Guerra Dos 100 Ano
Dissertações: Guerra Dos 100 Ano. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: gabriel_ms • 23/11/2014 • 479 Palavras (2 Páginas) • 233 Visualizações
A expressão Guerra dos Cem Anos, surgida em meados do século XIV, identifica uma série de conflitos armados, registrados de forma intermitente, durante o século XIV e o século XV (de 1337 a 1453, concordando com as datas convencionais), envolvendo a França e a Inglaterra.1 Embora a guerra tenha durado 116 anos o tempo foi arredondado para 100. A longa duração desse conflito explica-se pelo grande poderio dos ingleses de um lado e a obstinada resistência francesa do outro. Ela foi a primeira grande guerra europeia que provocou profundas transformações na vida econômica, social e política da Europa Ocidental. A França foi apoiada pela Escócia, Boêmia, Castela e Papado de Avinhão. A Inglaterra teve por aliados os flamengos, alemães e portugueses. A questão dinástica que desencadeou a chamada Guerra dos Cem Anos ultrapassou o caráter feudal das rivalidades político-militares da Idade Média e marcou o teor dos futuros confrontos entre as grandes monarquias europeias.
Historiograficamente é registrada entre 1334 a 1452. As suas causas remotas prendem-se à época em que o duque da Normandia, Guilherme, o Conquistador, apoderou-se da Inglaterra em (1066). Desde Guilherme, os monarcas ingleses controlavam extensos domínios senhoriais em território francês, ameaçando o processo de centralização monárquica da França que se esboçava desde o século XII. Durante os séculos XII e XIII, os soberanos franceses tentaram, com crescente sucesso, restabelecer a sua autoridade sobre esses feudos.
No século XII, o rei Henrique II da Inglaterra se casou com Leonor da Aquitânia e, segundo as tradições feudais, tornou-se vassalo do rei da França nos ducados da Aquitânia (Antiga Guiena, Guyenna ou Guyenne) e Gasconha. Desde então, as relações entre os reis da Inglaterra e França foram marcadas por conflitos políticos e militares. Isso culminou na questão da soberania sobre a Gasconha. Pelo Tratado de Paris (1259), Henrique III de Inglaterra abandonara as suas pretensões sobre Normandia, Maine, Anjou, Touraine e Poitou, conservando apenas a Gasconha. Os constantes conflitos vinham pelo fato do rei inglês, que era duque da Gasconha, ressentir-se de ter de pagar pela região aos reis franceses e de os vassalos gascões frequentemente apelarem ao soberano da França contra as decisões tomadas pelas autoridades inglesas na região.
As influências francesa e inglesa em Flandres (atual Bélgica e Países Baixos) eram também opostas, pois os condes desse território eram vassalos da França e, por outro lado, a burguesia estava ligada economicamente à Inglaterra. Além do intenso comércio estabelecido na região, Flandres era importante centro produtor de tecidos, que consumia grande parte da lã produzida pela Inglaterra. Essa camada urbana vinculada à produção de tecidos e ao comércio posicionava-se a favor dos interesses ingleses e portanto, contra a ingerência política francesa na região. Resolveram, flamengos e ingleses, estabelecer uma aliança, que irritou profundamente o rei da França, também interessado na região. Com muita sabedoria, eles obedeceram à nova lei pública na Europa, portanto estavam numa crise de guerras Europeias .
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