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Guerra Dos 30 - Henrique Carneiro

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Por:   •  4/2/2015  •  2.847 Palavras (12 Páginas)  •  323 Visualizações

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Guerra dos Trinta Anos

- A Guerra dos Trinta anos que durou de 1618-1648 foi lembrada durante séculos como sendo a pior guerra ocorrida na Europa.

- O número de vitimas nunca conseguiu ser calculado com precisão, mas estimam uma perda de um quinto até a metade da população da Europa Central, este numero enorme de mortos pode ser explicado pelas novas técnicas e armas que foram incorporadas durante esta guerra.

- A justificativa religiosa para esta guerra, ou seja, o conflito entre católicos e protestantes, ficou mais difuso após a entrada da França na Guerra.

- “A entrada da França na Guerra, ao lado dos protestantes favorecia o interesse nacional francês, pois permitia-lhe incorporar as regiões da Alsácia e da Lorena, além de enfraquecer o principal inimigo dos Bourbon, a casa Hasburgo da Áustria e Espanha.” Pg. 164

- “Como conseqüência do termino da guerra, estabeleceu-se não só um novo equilíbrio de poder, mas uma nova regra do jogo das relações internacionais. Por isso, os Tratados de Westfália, cuja assinatura em 1648 encerrou a Guerra dos Trinta Anos, são vistos como o marco na construção da ordem européia moderna em que a “razão de Estado” sobrepõe-se aos princípios religiosos medievais dasoberania universal do Papado, que haviam sido à base das grandes monarquias nacionais.” Pg. 164

Guerra Civil Alemã e Conflito Internacional

- “A Guerra dos trinta anos foi por um lado uma guerra civil alemã, entre regiões que queriam autonomia diante do poder imperial e outras que sustentavam o império... Por outro lado, foi um conflito internacional entre defensores católicos do imperado austríaco do Sacro Império Romano Germânico aliado ao seu parente espanhol, Felipe III, ambos da dinastia Habsburgo, contra uma coligação protestante dos principados alemães, a Holanda, a Dinamarca a Suécia e mais a católica Franca.” Pg. 166

- Os lados em conflito possuem dois pólos claros, o liderado pela dinastia Habsburgo que defendia os interesses católicos e um bloco de rebeldes protestantes da Boêmia e de diversas regiões germânicas, que lutavam pelos diretos dos protestantes e também pela liberdade da Alemanha.

- “A França evitou, durante muitos anos, a entrada efetiva na guerra, praticando uma “guerra coberta”, com apoio financeiro mas sem envolvimento direto até 1635. Sua intenção sempre foi de criar um “terceiro pólo” entre a aliança espanhola-imperial e o bloco dos protestantes alemães, suecos e holandeses. Para isso, a França estabeleceu relações com o principal estado católico alemão, a Bavária, e os principais estados protestantes , especialmente a Saxônia luterana, buscando garantir os direitoscatólicos e protestantes e descaracterizar a guerra como um conflito religioso.

O principal objetivo da França era neutralizar o poderio espanhol e austríaco, em dois ramos da mesma dinastia Habsburgo se uniam na missão de restaurar a “monarquia medieval” representada pela união de interesse entre o Império e a Contra reforma” pg. 167

- “A Guerra dos Trinta Anos não era só um conflito com dois lados definidos. Os protestantes também estavam divididos: os luteranos da Saxônia e mesmo os calvinistas de Brandeburgo permaneceram bastante tempo aliados com o imperador católico contra a Boêmia e o Platinado. Casa país envolvido, além disto, possuía seus próprios interesses e estava em guerras especificas com seus inimigos... nos limites externos da Europa, espreitava um inimigo em comum, a Turquia otomana, que nem por isso deixava de influir no conflito, buscando apoiar o lado protestante .” Pg. 167-168

- “Nos anos posteriores aos Tratados de Westfália, do ponto de vista comercial, naval e militar, a grande potencia emergente é a Holanda, ou mais precisamente as Províncias Unidas dos Paises Baixos. Em poucas décadas, entretanto, a Holanda será deslocada de sua posição pela França e a Inglaterra, as grandes nações em desenvolvimento, que, em torno de sua rivalidade, constituirão um sistema de disputas e alianças, por mais de um século, na busca da hegemonia no sistema europeu.” Pg. 168

Guerra de Religiõese Também Guerra Econômica

- A Guerra dos Trinta Anos foi a ultima Guerra religiosa de uma serie que havia ocorrendo desde 1519 com a revolta de Martinho Lutero. Desde 1530 com a Confissão de Augsburgo, esse grupo passou a ser reconhecido como protestantes.

- Em 1530 se estabeleceu a Paz de Augsburgo, onde os protestantes tiveram o direito de praticar seu culto desde que fossem da vertente Luterana. Admitia-se assim pela primeira vez, como lei de Império, a existência legal de duas religiões.

- No século XVI com a expansão do capitalismo mercantil europeu levou os paises a uma crescente disputa por interesses comerciais.

- “A guerra era como se fosse o comércio por outros meios. A independência dos Paises Baixos representava ... um interesse especifico de uma nova camada da burguesia ascendente que se chocava contra os interesses dinasticos e religiosos medievais da Coroa espanhola, do Sacro Império e do Papado. Essa burguesia mercantil tornou-se muito influente, especialmente na Holanda, na Inglaterra, nos portos do mar do norte, em Genebra, e adotou em todos esses lugares o protestantismo, especialmente na versão mais radical, o calvinismo.

Diferente dos luteranos, que acreditavam que os homens devem se conformar com seu lugar e sua condição de nascimento , os calvinistas viam no sucesso e na ascensão econômica um sinal de predestinação à salvação.” Pg. 170

-“No contexto da Guerra dosTrinta Anos, a vitória do lado dos protestantes, especialmente para holandeses, suecos e alemães representou a conquista de uma preponderância comercial dos paises do Norte, diante da derrota da supremacia espanhola e mediterrânea” Pg. 170

O Sacro Império e a Fragmentação da Alemanha

- No século XVIII a Alemanha era formada por mais de mil unidades políticas distintas, com uma população de cerca de 20 milhões de pessoas. Esse conjunto de estados dividia-se segundo lealdades político-religiosas, onde de um lado tínhamos a Liga Católica liderada por Maximiliano I, da Bavária, e de outro, a União Protestante, liderada por Frederico V, do Palatinado.

- “Acima de todos os pequenos, médios e grandes estados estava o Sacro Império Romano Germânico, que desde o final do século XV se sucedia dinasticamente na Casa

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