Eva péron
Monografias: Eva péron. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: nathi_salvagni • 26/9/2013 • 2.305 Palavras (10 Páginas) • 347 Visualizações
Eva Perón
María Eva Duarte de Perón, conhecida como Evita, (província de Buenos Aires, 7 de Maio de 1919 — Buenos Aires, 26 de Julho de 1952) foi uma atriz e líder política argentina. Tornou-se primeira-dama da Argentina quando o general Juan Domingo Perón foi eleito presidente.
Ainda existem dúvidas sobre o local de nascimento de Eva. Em seu registro de nascimento consta ter sido na cidade de Junín na província de Buenos Aires. Todavia, existem indícios de que na realizada nasceu em uma estância, sessenta quilômetros ao sul de Junín, próximo ao povoado de Los Toldos (no município de General Viamonte). Com dezesseis anos, decide seguir a carreira artística e muda-se sozinha para a capital argentina. Em 1937 estréia no cinema no filme Segundos Afuera e, em seguida, é contratada para fazer radionovelas.
Em 1944 conhece Juan Domingo Perón, então vice-presidente da Argentina e ministro do Trabalho e da Guerra. No ano seguinte, Perón é preso por militares descontentes com sua política, voltada para a obtenção de benefícios para os trabalhadores. Evita, então apenas a atriz Eva Duarte, organiza comícios populares que forçam as autoridades a libertá-lo. Pouco depois se casa com Perón, que se elege presidente em 1946.
Famosa por sua elegância e seu carisma, Evita conquista para o peronismo o apoio da população pobre, na maioria migrantes de origem rural a quem ela chamava de "descamisados". Morreu aos 33 anos, de câncer uterino. Embalsamado, seu corpo fica exposto à visitação pública até que, durante o golpe de Estado que derruba Perón em 1955, seu cadáver foi roubado e enterrado em Milão, Itália. Dezesseis anos mais tarde, em 1971, o corpo foi exumado e transladado para a Espanha. Ali foi entregue ao ex-presidente Perón, que vivia exilado em Madri.
Perón volta à Argentina em 1973 e é reeleito presidente, tendo a terceira mulher, Isabelita Perón, como vice. Após sua morte, em 1974, Isabelita Perón traz o corpo de Evita para a Argentina onde foi exposto novamente por um breve período. Foi então enterrada novamente no mausoléu da família Duarte no cemitério da Recoleta, na cidade de Buenos Aires.
O mais impressionante na história da vida de Eva foi o caminho meteórico que ela percorreu na sua vida pública. Entre a total obscuridade ao mais absoluto resplendor pessoal e político de sua vida e em seguida sua morte, tudo ocorreu em apenas 7 anos. Nesse curto período ela saiu do mais humilhante anonimato para se tornar uma das mulheres mais importantes e poderosas do mundo. Na sua breve existência (morreu aos 33 anos de idade) há muitos mistérios, muitos fatos obscuros mas há principalmente uma personalidade tragicamente marcante. Sua infância em Los Toldos e depois em Junin de Los Andes foi pobre, mas digna. Sua mãe, Juana Ibarguren, era uma costureira obsessiva com limpeza, extremamente organizada e amante do estancieiro Juan Duarte, que tinha outra família, legítima, em Chivilcoy, com outros 6 filhos. Depois da morte de Juan em um acidente de automóvel, Juana muda-se com os filhos, todos dele, para Junin para fugir das humilhações de sua condição de amante. O estancieiro registrou como seus todos os filhos bastardos que teve com a costureira. Curiosamente não registrou Eva e muitos historiadores relacionam esse fato, tido como uma frustração para Evita, aos condicionantes psicológicos que a levariam a buscar afirmação e sucesso na vida.
Talvez por isto, já no poder, era muito marcante seu traço de valorização dos laços familiares dos pobres argentinos. Quando Juan Duarte morreu, Juana e seus filhos com ele, Eva, Juancito, Elisa, Blanca e Erminda, todos ainda muito pequenos, sairam da zona rural onde moravam para visitar o pai morto e dar-lhe o último beijo. Foram escorraçados do velório pela viúva e pelos filhos legítimos dele. Juana bateu o pé e insistiu que seus filhos tinham o direito de beijar o pai morto. Depois de negociações e para evitar bate-boca numa cerimónia fúnebre, foi-lhes permitido que o fizessem, na condição de em seguida sumirem dali. E foi o que fizeram. Depois disso Juana arruma suas trouxas e se muda com seus filhos com Juan para Junin de los Andes, na província de Buenos Aires. Nessa época Eva, como toda adolescente provinciana, sonha em ser artista, ser uma estrela do teatro, do cinema. Eva tinha verdadeira paixão pela atriz norte-americana Norma Shearer, seu modelo de mulher e de artista desde a infância. Assistia dezenas de vezes seus filmes no cineminha de Junin e jurava para si mesma que ainda teria uma casa com telefones brancos e lençóis de cetim, como Norma nos filmes, sem se permitir, é claro, um mínimo de visão crítica que lhe desse conta de que aquilo tudo era apenas de celulóide e nada mais.
Saía das sessões com as as mãos suadas e com os olhos revirados. Mas foi imbuída desta vontade de vencer, de ser Norma, de rolar com meias longas de seda com costura atrás, cabelos louros cacheados, sobre altos colchões de mola e lençóis de cetim rosa e principalmente de ter uma identidade que a bastardia lhe roubou, que a estimulou a deixar Junin e partir para tentar a carreira de atriz em Buenos Aires. Em janeiro de 1935, com apenas quinze anos de idade e acompanhada de Agustín Magaldi, cantor de tangos e amigo da família, considerado o Gardel do interior argentino, Eva parte para a capital com uma malinha contendo suas poucas roupas, talvez apenas com um vestido "de sair" e mais uns trapinhos cuidadosamente lavados e engomados por Dona Juana.
Evita e Perón
Em Buenos Aires foi morar com Juancito, seu irmão que servia o exército na Capital e já trabalhava como vendedor numa fábrica de sabão. Levavam uma vida difícil, simples, entre as obrigações da sobrevivência e fins de semana em botecos. Quando sobravam uns trocados desfrutavam o prazer de um puchero regado a cerveja Quilmes com os amigos da cidade grande. Eva passava o dia a procura de trabalho em rádios, revistas e, principalmente, tentando cavar uma chance de trabalhar no teatro e no cinema. Depois de passar fome, se submeter aos assédios de canastrões e cafajestes gordos e suarentos do mundo artístico que lhe prometiam chances condicionadas a algumas horas nas camas vagabundas de pensões portenhas, Eva acabou por ter a sua primeira chance concreta no cinema, no filme Segundos Afuera. Nesse filme, no qual teve um papelzinho secundário e obtido graças à intervenção de Emilio Kartulowicz, dono da revista Sintonía ela teve chance de mostrar ao mundo artístico argentino sua total falta de talento para a carreira de atriz. Mas como o destino sempre se impõe, foi na sua relação com este mundo que ela teve sua grande chance: conhecer um coronel chamado Juan, o
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