Guerra de Troia
Tese: Guerra de Troia. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: parexz • 1/9/2013 • Tese • 2.270 Palavras (10 Páginas) • 378 Visualizações
Guerra de Troia
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A queda de Troia, por Johann Georg Trautmann (1713–1769). Da coleção dos grão-duques de Baden, Karlsruhe.
A Guerra de Troia AO 1990 pode ter sido um grande conflito bélico entre gregos e troianos, possivelmente ocorrido entre 1300 a.C. e 1200 a.C. (fim da Idade do Bronze no Mediterrâneo).
Índice [esconder]
1 Causa da guerra
2 História
3 Mitologia
4 A Guerra de Troia no cinema
5 Bibliografia
6 Ligações externas
Causa da guerra[editar]
Segundo o poeta Homero a guerra foi causada pelo rapto da princesa Helena de Troia (esposa do lendário rei Menelau), por Páris (filho do rei Príamo). Isso ocorreu quando o príncipe troiano foi a Esparta, em missão diplomática, e acabou apaixonando-se por Helena. Páris havia recebido de Afrodite a recompensa de ter a mulher mais bonita do mundo, que era Helena. O rapto deixou Menelau enfurecido, fazendo com que este organizasse um poderoso exército. O general Agamenon foi designado para comandar o ataque aos troianos. Através do mar Egeu, mais de mil navios foram enviados para Troia.
História[editar]
A maioria de gregos clássicos admitia que a Guerra de Troia era um evento histórico, embora muitos entendessem que os poemas homéricos continham vários exageros. Por exemplo, o historiador Tucídides, conhecido por seu espírito crítico, considerava-a um evento real, mas duvidava que os gregos houvessem mobilizado a quantidade de navios (mais de mil) mencionada por Homero, para atacar os troianos.
Por volta de 1870, na Europa, os estudiosos da Antiguidade eram concordes em considerar as narrativas homéricas absolutamente lendárias. Segundo eles, a guerra jamais ocorrera e Troia nunca existira. Mas quando o alemão Heinrich Schliemann (um apaixonado pelas obras de Homero) descobriu as ruínas de Troia e de Micenas, foi preciso reformular esses conceitos.
Ao longo do século XX, tentou-se tirar conclusões baseadas em textos hititas e egípcios, que datam da provável época da guerra. Arquivos hititas, como as Cartas de Tawagalawa, mencionam o reino de Ahhiyawa (Aqueia ou Grécia), que se localizava "além do mar" (Egeu) e controlava a cidade de Milliwanda, identificada como Mileto. Igualmente é mencionado, nesses e em outros documentos, a Confederação de Assuwa, uma liga composta por 22 cidades, uma das quais, Wilusa (Ilios ou Ilium), pode ter sido Troia. Em um tratado datado de 1280 a.C., o rei de Wilusa é chamado de Alaksandu, ou seja, Alexandre, que é o outro nome pelo qual Páris é referido na Ilíada.
Após a famosa Batalha de Kadesh (contra o Egito de Ramsés II), essa confederação rompeu sua aliança com os hititas, o que provocou, em 1230 a.C., uma campanha punitiva do rei Tudhalia IV (1240 a.C. - 1210 a.C.). Mas sob o reinado de Arnuwanda III (1210 a.C. - 1205 a.C.) os Hititas foram forçados a abandonar as terras que controlaram na costa do Egeu, abrindo espaço para possíveis invasores de além-mar. Nesse caso, a Guerra de Troia teria sido o ataque de Ahhiyawa (Acaia) contra a cidade de Wilusa (Ílios) e seus aliados da Confederação de Assuwa.
Os trabalhos dos historiadores Moses Finley e Milman Parry procuraram associar a Guerra de Troia com um amplo fluxo migratório micênico, decorrente da invasão dos Dórios no Peloponeso. Poderia também haver uma correlação com o ataque ao Egito pelos "povos do mar", nos tempos do faraó Ramsés III.
Mas os céticos quanto à veracidade da guerra glorificada por Homero apoiam-se na ausência de qualquer registro hitita de uma invasão da Anatólia (onde se localizava Troia) por povos vindos do mar.
Em resumo, embora Schliemann tenha encontrado as ruínas da cidade de Troia (aliás, várias cidades, uma sobre a outra) no sítio mencionado por Homero, a questão da historicidade da guerra continua dividindo a opinião dos estudiosos.
Mitologia[editar]
Helena e Páris, por Jacques-Louis David, Museu do Louvre
A versão mitológica da guerra estava contida nos poemas épicos do Ciclo Troiano, formado por oito poemas: Cantos Cípricos de Estasino, Ilíada de Homero, a Etiópida de Arctino de Mileto, a Pequena Ilíada de Lesques de Mitilene, A Destruição de Troia de Arctino de Mileto, Os Retornos de Hágias de Trezena, Odisseia de Homero e Telegonia de Êugamon de Cirene; somente restaram completos os poemas de Homero, a Ilíada e Odisseia, dos outros restaram somente fragmentos e informações de fontes secundárias da antiguidade. Segundo essas versões, a guerra se deu quando os aqueus (os gregos da época micênica) atacaram Troia, para recuperar Helena, raptada por Páris.
A lenda conta que a deusa (ninfa) do mar Tétis era desejada como esposa por Zeus e por Posidão. Porém Prometeu fez uma profecia que o filho da deusa seria maior que seu pai, então os deuses resolveram dá-la como esposa a Peleu, um mortal já idoso, tencionando enfraquecer o filho, que seria apenas um humano. O filho de ambos foi Aquiles, e sua mãe, visando fortalecer sua natureza mortal, o mergulhou quando ainda bebê nas águas do mitológico rio Estige. As águas tornaram o herói invulnerável, exceto no calcanhar, por onde a mãe o segurou para mergulhá-lo no rio (daí a expressão "calcanhar de Aquiles", significando ponto vulnerável). Aquiles se torna o mais poderoso dos guerreiros, porém, ainda é mortal. Mais tarde, sua mãe profetisa que ele poderá escolher entre dois destinos: lutar em Troia e alcançar a glória eterna, mas morrer jovem, ou permanecer em sua terra natal e ter uma longa vida, porém ser logo esquecido. Aquiles escolhe a glória.
Para o casamento de Peleu e Tétis todos os deuses foram convidados, menos Éris (ou Discórdia). Ofendida, a deusa compareceu invisível e deixou à mesa um pomo de ouro com a inscrição "À mais bela". As deusas Hera, Atena e Afrodite disputaram o título de mais bela e o pomo. Zeus não quis ser o juiz, para não descontentar duas das deusas, então ordenou que o príncipe troiano Páris, à época sendo criado como um pastor ali perto, resolvesse a disputa. Para ganhar o título de "mais bela", Atena ofereceu a Páris poder na batalha e sabedoria, Hera ofereceu riqueza e poder e Afrodite, o amor da mulher mais bela do mundo. Páris deu o pomo a Afrodite,
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