Historia da Africa, FAGE
Por: Neto Silva • 26/11/2015 • Resenha • 579 Palavras (3 Páginas) • 454 Visualizações
O historiador inglês começa o capítulo: “O início do empreendimento europeu em África” debruçando-se acerca das conquistas ibéricas em solo africano, resultante de sessenta anos de explorações nesse novo continente, que viabilizaram a criação de espaços nos quais, ao decorrer do tempo, abriram as portas para a África iniciar atividades de relações com os demais espaços do globo.
Fage, que em sua obra procura analisar os impactos e resultados das maiores influências externas que o continente já conheceu: o islão e cristianismo, o autor então chama atenção para os motivos que levaram os europeus a atravessar os mares e chegarem à África.
Sabe-se que em primeira instância partiu do desenvolvimento da civilização islâmica em todo o Oriente Próximo, ao Norte da África, e que desse modo, estabeleceu novas oportunidades.
Em 1443 iniciava-se então, seguido pelos portugueses, em Sagres, o pedido do Infante Henrique, para que diversos capitães começassem uma busca de cunha analítico acerca das mais diversas informações do espaço, bem como; hidrografia, povos, os costumes e práticas desses povos, além, claro, do modo de vida econômico daquele espaço.
Ainda sobre o assunto, o autor levanta a questão de que num primeiro momento, o mesmo Infante lusitano procurava descobrir com o resultado dessas análises, se havia ou não a presença de cristãos. Num segundo plano, procurava saber o alcance do poder dos “infiéis”.
Portugal, por mais de um século utilizou do monopólio resultante das relações europeias com a África tropical, desta forma o historiador inglês tem como desafio discorrer esses 100 anos de um crescimento de um sistema comercial de caráter mundial dirigido pelos europeus ocidentais, e trazendo para o campo da análise no que diz respeito em de que maneira os africanos se adaptaram a desfrutaram vantagens e desvantagens dessa influência europeia. De maneira curta, sobre o tema, o autor diz “[...] o modo como o processo de exploração português avançou por fases. A primeira fase durou cerca de quinze anos simplesmente a reunir as energias suficientes para ultrapassar o Cabo Bojador. Depois disso, apenas foram precisos dez anos para a explorar os cerca de 1600km da costa saariana e chegar (em 1444) ao Cabo Verde […] Foi necessário mais algum tempo para compreender o valor desta descoberta e as suas possibilidades comerciais. Mas, dezesseis anos depois, por altura da morte de D. Henrique em 1460, os seus capitães tinham atingido já a Serra Leoa, 960 km mais a sudeste, e as Ilhas de Cabo Verde haviam sido descobertas e estavam a ser colonizadas para servirem como base permanente ao comércio com o litoral adjacente da Guiné” ( Pag. 239).
Vale dizer que “ A medida com que a influencia dos portugueses aumentou, os seus rendimentos sob a forma de presentes e impostos pagos pelos mercadores, diminuíam, e cada vez mais o país e seu povo ficavam sob o domínio direto do portugueses.[...] Nessa época apareceu pouco ouro; a riqueza que existia para ser explorada foi principalmente sob a forma de escravos e marfim” ( Pag. 249).
Ao fim do capítulo, Fage busca analisar de que maneira se dá o significado da expansão portuguesa ao chegar no litoral da África Tropical, entre os séculos XV e XVI. Revelando que nos fins do século XVI, para a Europa ocidental o principal valor de África não consistia no fato de ser
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