História Dos Movimentos Sociais No Brasil
Pesquisas Acadêmicas: História Dos Movimentos Sociais No Brasil. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: • 4/2/2015 • 907 Palavras (4 Páginas) • 453 Visualizações
HISTÓRIA DO MOVIMENTO SOCIAL NO BRASIL – AD2
1) Quais os objetivos da intervenção imposta pela ditadura militar?
No ano de 1965, após as eleições para o governo do estado da Guanabara e das Minas gerais, os candidatos do Partido Social Democrático (P S D ), sagram-se vitoriosos, consequentemente o governo de Castelo Branco impõe o fim dos partido políticos, com uma promessa de uma reforma partidária imposta pelo governo.
Da deposição de João Goulart até o AI-5, ouve uma série de intervenções nas instituições, deixando os próprios parlamentares e dirigentes partidários participante do movimento de 1964 receosos com o que viria a acontecer.
Duraria pouco tempo até que se percebesse que o processo de intervenção militar não ficaria restrito a destituição de João Goulart e que estava sendo fixado uma nova mentalidade para embasar o novo regime.
Rumores sobre a extinção dos partidos começaram a ser propagados, no ano de 1964 não ouve nenhuma lei que mudasse ou extinguisse o sistema partidário vigente, já em 1965, mas de um ano de ascensão militar no poder, já visando as eleições que iriam acontecer no dia 3 de outubro, o governo editou uma lei orgânica dos partidos políticos. Essa lei apontava que o projeto era manter o sistema partidário, mas havia uma modificação fundamental, o objetivo inicial era portanto, diminuir o numero de partidos, e não eliminar o sistema existente como um todo.
Com um olhar mais crítico temos a noção que a verdadeira intenção do governo golpista, era se aliar ao poderoso império capitalista norte americano usando como ponte as grandes empresas já existentes no Brasil, que foram instaladas por iniciativas do governo JK, como progresso para o país, dando continuidade de riqueza para a elite já instituída e afastando o temido regime subversivo comunista
2) Qual a postura assumida pelos partidos politicos (UDN, PSD, PTB) com relação a extinção das legendas de seus partidos? Selecione trechos das notas e declarações apresentadas pela autora para ilustrar sua resposta.
Primeiramente tentaram explicar para seu eleitorado o sentido da extinção das organizações partidárias, posteriormente a divulgação oficial do AI-2, alguns partidos como: PSD, o PTB, o PSB e o PDC lançaram mão de enviar notas oficiais de descontentamento ao ato do atual governo, que autoritariamente concentrou os poderes no executivo e extinguiram os partidos políticos.
Houve um grande descontentamento por parte de todos os partidos pela medida tomada. Já por parte dos udenistas ouve uma espécie de aceitação, entendimento ao ato constituído pelo governo.
Mesmo estando com os udenistas o deputado Ernâni Sátiro, escreveu uma crítica que não chegou a ser publicada, pois outros deputados udenistas foram contra o seu pensamento e, alegaram que o deputado não falava pela totalidade do ex partido a UDN, disse ele: “chocado com dissolução partidárias, imposta pelo AI-2, em medida excessiva e que merece severos reparos”.( O Estado de S. Paulo, São Paulo, 25/11/1965, p. 3 )
Poucos Udenistas como o deputado Hamilton Nogueira, discursaram abertamente contra o AI-2 na câmara dos deputados, expondo que “ a democracia só se realiza com o exercício democrático, fazendo muitas eleições. Democracia se faz com amor, não com lavagem de cérebros com técnicas diferentes” ( Hamilton Nogueira concita deputados a protestarem contra o segundo Ato. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 30/10/1965 p. 4 ).
Um dos relatos levantados no texto é, que na época, uma das questões abordadas pelos pensamentos dos dirigentes dos partidos, era o caráter importante das siglas, a estrutura ideológica que elas carregavam, a marca das lutas, seus projetos, fazendo dos partidos uma identidade importantíssima.
O deputado Amaral Peixoto afirmou categoricamente que seu partido não queria mudar sua denominação, considerada “um patrimônio formado ao longo de 20 anos de lutas pela democracia no Brasil” (O PSD não pretende de deixar de ser PSD. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 28/10/1965, p. 16).
3) A autora contesta a afirmativa corrente nos estudos acadêmicos acerca da “existência de uma situação de artificialidade e desagregação do sistema partidário, em inícios de 1960 “(p.08). Explique os argumentos utilizados pela autora para desenvolver sua premissa de que: “Ao investigarmos as circunstâncias da extinção dos partidos, o que encontramos foi o esforço de várias lideranças para preservar as características de seus partidos nas novas organizações que seriam criadas, o que evidentemente aponta para a importância dos mesmos.”
A autora parte de declarações por parte de dirigentes de diferentes partidos, nota-se uma potencialidade em resguardar as características da legenda destituída.
Nesta perspectiva, usa-se aparatos para expressar essa continuidade, tendo os dirigentes como maior de suas preocupações o mantenimento simbólico e material dos partidos extintos.
Quando Lucia Grinberg refere-se que o AI-2 estava atingindo o seu objetivo é, porque o governo golpista ditatorial, conseguiu gerar uma instabilidade nas mentes dos dirigentes que consequentemente iria se propagar a população, logo essa, ficaria sem base ideológica para lutar contra o atual regime.
O governo com a extinção dos partidos, não só cortavam qualquer posição politicamente contrária ao governo, como destituía constitucionalmente qualquer tentativa de dialogo entre os dirigentes de partidos extintos com o povo, assim esses políticos não tinham como se comunicar com o seu eleitorado de uma forma homogenia.
Por isso, ao se criar uma nova organização partidária, as lideranças dos antigos partidos faziam um esforço muito grande para conseguir manter as características dos partidos extintos dentro dos partidos atuais, consagrando sua ideologia, sua história, emfim sua caminhada rumo ao Brasil mais democrático.
Nome: Daniel Carvalho de Deus
Matrícula: 12116090008
Polo: Piraí
Curso: História
E-mail: danielcarvalho_deus@yahoo.com.br
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