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FICHAMENTO- O Historiador E Seus Fatos.

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Por:   •  7/12/2013  •  4.050 Palavras (17 Páginas)  •  893 Visualizações

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UNIVERSIDADE DO GRANDE ABC – ANHANGUERA

BRUNO RODRIGUES DA SILVA

RA- 30020226

FICHAMENTO- O Historiador e seus Fatos.

SANTO ANDRÉ

2013

UNIVERSIDADE DO GRANDE ABC – ANHANGUERA

BRUNO RODRIGUES DA SILVA

RA- 30020226

FICHAMENTO- O Historiador e seus Fatos.

Trabalho apresentado ao Curso de Licenciatura Plena em História da Universidade do Grande ABC- Anhanguera.

SANTO ANDRÉ

2013

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 4

DESENVOLVIMENTO 6

CONSIDERAÇÕES FINAIS 14

REFERÊNCIAS 15

INTRODUÇÃO

A história, nos últimos anos, tem passado por supostas “crises” acerca da real existência de sua função social. Muitos são os questionamentos sobre tal tema e eles atingem diretamente o fazer histórico. Dentro desse contexto, a função social do Historiador é posta em dúvida: teria o Historiador uma real função dentro da sociedade? Para que serve a história? São questões que pretendemos abordar no decorrer deste texto.

De acordo com Burke (1998) muito se tem questionado acerca de qual função o historiador teria na sociedade em que está inserido. Apesar de inúmeros debates, muitos questionamentos ainda persistem. Teria o historiador uma real função social? Desde quando podemos detectar isso? Por que há uma ênfase na questão do distanciamento entre o historiador e o seu objeto de estudo? Para quem pesquisa e escreve o historiador? Quais são seus métodos recorrentes? São inquietudes levantadas diante de muitas discussões sobre a determinação da “função social” do historiador. O escopo deste artigo não é responder a todas elas – isso seria extremamente difícil.

O objetivo, então, é o de nos direcionar no sentido de entender o papel do historiador frente aos desafios de sua profissão e a aplicabilidade desta na sociedade em que aquele se posiciona como indivíduo ativo.

Ao abordar a violência contra as mulheres em Montes Claros, ocorrida no período de 1985 a 2006, percebemos, dentro da própria academia, certa resistência em permitir que o historiador aproxime-se de seu objeto de estudo por tornar-se militante em sua pesquisa.

Acredita-se então ser necessário aprofundar tal abordagem, uma vez que o historiador produz seu trabalho a partir do presente, das preocupações de sua realidade, fazendo de sua fala um discurso no qual grande parte de suas posições políticas, ideológicas e sociais está presente, sejam elas para a sociedade ou para um grupo específico. O que se busca, portanto, não é obter respostas únicas ou permanentes, mas obter respaldo teórico para tal pensamento. Para tanto, dialogaremos com algumas obras de autores pesquisados.

Na obra clássica de Michel de Certeau, A Escrita da História, mais especificamente no capítulo sobre “A operação historiográfica”, encontramos uma alusão à questão do lugar do historiador na sua pesquisa. O autor deixa claro que não existem considerações, por mais gerais que sejam, nem leituras, capazes de suprimir a particularidade do lugar de onde fala o historiador e do domínio em que o mesmo realiza uma investigação. Essa marca é indelével e representa a relação do historiador com um lugar, lugar este do qual o historiador faz parte e onde se localiza.

Nesse lugar, o historiador está submetido a imposições, ligado a privilégios, enraizado em uma particularidade e é em função desse lugar que se instauram os métodos, se delineia uma topografia de interesses, que os documentos e as questões propostas se organizam. Tornando-se, portanto, quase impossível o distanciamento, tão exigido pela academia, entre o historiador e seu objeto de pesquisa, uma vez que nesta está imbuída a “subjetividade” do autor (CERTEAU, 1982, p. 67).

O que presenciamos na obra de Certeau, assim como em outras que iremos mencionar, é a superação pela busca da “objetividade ou totalidade histórica”, tão presente em outros tempos nas pesquisas históricas. Tal superação oportunizou aos historiadores trabalharem com a subjetividade e com a relatividade histórica, permitindo visualizar sua pesquisa na realidade dos indivíduos que estão presentes na mesma, ganhando uma conotação social, dando uma maior visibilidade e função

ao ofício do historiador.

DESENVOLVIMENTO

Sobre o lugar do historiador dentro da prática histórica, da função social da sua escrita e da pesquisa histórica, como há uma inserção do pesquisador nas mesmas e quanto sua realidade influi diretamente sobre todos esses pontos, Edward H. Carr, em sua obra Que é História? faz um excelente apontamento, quando enfatiza que os historiadores não são canais neutros através dos quais a verdade sobre o passado é transferida dos documentos para o leitor, mas, antes, indivíduos que deixam as suas ideias e convicções pessoais

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