Formação da classe operária brasileira
Por: GriLu • 30/4/2018 • Trabalho acadêmico • 802 Palavras (4 Páginas) • 247 Visualizações
INSTITUTO DE HISTÓRIA
AVALIAÇÃO DE HISTÓRIA DO BRASIL III
04 - 2018
Em "Libertários” (1976) vemos o que supõe-se como a formação do movimento operário brasileiro, mostrando a vinda dos imigrantes europeus, italianos principalmente, que passaram a trabalhar nas fazendas de café e algodão, influenciados pelo ideal anarquista.
A burguesia industrial facilitou a formação de uma classe operária após os anos 1880. Imigrantes italianos se mudaram para as cidades devido ao aumento de fábricas na região sudeste. As péssimas condições trabalhistas em que eram submetidos os operários, tais como longas jornadas, falta de férias e folgas, punições violentas e até mesmo mulheres e crianças trabalhando
O operário vivia em péssimas condições de trabalho (jornadas de até mesmo 18 horas diárias, suscetíveis à punições, sem recursos como férias e folgas remuneradas...), tendo mulheres e crianças fazendo parte dessa massa.
Os operários estabeleciam associações onde se auxiliavam em casos necessários, e no regime republicano, surgiram os sindicatos com o intuito de regularizar e defender os seus interesses. Outras dessas associações seriam em formatos de jornais e clubes. Sobretudo em São Paulo, caracterizava-se um forte processo industrializador que formava, como consequência, um proletariado urbano com forte presença de imigrantes de origem italiana, com vertentes anarquistas. Em conjunto, abrem as fronteiras de seus movimentos, realizando as primeiras greves.
Em 1910, houveram movimentos que iniciaram diversas greves, porém o auge ocorreu em 1917, em que operários de uma manufatura chamada Crespi exigiam aumentos salariais, e em uma das manifestações ocorridas nas ruas acabou por culminar na morte de um jovem anarquista espanhol chamado José Martinez, o que serviu como estopim para uma Greve Geral que parou São Paulo, mobilizando milhares de outros operários, alastrando-se para outras cidades.
Até 1920, a predominância ideológica desta classe era a do Anarquismo, embora uma parte de operários imigrantes fossem adeptos das ideias socialistas, propagando-a. Porém, em 1922, o partido comunista se elevou como o grupo mais influente no movimento, após a Revolução comunista que ocorreu na Rússia (1917), que acabou por ter como consequência a acentuação repressiva contra os anarquistas, debilitando o movimento e causando a deportação e até mesmo prisão de muitos de seus líderes.
No livro "Trabalhadores e sindicatos no Brasil", o autor Marcelo Badaró atribui o surgimento dos sindicatos não aos imigrantes europeus mas sim aos ex-escravos, que através de registros documentais, percebe-se que possuíam insurreições que lutavam para buscar melhorias em suas condições de trabalho.
Propondo-se a discutir a origem das classes trabalhadoras, esta se precede à abolição da escravidão vigente no Brasil, mostrando alguns fatos de cunho coletivo que ocorreram em prol dos trabalhadores liberais ou escravizados que se levantaram a ponto de paralisar atividades para conseguir seus objetivos. Porém, eles não possuíam autorização
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