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História Das RI - Kissinger

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Por:   •  21/4/2014  •  3.628 Palavras (15 Páginas)  •  1.044 Visualizações

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Capítulo 3 – Da universalidade ao equilíbrio

SÉC XVII: Família Habsburgo, que já tinha poder sobre toda a Península Ibérica, chega ao trono do império germânico. É nesta época que há a união de territórios cristãos, o que sempre foi desejado desde o século X.

A Guerra dos 30 anos → momento da Contrarreforma. Tentando impedir o avanço do protestantismo, SIRG começa a expandir o catolicismo sobre os seus principados protestantes.

Raison d’état: o bem estar do estado justificava os meios empregados para alcança-lo. “Os fins justificam os meios”. O interesse nacional prevalecia sobre a noção medieval da moralidade universal. Os estados não recebem créditos, em mundo algum, por fazerem o certo, só são recompensados se forem forte o bastante para fazer o que é preciso.

Equilíbrio de poder: cada estado ao promover seus próprios interesses egoístas, contribuiria de alguma forma para a segurança e progresso de todos os demais.

A formulação mais antiga desse novo conceito surgiu na França.

Richelieu, cardeal francês → criou o conceito de razão de estado e a praticou inflexivelmente a favor de seu país, substituindo o conceito de valores morais universais.

- Percebe que Franca estava completamente cercada pela dinastia Habsburgo e poderia ser dominada por ele. Portanto, a França, mesmo sendo católica, entra na guerra ao lado das dinastias protestantes para garantir o equilíbrio europeu, impedindo que fosse dominada (para não haver uma hegemonia, universalização, conquista do SIRG sobre a França), e a guerra deixa de ter caráter religioso e passa a ter caráter político. França sai vitoriosa, conseguiu o que queria, conter a expansão católica e anexou a Alsácia e consolidou o caminho para expandir seu território. Richelieu isola o poder do SIRG, que se fragmentou. Por tanto, a razão de estado de Richelieu foi efetiva.

Cenário: SIRG + Espanha(católicos) X Dinastias protestantes(Holanda, Suécia e Dinamarca).

O estadista tem que ter fácil adaptação tática e enxergar tendências futuras. s. O sucesso de uma política de raison d’état depende da correta estimativa (noção) das relações de poder (com quem se aliar e quando parar).

No mundo inaugurado por Richelieu, o bem do estado era o valor supremo, a obrigação do governante era seu engrandecimento e a promoção de sua glória. Os mais fortes buscariam dominar e os mais fracos resistiriam pela formação de alianças que aumentassem suas forças individuais, se a coalizão fosse forte o suficiente para conter o agressor surgiria um equilíbrio de poder, caso contrario, resultaria na hegemonia de algum país.

O conceito de equilíbrio de poder era simples extensão da sabedoria convencional. Seu objetivo básico era evitar a dominação de um estado e preservar a ordem internacional, seu intuito não era impedir conflitos, mas limitá-los.

A Inglaterra era o único país europeu cuja raison d’état não exigia expansão na Europa. Definindo o interesse nacional como a preservação do equilíbrio europeu, foi o único país que nada quis no continente além de evitar a dominação da Europa por uma única potencia. Ao fixar-se nesse objetivo, estava disponível para qualquer combinação de nações contrárias a tal iniciativa.

Tratado de Vestefália elaborado baseado no Equilíbrio de poder:

→ Negociou os finais da Guerra dos 30 anos. A Franca impôs que os Habsburgos continuassem seu projeto expansionista em direção ao império turco otomano, e além disso fez com que nações como Holanda e Suíça conseguissem consolidar a independência de seus estados.

→ A Alemanha saiu arrasada da guerra, com população reduzida de 16 milhões para 8 milhões. Não sobrou nenhum sentimento nacional comum.

→ A partir de então todos os países da Europa tem a mesma autonomia e autoridade, independente da posição geográfica que se encontram. Nenhum Estado sobressai sobre o outro, o que impede que haja o surgimento de um novo império.

→ A política de Richelieu visava dois objetivos: internamente, quebrar o poder da aristocracia feudal e estabelecer uma monarquia absoluta; e, em termos de política externa, combater os Habsburgos da Espanha e no SIRG, de maneira a tornar Franca hegemônica na Europa. Suas ideias serviram de base para os pensamentos de Napoleão Bonaparte.

Napoleão:

- A França voltou a receber ameaças de nações absolutistas vizinhas (forças reunidas pelos Habsburgos e pela Rússia, p/ acabar com a Franca revolucionária), agravando a situação do Estado. Nesse momento, Napoleão Bonaparte ganha muito prestígio como militar e, com o apoio da burguesia e do exército, provoca um golpe. Dissolve o Diretório e inicia um governo chamado Consulado. Mesmo com grande instabilidade política e econômica, Napoleão se valeu do forte apoio da burguesia que defendia um governo forte para pacificar o país e gerar um ambiente de ordem.

Governo dividido em 3 períodos: Consulado, Império e Governo dos 100 dias.

- Consulado: recuperação econômica e reorganização jurídica e administrativa da França. Burguesia consolidou-se e os projetos de emancipação dos setores populares foram sufocados. Com os resultados obtidos neste período, Napoleão foi nomeado cônsul vitalício em 1802, devido ao apoio das elites francesas, que estavam entusiasmadas com os avanços.

- Império: Napoleão liderou uma série de guerras, expandindo o domínio francês. Os ingleses, preocupados com o poderio francês, formaram coligações internacionais contra o expansionismo francês. França tenta invadir a Inglaterra, mas é derrotada. Tenta também na Rússia, mas fracassa por conta do inverno e de estratégias russas. Encorajou outros países a reagirem contra a supremacia francesa. Em 1814 um exército formado por ingleses, austríacos, russos e prussianos tomaram Paris e capturaram Napoleão, enviando-o para a Ilha de Elba. O trono francês foi entregue à Luís XVII.

- Governo de 100 dias: período em que Napoleão foge da Ilha, volta à França, é recebido como herói e se instala no poder novamente. Contudo, a coligação militar da Europa se reorganizou e derrotaram definitivamente Napoleão na Batalha de Waterloo.

Capítulo 4 – O concerto Europeu.

Com a queda do Império napoleônico, as potências europeias (Reino Unido, Áustria, Prússia e Rússia) se reuniram para reestabelecer a razão na política internacional

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