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Guerra De Canudos

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Por:   •  6/10/2013  •  1.562 Palavras (7 Páginas)  •  555 Visualizações

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A Guerra de Canudos, revolução de Canudos ou insurreição de Canudos foi um movimento político-religioso brasileiro que durou de 1893 a 1897, ocorrida na cidade de Canudos no interior do Estado da Bahia. Decorrente da grave crise econômica e social que encontrava a região, onde havia latifúndios improdutivos, seguida de secas cíclicas, desemprego crescente, e a crença numa salvação milagrosa para poupar os pobres do sertão dos flagelos do clima e da exclusão social violenta.

A situação na região, na época, era muito precária. Havia fome, seca constante, a miséria e a violência afetava a região. A situação, somada com a alta religiosidade local, acabou por gerar distúrbios sociais, os quais o Governo local, na época sem condições de combatê-lo, acabou por gerar um conflito maior.Em novembro de 1896, no sertão da Bahia, explodiu num conflito civil. Com duração de quase um ano, até 05 de outubro de 1897, e, devido ao ímpeto, o governo da Bahia pediu o apoio da República para conter este movimento.

Conselheiro, alcunha de Antônio Vicente Mendes Marciel, o mentor e comandante da revolta, que passou a ser conhecido logo depois da Proclamação da República, era quem liderava o movimento. Ele acreditava que era um enviado de Deus para acabar com as diferenças sociais e com a cobrança de impostos.

A escravidão havia acabado poucos anos antes; nas estradas levas e levas de ex-escravos excluídos do acesso à terra vagavam pelos sertões, vítimas de um processo discriminação e competição com mão de obra imigrante especializada, assim como indígenas aculturados, expulsos de suas terras. Ainda todas estas pessoas estavam arruinadas pelas secas e pela crise do fim da economia canavieira do nordeste de Brasil.

O governo da República, recém instalado, queria dinheiro para materializar seus planos, e só se fazia presente pela cobrança de impostos. Para Conselheiro e para a maioria das pessoas que viviam nesta área, o mundo estava próximo do fim.

Com estas idéias em mente, ele conseguiu reunir um grande número de seguidores que acreditavam que ele realmente poderia libertá-los da situação de extrema pobreza ou garantir-lhes a salvação eterna na outra vida. Isso teria assustado aos latifundiários e ao clero da Bahia, que resolveram pedir providências ao Estado contra tal "ordem de Fanáticos". A tropa foi debelada, não podendo cumprir a ordem de prisão contra conselheiro. A partir daí Antônio Conselheiro e seus seguidores não mais conheceram a paz; sucessivas tropas militares foram enviadas à região para acabar com "perigoso reduto de fanáticos".A notícia da chegada de tropas militares na região atraiu para lá grande número de pessoas, que partiam de várias áreas do nordeste e iam em defesa do "homem Santo".

Devido à enorme proporção deste movimento, o governo da Bahia não conseguiu sozinho segurar a grande revolta que acontecia em seu Estado. Por esta razão, pediu a interferência da República, que, por sua vez, também encontrou muitas dificuldades para conter os fanáticos. Somente no quarto combate, onde as forças da República melhor equipada acabou por vencer a batalha final em sua quarta expedição.

A Guerra de Canudos propriamente dita durou um ano e, segundo a história, mobilizou ao todo mais de dez mil soldados oriundos de 17 Estados brasileiros, distribuídos em quatro expedições militares. Calcula-se que morreram ao todo mais de 25 mil pessoas, culminando com a destruição total da cidade palco da guerra.

A Guerra do Contestado,em linhas gerais, foi um conflito armado, entre a população cabocla e os representantes do poder estadual e federal brasileiro travado entre outubro de 1912 a agosto de 1916, numa região rica em erva-mate e madeira pretendida pelos Estados do Paraná, Santa Catarina e até mesmo pela Argentina. A Guerra do Contestado teve origem em conflitos sociais latentes na região, fruto dos desmandos locais, em especial no tocante à regularização da posse de terras por parte dos caboclos. Representando, ao mesmo tempo, a insatisfação da população com sua situação material, o conflito era permeado pelo fanatismo religioso, expresso pelo messianismo e pela crença, por parte do caboclos revoltados, de que se tratava de uma guerra santa.

Para entender-se bem a Guerra Sertaneja do Contestado, é preciso voltar um pouco no tempo e resgatar o valor da figura de três monges da região. O primeiro monge que ganhou fama foi João Maria, um homem de origem italiana, que peregrinou pregando e atendendo doentes de 1844 a 1870. O segundo monge também adotou o codinome (alcunha) de João Maria, mas seu verdadeiro nome era Atanás Marcaf, é de destacar a sua influência inquestionável sobre os crentes, a ponto de estes esperarem a sua volta através da ressurreição, após seu desaparecimento em 1908.O terceiro monge era conhecido inicialmente como um curandeiro de ervas, tendo se apresentado com o nome de José Maria de Santo Agostinho, aparentava uma vida honesta e logo ganhou a confiança do povo com falsos milágres.

Os camponeses que tinham perdido o direito às terras que ocupavam e os trabalhadores que foram demitidos pela companhia da estrada de ferro decidiram, então, ouvir a voz do monge José Maria, sob o comando do qual organizaram uma comunidade. A união destas pessoas em torno de um ideal comum levou à sua organização e ao fortalecimento do grupo.O "santo monge" João Maria rebelou-se, então, contra a recém formada república brasileira e decidiu dar status de governo independente à comunidade que comandava.

O governo brasileiro, então comandado pelo Marechal Hermes da Fonseca, sentiu indícios de insurreição neste movimento e decidiu reprimi-lo, enviando tropas para "acalmar" os ânimos.Antevendo o que estava por vir, José Maria parte imediatamente para a localidade de Irani com todo o séquito carente que o acompanhava. A guerra do Contestado inicia-se neste ponto: em defesa das terras paranaenses, várias tropas do Regimento

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