Historia Da Leitura E Escrita
Artigo: Historia Da Leitura E Escrita. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: • 16/4/2014 • 998 Palavras (4 Páginas) • 1.034 Visualizações
2 HISTÓRIA DA LEITURA E ESCRITA
A leitura e escrita foram surgindo historicamente a partir do momento em que o homem aprendeu a comunicar seus pensamentos e sentimentos. Daí houve a necessidade em registrar as idéias sobre como funciona o sistema de comunicação.(BARBOSA, 1994).
Esse processo de registro teve início de maneira prática
...com a pintura nas cavernas do período paleolítico; transformou-se na pictografia (registro de idéias por desenhos copiados da natureza com relativo realismo); aperfeiçoou-se com a simplificação desses desenhos,transformando-os em ideogramas (sinais simplificados de desenhos, já sem a preocupação de fazê-los cópias fiéis da natureza) e resultou na criação dos fonogramas (sinais que representam os sons da língua falada),invenção essa atribuída ao povo semita, que habitava a Ásia Menor.( RIZZO, 2005, p.13)
A escrita que temos hoje, o alfabeto com o qual (re)construímos graficamente nosso olhar, com o qual podemos dizer das coisas e dos outros, é resultante “de longos anos de história da escrita e decorrente de sua necessidade de registrar fatos, idéias e pensamentos”.( RIZZO, 2005,p.13).
Nota-se na realidade que o desenvolvimento da escrita evoluiu devido às observações nas mudanças de governo, nos fatores geográficos, sociais, culturais e econômicos, portanto os registros históricos se fizeram necessários, para garantir às gerações futuras os conhecimentos dos fatos passados.
Ao criar-se código de sinais para fixação do conhecimento, precisou de compreensão para dominá-lo, isso para que os que quisessem ter acesso à informação escrita.
Em muitas culturas históricas, a linguagem escrita era dominada por uma casta de funcionários ou sacerdotes, o que assegurava o poder através do controle da referente linguagem. Os escribas, sacerdotes do antigo Egito ou Eclesiásticos da Idade Média européia desfrutavam desse privilégio.
Na Antiguidade, na Grécia e Roma Antiga
... o ensino da leitura e da escrita... enfatizava de tal forma o domínio do alfabeto (ensino do nome e das formas das letras), a ponto de o processo iniciar-se pela caligrafia e pelo reconhecimento oral do nome de cada sinal (letra). Esse procedimento era bastante repetitivo e demorado e transformava-se, numa fase posterior, na conjugação de dois, depois três sinais para serem “lidos” juntos, formando assim novos sons, sem qualquer preocupação de ligação destes a significados. ( RIZZO,2005, p.14)
A respeito do processo de ensino da leitura e da escrita, RIZZO (2005, p.14),iniciava com exercícios de domínio de todas as possíveis combinações de letras e sons, assim passavam para a etapa posterior, na qual somente depois de “os alunos já estarem manobrando bem penas e tintas na caligrafia das letras, estes eram, então, levados a formarem palavras, que, depois, reunidas, formavam frase se, finalmente, textos”.
A origem de o termo alfabetizar deve-se ao ensino do alfabeto e “ ao primeiro método de ensino, que conhecemos pelo nome de alfabético. ( RIZZO, 2005,p.15)
Como já foi enfatizado, saber ler e escrever era sinal de status, e somente as classes da elite tinham acesso, o que persistiu até muito recentemente.
O ensino na Grécia
... era sempre individual e cabia aos escravos (pessoas cultas retidas como prisioneiras de guerra) fazê-lo.Em Roma, em época posterior, os filhos dos ricos já iam à escola. Os professores eram, geralmente, gregos, na sua maioria, escravos dos romanos. Ensinavam a poucos alunos, em cada classe, que podia ser de meninos ou de meninas, separadamente. As aulas eram sempre na parte da manhã. ( RIZZO, 2005, p.15)
Com o passar dos anos, na Antiguidade, o método alfabético passou a ser questionado pelos pedagogos frente as dificuldades dos alunos em “ enunciar sons resultantes de combinações de consoantes com vogais, tendo aquelas nomes diferentes dos sons que deveriam evocar”. (RIZZO, 2005, p. 15) Devido a esse fracasso, substituíram “por uma simplificação, que era semelhante em tudo ao primeiro, porém não ensinava mais o nome das letras e sim o seu respectivo som.Assim foi criado o método fônico ou fonético. ( Id, Ibidem)Por volta do séc. XV foi inventada a imprensa móvel que veio ao mundo europeu romper com os modos antigos, porém reservados a poucos. A partir do Renascimento a quantidade de indivíduos que dominavam a leitura e escrita veio a aumentar. A Reforma Protestante insistiu em que os fiéis lessem a Bíblia, o que motivou o aumento do interesse pelo domínio do alfabeto. Mais tarde surgiu o iluminismo a desempenhar no desenvolvimento da alfabetização, sentiu necessidade em alfabetizar a sociedade, para contar com um povo alfabetizado no seu conjunto. No início do séc. XIX os estados liberais europeus providenciaram planejamentos de alfabetização para escolarização de crianças obrigatoriamente.(CENED, 2002).
No Brasil os portugueses encontraram povos primitivos quando chegaram às costas da Bahia no ano de 1.500. Dividiam-se em tribos mediante tradição oral,passaram as sucessivas gerações os valores de seus antepassados. Estes povos eram muitas tribos indígenas existentes no Brasil acolheram os europeus, em anos seguintes foram submetidos à catequese cristã por várias ordens religiosas.
Os Jesuítas, com a finalidade catequética, implantaram a primeira escola no Brasil,assim :
A educação jesuítica, nos chamados “tempos heróicos” (primeiros 21 anos– 1549-1570), comandados pelo Padre Manuel da Nóbrega, era organizada em recolhimentos onde eram educados mamelucos, os órfãos, os indígenas (especialmente os filhos dos caciques) e os filhos dos colonos brancos dos povoados.
A partir de 1556, Anchieta recolheu a língua falada no Brasil, na região sul e elaborou uma Gramática da Língua-Guarani, e as primeiras peças educacionais compostas a partir da matriz européia.
Quando as tropas napoleônicas se aproximaram de Lisboa, a família real veio para o Brasil, ensinou-se uma nova Educação brasileira no Reinado de D.João VI com novos e exigiram novas posturas da antiga e pobre colônia nos aspectos cultural e industrial. Alguns que já haviam estudado tiveram acesso ao ensino superior, e a comunidade permaneceu analfabeta.
Com a proclamação da Independência do Brasil, continuou a mesma linha de pensamento do tempo de D. João VI, implantaram curso de direito em Pernambuco e São Paulo. A alfabetização permaneceu esquecida, nessa época o acesso à alfabetização era restrito aos padres, freiras e aos descendestes das famílias que tinham condições financeiras, pagavam o ensino particular, o catolicismo arcava com os estudos para aqueles que optavam por ser padre ou freira.
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