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História Da Enfermagem

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Por:   •  21/4/2013  •  4.139 Palavras (17 Páginas)  •  2.443 Visualizações

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1. ATIVIDADES CUIDATIVAS INFORMAIS

1.1 Período Pré-Cristão

Na Pré-história a doença era vista como um castigo de Deus ou então resultavam do poder de demónios. Em razão dessas crenças os sacerdotes, feiticeiros ou médicos curandeiros acarretavam as funções de médicos e enfermeiros, pois eram responsáveis pelo tratamento dos doentes. O tratamento consistia em apelar as divindades, afastando os maus espíritos por meio de sacrifícios. As medidas terapêuticas adotadas eram: massagens, banho de água fria ou quente, substâncias provocadoras de náuseas. Mais tarde os sacerdotes adquiriram conhecimentos sobre plantas medicinais e passaram a ensinar as pessoas, ordenando-lhes funções de enfermeiros e farmacêuticos. Nesta época, os cuidados prestados aos dentes e as condições de saneamento eram mínimos, agravando assim a saúde das populações.

1.2 Cristianismo

Mais tarde, já na era do Cristianismo que foi vista como uma das maiores revoluções sociais de todos os tempos, a doença deixou de ser vista como uma castigo. Foram criadas várias instituições para cuidar dos doentes e necessitados. Nesta altura, os cristãos não davam importância ás técnicas que utilizavam para cuidar dos doentes, apenas queriam atender o outro e satisfazer as suas necessidades com dedicação e amor.

No ano de 394 foi construído o primeiro hospital público cristão na europa e depois deste várias instituições foram aparecendo com o objetivo de cuidar e atender ás necessidades dos doentes chegando aos dias de hoje como os conhecemos, os serviços de saúde foram uma mais valia para as populações, acabando com as epidemias que destruíram muitos povos. Houve uma profunda modificação na assistência aos doentes a partir deste período.

1.3 Importância da mulher

O papel da mulher nos cuidados de enfermagem, foi fundamental. Florence Nightingale foi a primeira mulher a interessar-se pelo estudo de enfermagem. Ela criou a primeira escola de enfermagem “ La Nightingale training school of Nurses” onde se ensinava a “arte de

enfermagem”. Deste modo, os cuidados prestados aos doentes deu um salto, foram criadas melhores condições para albergar os doentes e aprenderam-se novas técnicas de cuidar e tratar. O doente passou a ser visto no seu todo e não apenas em partes. Houve uma profunda modificação na assistência aos doentes a partir deste período.

2. ENFERMAGEM PRÉ-NIGHTINGALIANA

Durante um período histórico foram várias as civilizações que contribuíram para a história e conceção da enfermagem tais como a civilização egípcia, assírios e babilónia, os judeus, a Grécia e Roma, seguidamente vamos especificar os contributos de cada uma.

A civilização egípcia acreditava em várias crenças, tais como imortalidade e ate desenvolveu a arte de embalsamar, isto é de conservar o corpo, porque este era um objeto mas a alma perdurava, isto é, permanecia viva. Os Egípcios acreditavam na arte de cuidar através dos Deuses. Procederam também à construção de templos que enchiam de riqueza, nesta altura o sacerdote era a figura mais importante, mas ainda existiam as mulheres do templo que prestavam alguns cuidados de saúde, levando as mesinhas de plantas medicinais, com isto a medicina foi-se aperfeiçoando, afastando-se das superstições.

A população de Assírios e Babilonia interessava-se pela medicina mas os doentes eram tratados como pecadores tinham de se confessar com os sacerdotes, foi um período mais evolutivo em que a medicina tornou-se mais racional, aparecendo assim médicos especialistas. Por outro lado também desenvolveram-se várias técnicas tais como os banhos, as ventosas e as compressas e começaram a fazer um diagnóstico da doença, foi também implementado o código regulamentar à cirurgia e à medicina, isto é, se os cirurgiões não obtivessem bons resultados sofriam grandes castigos, como por exemplo cortavam as mãos ou os dedos.

Relativamente aos judeus, estes só acreditavam num só Deus, eram monoteístas e o seu contributo na área da enfermagem foram as regras profiláticas e de higiene pessoal, os responsáveis pelo cumprimento das mesmas eram os sacerdotes, que eram os tutores da saúde pública. Quando apareceu a lepra, toda a pessoa que estava infetada tinha de ser especificada a sua situação ao sacerdote e o doente era isolado do resto da comunidade.

Em seguida, na Grécia houve a criação da sua própria medicina e o Deus Apolo era considerado o primeiro médico, que era simbolizado por uma serpente, esta era considerada um bom presságio, um animal que traz energia e vida. Na Grécia, os templos eram considerados espaços de cuidados de saúde, esta civilização também contribuiu com

Hipócrates, que foi quem estipulou que deviam atender aos sintomas das doenças e não como uma prática supersticiosa, porque todas as doenças têm um fator externo, uma causa, também referiu ainda que não se deve perturbar o doente, nem fazer experiências e que as crianças e os “velhos” não toleram o jejum e os idosos estão mais vulneráveis a doenças do que os mais novos.´

Em relação a Roma, estes desprezam a área da saúde e de medicina, aproveitaram-se dos conhecimentos dos gregos, a sua contribuição foi a nível do saneamento básico, abasteceram água potável, procederam à construção de esgotos, casas de banho e limpeza das ruas. Os romenos tinham desdenho perante a doença (eram conquistadores), os ricos é que tinham acesso aos cuidados de saúde e os militares feridos também recebiam os melhores cuidados.

Seguidamente em relação ao cristianismo e a enfermagem era citado que “o amor e auxilio aos mais necessitados” que perdurou no inicio da organização da enfermagem. Nesta época também é de louvar o nome de três mulheres romanas, Marcela, Fabíola e Paula. Marcela abriu o palácio para os necessitados, Fabíola vendeu a sua fortuna e construiu um hospital e Paula fundou um convento.

As diaconisas eram mulheres solteiras ou viúvas que dedicavam a sua vida ao servir/dar, pertenciam a famílias ricas, a sua principal missão era cuidar dos doentes, como freiras faziam as coisas por intuição e tinham obrigatoriamente de ser convertidas ao Cristianismo. Estas mulheres praticavam “enfermagem” baseada em ervas, banhos e tratamentos caseiros, tinham de estar entregues à leitura, oração ou ao trabalho, quando os doentes pioravam elas tinham como missão de os preparar para uma “boa morte”.

No que respeita ao vestuário das mulheres consagradas, elas confecionavam as suas roupas, tinham um véu por obediência e porque

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