Guerra No Afeganistão
Artigo: Guerra No Afeganistão. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Muto • 13/10/2013 • 1.332 Palavras (6 Páginas) • 283 Visualizações
Guerra do Afeganistão
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Nota: Para outros significados de Guerra do Afeganistão, ver Guerra do Afeganistão (desambiguação).
A Guerra do Afeganistão ou invasão soviética do Afeganistão foi um conflito armado de nove anos entre tropas soviéticas, que apoiavam o governomarxista do Afeganistão, e insurgentes mujahidin afegãos, que procuravam derrubar o regime comunista no país. No contexto da Guerra Fria, a União Soviética apoiou o governo, enquanto que os rebeldes receberam apoio dos Estados Unidos, do Paquistão e de outros países muçulmanos. O conflito coincidiu no tempo com a Revolução Iraniana (1979) e a Guerra Irã-Iraque.
As primeiras tropas soviéticas a entrar no Afeganistão chegaram em 25 de dezembro de 1979. A retirada final começou em 15 de maio de 1988 e foi concluída em 15 de fevereiro de 1989. Devido ao alto custo e ao resultado malogrado para aquela superpotência da Guerra Fria, a intervenção soviética no Afeganistão costuma ser comparada ao que foi, para os EUA, a Guerra do Vietnã. Alguns estudiosos pensam que o custo econômico e militar da guerra contribuiu consideravelmente para o colapso da União Soviética em 1991.
Este conflito é um capítulo da longa guerra civil afegã, que começou em 1978 e perdura até hoje.
Antecedentes
A região hoje chamada Afeganistão é um país predominantemente muçulmano desde 82. As montanhas quase inacessíveis e o terreno desértico da área refletem-se numa população deetnias e línguas diversificadas. O maior grupo étnico é o dos pachtuns, aos quais se acrescentam os tadjiques, os hazaras, os aimak, os uzbeques, os turcomenos e outros menores.
A Rússia tem uma longa história de envolvimento militar no Afeganistão, que remonta às expansões tsaristas do chamado "Grande Jogo" entre os russos e o Reino Unido, a partir doséculo XIX. O interesse russo na área continuou durante o regime soviético, que aplicou grandes somas em ajuda econômica e militar entre 1955 e 1978.
Em fevereiro de 1979, a Revolução Islâmica logrou expulsar o xá do Irã, vizinho do Afeganistão. Em março daquele ano, Israel e Egito assinaram um acordo de paz, com o apoio dos EUA. O governo soviético via aqueles dois países do Oriente Médio como "gendarmes do Pentágono". Na época, os EUA venderam mais de cinco mil mísseis à Arábia Saudita e forneciam armas à resistência iemenita contra facções comunistas. As relações da URSS com o Iraque, outro país do Oriente Médio, esfriaram, e o governo iraquiano começou a dar preferência a armas francesas e italianas em vez de soviéticas.
A República Democrática do Afeganistão
Mohammad Daoud Khan, primeiro-ministro afegão entre 1953 e 1963 e primo do rei Mohammad Zahir Xá, tomou o poder num golpe militar em 17 de julho de 1973 e aboliu a monarquia. A repressão, pelo regime de Daoud, das atividades do Partido Democrático Popular do Afeganistão (PDPA), de corte marxista, inclusive com a prisão de chefes políticos e o assassinato, em circunstâncias misteriosas, de um dos principais líderes do partido, provocou manifestações populares em Cabul. Em 27 de abril de 1978, alguns oficiais militares simpáticos ao PDPA derrubaram e executaram Daoud, juntamente com membros de sua família. Nur Muhammad Taraki, Secretário-Geral do PDPA, tornou-se presidente do Conselho Revolucionário e primeiro-ministro da nova República Democrática do Afeganistão.
Seguiu-se à revolução uma luta interna no PDPA que resultou em exílios, expurgos e execuções de partidários não alinhados com o presidente. Durante seus primeiros 18 meses de governo, o partido aplicou um programa marxista de reformas. Medidas como a mudança dos costumes matrimoniais e a reforma agrária não foram bem recebidas por uma população extremamente devota ao Islamismo. Em meados de 1978, uma revolta popular apoiada pela guarnição militar local estalou na região do Nuristão, no leste do Afeganistão, o que deu início a uma guerra civil que se espalhou rapidamente pelo país. Em setembro de 1979, o Vice-Primeiro-Ministro Hafizullah Amin tomou o poder, após um tiroteio no palácio do governo que causou a morte do presidente Taraki. Mas o regime Amin foi esmagado pela instabilidade provocada pelos seus oponentes no PDPA e pela crescente rebelião.
O envolvimento soviético
Em 1972, cerca de 100 consultores soviéticos e especialistas foram enviados ao Afeganistão para treinar as forças armadas locais. Em maio de 1978, os governos da URSS e do Afeganistão assinaram um acordo para permitir o envio de até 400 consultores militares soviéticos. Finalmente, em dezembro daquele ano, Moscovo e Cabul celebraram um tratado bilateral de amizade e cooperação que permitia a entrada de tropas soviéticas caso o governo afegão o solicitasse. Com o aumento da assistência militar soviética, o regime do PDPA tornou-se progressivamente mais dependente de equipamentos e consultoria provenientes da URSS.
A intervenção soviética
O Exército Vermelho invadiu o Afeganistão em 25 de dezembro de 1979, no ano seguinte ao golpe de Estado comunista, com o objetivo de derrubar o Presidente Hafizullah Amin, considerado incapaz de enfrentar os rebeldes mujahidin e cuja lealdade à União Soviética havia sido posta em dúvida. Executado por ordem de um "Comitê Central Revolucionário Afegão" (embora possivelmente tenha sido morto durante o assalto dos Spetsnaz ao palácio
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