Guerra Entre Palestina X Israel

Árabes e Judeus carregam uma longa história de desavenças religiosas e de disputa de terras, já que adotavam sistemas religiosos diversos; eram comum divergências, as quais se agravaram com a criação do islamismo, no século VII.

O conflito entre os dois povos se intensificou a partir da Primeira Guerra Mundial, quando se deu o fim do Império Otomano, e a Palestina, que fazia parte dele, passou a ser administrada pela Inglaterra. A Inglaterra, por sua vez, apoiava o Movimento Sionista, o qual tinha como objetivo criar um Estado judaico na região da Palestina, a fim de proteger os judeus, que já vinham sofrendo perseguições e violências em todo o mundo, sem violar os direitos dos palestinos árabes que já viviam ali.

Com a ascensão do nazismo na Alemanha e o aumento das perseguições contra os judeus na Europa, a migração judaica para a região cresceu vertiginosamente. Os palestinos, por sua vez, resistiram a essa ocupação e os conflitos se agravaram.

Após a Segunda Guerra Mundial e o fim do Holocausto, a crescente demanda internacional pela criação de um estado israelense fez com que a ONU (Organização das Nações Unidas) aprovasse, em 1947, um plano de partilha da Palestina em dois Estados: um judeu, ocupando 57% da área, e outro palestino (árabe), com o restante das terras. Essa divisão “desigual” em relação à ocupação histórica desagradou os países árabes em geral.

Após os ingleses desocuparem a região, os judeus fundaram o Estado de Israel e, um dia depois, os árabes, insatisfeitos com a partilha, declararam guerra à nova nação, mas acabaram derrotados.

O conflito permitiu a Israel aumentar seu território para 75% das antigas terras palestinas: o restante foi anexado pela Transjordânia (a parte chamada Cisjordânia) e pelo Egito (a faixa de Gaza).

• Conflito Hídrico: Tanto Israel quanto a Palestina sofrem com problemas de falta de água em seus territórios. Segundo a legislação internacional, Israel tem a obrigação de fornecer água potável para os palestinos, o que, de fato, não ocorre, uma vez que os israelenses alegam estarem enfrentando uma escassez crônica de água. O povo israelense precisou tomar atitudes para resolver esse problema de sua população. A dessalinização das águas do Mar da Galiléia não era algo viável, já que mesmo o sal sendo retirado, uma parcela deste ainda permaneceria lá, causando futuras doenças. A saída encontrada foi reaproveitar, após tratada, a água que já fora utilizada, atitude que teve êxito e agora abastece toda a população israelense.

Contudo, os palestinos, além de não possuírem recursos hídricos, também não possuem financeiros, e, consequentemente, não tem como abastecer toda sua população de maneira adequada. A água que Israel pode usufruir vem do Rio Jordão, do Mar da Galiléia, e de duas fontes subterrâneas, consequentemente, é injusta a distribuição de água entre Israel e Palestina.

Durante a 3ª Conferência Mundial sobre Água, realizada em Kyoto, o ex-presidente soviético Mikhail Gorbachev descreveu a história do conflito pela água em todo o mundo: já houve 21 conflitos armados envolvendo água na história mundial recente, sendo que 18 destes embates ocorreram em Israel.

Na maioria das vezes o recurso hídrico é motivo para equilíbrio de conflitos em determinados momentos, mas dessa vez foi mais um dos