferente as que estavam acostumados, doenças (como o banzo), depressões causadas por medos reais e irreais (superstições religiosas), todos esses fatores contribuíam para o sofrimento e muitas vezes a morte desse escravos. Além disso, houve também casos de suicídios e revoltas o que fez os navios contar com um intenso policiamento para proteger a carga até o destino final.
Na página 48, é apontado que em 4 séculos, somente os traficantes “luso-brasileiros
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