Guerra Do Uruguai
Casos: Guerra Do Uruguai. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: juliarr • 24/3/2015 • 466 Palavras (2 Páginas) • 355 Visualizações
A Guerra do Uruguai, por vezes mais conhecida como Guerra contra Aguirre, ocorreu de 10 de agosto de 1864 até 20 de fevereiro de 1865 e foi travada entre o governante Partido Blanco do Uruguai e uma aliança que consistia no Império do Brasil e o Partido Colorado uruguaio, secretamente apoiado pela Argentina. Desde a sua independência, o Uruguai tinha sido devastado por lutas intermitentes entre as facções colorada e blanca, cada uma tentando conquistar e manter o poder por sua vez. O líder colorado Venancio Flores lançou a Cruzada Libertadora em 1863, uma insurreição que visava derrubar Bernardo Berro, que presidia um governo de coalizão fusionista Colorado–Blanco. Flores foi ajudado pela Argentina, cujo presidente Bartolomé Mitre forneceu-lhe suprimentos, voluntários argentinos e transporte fluvial para as tropas.
O movimento fusionista ruiu quanto os colorados abandonaram a coalizão para se juntar aos soldados de Flores. A guerra civil uruguaia rapidamente se transformou, tornando-se uma crise de âmbito internacional que desestabilizou toda a região. Mesmo antes da rebelião colorada, os blancos dentro do fusionismo buscaram uma aliança com o ditador paraguaio Francisco Solano López. O governo blanco agora exclusivamente de Berro também recebeu apoio de federalistas argentinos, que se opunham a Mitre e seus unitários. A situação deteriorou-se quando o Império do Brasil foi arrastado para o conflito. Quase um quinto da população uruguaia era considerada brasileira. Alguns se juntaram à rebelião de Flores, estimulados pelo descontentamento com as políticas governamentais dos blancos que consideravam nocivas aos seus interesses. O Brasil finalmente decidiu intervir no caso uruguaio para restabelecer a segurança das suas fronteiras no sul e sua ascendência regional.
Em abril de 1864, o Brasil enviou o ministro plenipotenciário José Antônio Saraiva para negociar com Atanasio Aguirre, que tinha sucedido Berro no Uruguai. Saraiva fez uma primeira tentativa de resolver a diferença entre blancos e colorados. Confrontado com a intransigência de Aguirre em relação às demandas de Flores, o diplomata brasileiro abandonou o esforço e ficou do lado dos colorados. Em 10 de agosto de 1864, depois que um ultimato brasileiro foi recusado, Saraiva declarou que os militares do Brasil começariam represálias exigentes. O Brasil se recusou a reconhecer um estado formal de guerra, e durante a maior parte de sua duração, o conflito armado uruguaio–brasileiro foi uma guerra não declarada.
Em uma ofensiva combinada contra redutos dos blancos, as tropas brasileiras–coloradas avançaram pelo território uruguaio, tomando uma cidade após a outra. Posteriormente, os blancos ficavam isolados em Montevidéu, a capital nacional. Diante de uma derrota certa, o governo blanco capitulou em 20 de fevereiro de 1865. A guerra de curta duração, teria sido considerada um grande sucesso para os interesses brasileiros e argentinos, houve intervenção do Paraguai em apoio aos blancos (com ataques a províncias brasileiras e argentinas), se não tivessem levado à longa e custosa Guerra do Paraguai.
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