História Do Paraná E Capitanias Hereditárias
Trabalho Universitário: História Do Paraná E Capitanias Hereditárias. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: vanessa123 • 28/3/2013 • 1.122 Palavras (5 Páginas) • 1.236 Visualizações
Colonização e Imigração
A ocupação do Estado do Paraná não se deu de forma uniforme e imediata, ela passou por um longo período de constituição das vilas e cidades. O povoamento da região paranaense desenvolveu-se muito lentamente e só se efetivou no século XX. Os espanhóis foram os pioneiros na exploração e ocupação do Paraná.
No início da colonização brasileira, ainda no século XVI, por volta de 1549, portugueses e paulistas chegaram ao estado interessados em índios para o trabalho escravo e na descoberta de ouro no litoral, o que fez com que cerca de dez anos mais tarde, Paranaguá se tornasse um vilarejo e então se transformasse na primeira cidade fundada no Sul do país.
Foram também os portugueses e paulistas que, em 1639, se aventuraram na subida da serra do mar para fundar o primeiro povoado do Planalto Paranaense que, mais tarde, se tornaria a cidade de Curitiba. Em 19 de fevereiro de 1811, foram criadas as comarcas de Paranaguá e Curitiba, que pertenciam à província de São Paulo e que foram povoadas inicialmente por colonos e jesuítas espanhóis.
Mais tarde, com a descoberta do ouro em Minas Gerais a atividade mineradora perdeu força no Paraná, e as grandes terras do estado foram então destinadas à agropecuária e se tornaram passagem das tropas que levavam gado do Rio Grande do Sul à São Paulo. Os tropeiros contribuíram para a colonização de diversos povoados do estado que, posteriormente, viriam a se tornar cidades como Curitiba, Castro e Tibagi.
O Paraná pertenceu à província de São Paulo até 1853, quando ocorreu a emancipação política do estado, o que foi fundamental para a elevação do nível cultural, social e econômico do povo paranaense. Milhares de imigrantes, principalmente alemães, italianos, poloneses e ucranianos chegaram ao Paraná em busca de trabalho e terras férteis, tendo grande importância na construção do estado e formando colônias por suas regiões. Entre 1853 e 1886, o Paraná recebeu cerca de 20 mil imigrantes. As estradas e rodovias abertas em 1880, que faziam ligação com São Paulo e com o litoral do Paraná, contribuíram para acelerar a ocupação da província. A proibição do tráfico de escravos aumentou a procura de mão-de-obra nas fazendas de café, principalmente no norte do Paraná, gerando o desenvolvimento das lavouras de café e da pecuária, até então a principal cultura do Paraná, o que levou à colonização em massa do estado.
Em 1889, a província se torna então estado. O carro-chefe da economia paranaense nessa época era a erva-mate, que contribuiu para um grande avanço do estado. Os barões da erva-mate, donos de engenhos, marcaram o século XX. Neste mesmo período, a madeira farta das terras paranaenses atraiu estrangeiros para o estado. Foi a exploração dessa matéria-prima que desencadeou a Guerra do Contestado (1913 – 1916), conflito violento travado entre os caboclos e representantes do poder estadual e federal brasileiro. A revolta aconteceu no oeste de Santa Catarina, na divisa com o estado do Paraná, numa região rica em madeira. O norte-americano Percival Farquhar foi autorizado pelo governo a colonizar e explorar as terras desmatadas ao longo da estrada de ferro, em troca da construção de trechos ferroviários. A oeste do estado viviam os caboclos, que então lutaram contra as tropas militares durante três anos para evitar a ocupação das terras desmatadas.
A contínua imigração européia também marcou a história do estado nesse século; nos anos 1920, chegaram os imigrantes não europeus, como os japoneses, e com a expansão do cultivo do café, o estado continuou recebendo imigrantes até os anos 1950. Migrantes de outros estados do Brasil também ocuparam as terras paranaenses, procuradas na época por seu baixo custo e grande fertilidade.
Capitanias Hereditárias
Após o descobrimento do Brasil, em 1500, Portugal estava ciente dos inúmeros recursos valiosos presentes nas terras brasileiras. Por isso, também sabia que precisava criar uma forma de proteger as novas terras das invasões de piratas ingleses, franceses e holandeses. Baseado nessa necessidade, em 1534, D. João III decidiu dividir o Brasil em capitanias hereditárias.
Uma capitania hereditária era uma grande faixa de terra que ia desde a parte litorânea até o limite do Tratado de Tordesilhas. Para governar essas grandes porções de terra, foram nomeados donatários, membros da nobreza portuguesa e pessoas de confiança do rei. As capitanias hereditárias foram São Vicente, Santana, Santo Amaro e Itamaracá,
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