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Formação Social, Econômica E Política Do Brasil

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Por:   •  4/4/2014  •  1.387 Palavras (6 Páginas)  •  369 Visualizações

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Produções deste tipo geralmente tendem ou à heroização de personagens históricas ou à crítica voraz e pejorativa. Esta última tendência parece ser a adoptada pelos realizadores do projecto, o que talvez possa ser demonstrado pela teatrealização do figurino e pelos ambientes escuros, demonstrando precariedade, tanto em Lisboa (antes da fuga da corte para a América) quanto no Brasil, depois de sua chegada em 1808.

O filme apresenta alguns problemas que podem levar o público à confusão: a menção à Carlota como rainha quando ela ainda era princesa, por exemplo, não permite que nos localizemos precisamente no tempo histórico. Além disso, a confusão em relação à situação política do Brasil (colónia ou Reino Unido a Portugal e Algarves) e o uso inadequado de pronomes de tratamento, com a tradicional confusão entre Alteza e Majestade também podem causar certa confusão.

O Brasil encontrado pela família real é retratado como um lugar imundo e exacerbadamente confuso, com ruas que mais parecem uma daquelas tradicionais feiras orientais. A natureza, claro, não poderia deixar de ser destacada, ainda que com um tom talvez (vejam bem, talvez) um pouco pejorativo, dando a idéia de selva. Mais uma vez me parece vir à baila a ideia da precariedade da colónia americana (bem como do Império Português), já que as amplas modificações urbanísticas promovidas pelo governo de D. João durante sua estada no Rio de Janeiro não são sentidas ao longo do filme e a impressão de uma cidade suja e confusa permeia toda a produção.

Cabe notar que, como todos os outros filmes, novelas, minisséries etc., não é possível levar o apresentado como uma exposição fiel de uma pretensa verdade histórica, nem mesmo como a exposição de apenas uma interpretação a respeito daquele tema. Geralmente os produtores, roteiristas e directores dessas produções não são historiadores e apanham elementos das mais diversas interpretações, de maneira a deixar as suas histórias interessantes para o público, o que, não necessariamente, desqualifica a produção.

A vinda da família Real mudou radicalmente a estrutura político-econômica do país e, porque não a maneira de vestir das pessoas. Um fato curioso é que a princesa Carlota Joaquina, suas filhas e damas da corte desembarcaram com uns turbantes rústicos enrolados na cabeça para disfarçar a calva a que foram reduzidas pela infestação de piolhos. Isso no dia seguinte repercutiu tanto que todas as damas da corte brasileira consideraram ser aquela uma moda europeia e aderiram com tal entusiasmo que até hoje as Baianas usam a indumentária.

O adultério também foi fato que começou com a chegada da Corte portuguesa ao Rio de Janeiro e se perpetua até hoje.

Entre os membros da família real, a princesa Carlota Joaquina Teresa Caetana de Bourbon y Bourbon já vinha mal falada por viver na Quinta do Ramalhão, palácio localizado em Sintra, distante da residência do marido, D. João, que vivia em Lisboa. Os casos amorosos de Carlota eram conhecidos, e o mais rumoroso deles resultou no assassinato a facadas, a mando da própria Carlota, de uma rival, a mulher de um funcionário do Banco do Brasil.

A princesa, com seu gênio voluntarioso, encontrava sempre um meio de comprar algum deles para lhe manter informada do que se passava no Palácio Real e na Quinta da Boa Vista. Um espião em particular ficou muito conhecido na época por trabalhar para ambos simultaneamente, Francisco Gomes da Silva, cujo apelido era Chalaça. Entre as várias informações relatadas ao príncipe, algumas eram irrelevantes, outras, porém, eram graves, como os vários amantes de sua mulher e as tramas que articulava contra o príncipe, no intuito de lhe tirar o poder das mãos.

REPÚBLICA DE ESPADA

O período de 1889 a 1894 onde, o regime republicano, recém instalado no país, teve como presidentes dois militares: Marechal Deodoro da Fonseca e MarechalFloriano Peixoto.

Um pequeno grupo de militares, insatisfeitos com a ação imperial, organizou um golpe que não foi prontamente identificado como tal. Muitos acreditavam que se tratava de uma parada militar.

Assim, sem oferecer nenhuma resistência, Dom Pedro II saiu do poder pelas mãos de um golpe discreto e inesperado. O alagoano Deodoro da Fonseca, apesar de sua grande amizade com o monarca deposto, acabou por liderar o movimento que instituiu a república em nosso país, a 15 de novembro de 1889. De líder da revolta republicana, Deodoro foi alçado à presidência do chamado Governo Provisório, que comandaria o país até que se realizassem eleições (diretas), a elaboração de uma nova Constituição e até mesmo uma consulta popular sobre qual regime o povo considera o melhor para o Brasil: República ou Monarquia (que, aliás acabou por ocorrer somente 104 anos após a proclamação da República).

Assim, nova Constituição é promulgada em 1891, e apesar de seus dispositivos deixarem bem claro que as eleições presidenciais seriam diretas, ou seja, com a participação popular, em meio às disposições transitórias estava prevista a exceção de que o primeiro pleito se daria em forma indireta, ou seja, por escolha dos componentes do CongressoNacional.

Desta primeira eleição, saíram vitoriosos Deodoro

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