Formas De Resistência Utilizadas Pelos Escravizados.
Trabalho Escolar: Formas De Resistência Utilizadas Pelos Escravizados.. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: camisfernadess • 10/10/2013 • 357 Palavras (2 Páginas) • 1.022 Visualizações
A população negra gerava formas de resistência que iam contra o sistema escravista. Não raro, alguns escravos organizavam episódios de sabotagem que prejudicavam a produção de alguma fazenda. Em outros casos, tomados pelo chamado “banzo”, os escravos adentravam um profundo estado de inapetência, ou seja paravam de comer e com isso poderia levá-los à morte.
Não suportando a dureza do trabalho ou a perda dos laços afetivos e culturais de sua terra natal, muitos negros preferiam atentar contra a própria vida. Nesse mesmo tipo de ação de resistência, algumas escravas grávidas buscavam o preparo de ervas com propriedades abortivas.
Apesar de dispersos, unidos a outros que tinham hábitos e linguagem bem diferentes, explorados e intimidados eles encontraram formas de se organizar misturando hábitos nativos dos vários grupos que se formavam e das classes dominantes, manifestações culturais dos negros também indicavam outra prática de resistência. A associação dos orixás com santos católicos, a comida, as lutas (principalmente a capoeira) e as atividades musicais eram outras formas de se preservar alguns dos vínculos e costumes de origem africana. Com o passar do tempo, vários itens da cultura negra se consolidaram na formação cultural do povo brasileiro.
Os quilombos foram a estratégia de resistência que melhor representou a luta contra a ordem escravocrata. Ao organizarem suas fugas, os negros formaram comunidades no interior das matas conhecidas como quilombos. Nesses espaços, organizavam uma produção agrícola autônoma e formas de organização sociopolítica peculiares. Ao longo de quatro séculos, os quilombos representaram um significativo foco de luta contra a lógica escravocrata.
Outra forma de resistência foi misturar-se as classes superiores, ou ocupar cargos administrativos e militares. A Guerra do Paraguai utilizou em suas fileiras escravos e alguns oficiais mulatos. Em Pernambuco, o comandante Pedroso, oficial pardo, promoveu uma revolta em 1823.
Os escravos tornaram-se escassos o que encareceu o custo da mão-de-obra e demandou a contratação de assalariados prejudicando os lucros dos senhores. A situação se agravou com a abolição da escravatura, que não deu aos negros nada mais que a liberdade.
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