Feudalismo: historiografia da Idade Média da Europa feudo-medieval
Por: Deize Leal • 2/2/2016 • Resenha • 478 Palavras (2 Páginas) • 995 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA
Deize Leal Santos Abril de 2015.
GUERREAU, Alain. “Feudalismo”. In: LE GOFF, Jacques; SCHIMITT, Jean-Claude. Dicionário Temático do Ocidental Medieval. V.1, Bauru: EDUSC, 2006, pp. 437-455.
GUERREAU inicia o capitulo com algumas criticas sobre a historiografia da Idade Média da Europa feudo-medieval destacando alguns pensadores como Spinoza, Locke, Montesquieu dos quais eram incompatíveis a estrutura de organização feudal ocorrendo de forma desigual na Europa e em outras regiões como Inglaterra que tinha suas ideias realizadas expandindo-se em outras regiões como Europa Meridional. Surge então uma nova maneira de ver as relações sociais sendo denominados como liberalismo. Os domínios da igreja foram confiscados e vendidos resultando em um fracasso das reformas da Monarquia Francesa na segunda metade do século XVIII, em 1789 ocorreu abolição dos direitos feudais transformando senhores em proprietários.
A lógica do dominium, uma relação de poder, dominação entre os homens e as terras no século XIX sofreu uma imposição da dupla fatura junto com a ecclesia que assim como o nascimento da religião seu desaparecimento quase que não deixaram traços. Através da analise historiográfica mostra o uso das noções ocultas da dupla fatura do século XVIII com o intuito de corrigir os efeitos causados pelas duas faturas propondo assim chamar: dominação e simultaneidade. O sistema medieval europeu teve a ecclesia como instituição dominante “na medida em que todos os habitantes da Europa medieval estavam obrigatoriamente relacionados com ela, que as regras ditadas por ela tenham um valor geral” (GUERREAU, 2006: 447). Fazer parte da ecclesia não era uma opção, levando até a excomunhão. Sua relação com o dominium era a ligação do homem com o solo permitindo assim o seu bom funcionamento.
A definição Cristo-ecclesia, uma estrutura de dominação, um controle da sociedade criando um elo espiritual e material que se caracterizava entre Deus e os homens pecadores. Em Constantinopla em 345 foi proclamada a trindade, ou seja, a divindade do espírito santo onde se cria um modelo de cemitérios em volta das igrejas do qual só veio a ser triunfado no século XII após esse momento deu-se o surgimento do parentesco espiritual sendo controlado pela ecclesia.
Para finalizar o capítulo GUERREAU volta ao ponto de partida da analise sobre o sistema feudal, onde foram mencionados alguns pontos das características da Idade Media criando uma contradição pela própria. No texto são abordados quatro características do sistema feudal: relação do dominium, o ecossistema feudal, parentescos artificiais (espirituais), e o domínio da Igreja do qual exercia um controle maior sobre o sistema feudal controlando ate as relações de produção.
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