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História Na Sala De Aula- Conceitos, Práticas E Propostas

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Por:   •  17/5/2014  •  1.782 Palavras (8 Páginas)  •  1.533 Visualizações

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Introdução

Podemos entender o exercício profissional da História de muitas formas. Vamos optar pela seguinte possibilidade: fazer um texto de História é estabelecer o diálogo entre o passado e o presente. Isso significa que não há um passado “puro”, “total”, que possa ser reconstituído exatamente “como era”. Também significa que não podemos fazer um texto ou dar uma aula de História baseados apenas na concepção atual, pois isso leva a projeções do presente no passado: os famosos anacronismos.

Escolher qual o fato que queremos destacar e como trabalharemos a memória é uma atividade de todos e que o historiador tenta tornar consciente e crítica. Assim, dizer que a História necessita ser reescrita não é apenas um imperativo das descobertas constantes de documentos no seu sentido amplo, mas também da mudança de significação que damos a documentos antigos.

Ora, sendo o “fazer histórico” mutável no tempo, seu exercício pedagógico também o é. Eu diria que ensinar História é uma atividade submetida a duas transformações permanentes: do objeto em si e da ação pedagógica. O objeto em si (o “fazer histórico”) é transformado pelas mudanças sociais, pelas novas descobertas arqueológicas, pelo debate metodológico, pelo surgimento de novas documentações e por muitos outros motivos. A ação pedagógica muda porque mudam seus agentes: mudam os professores, mudam os alunos, mudam as convenções de administração escolar e mudam os anseios dos pais. Ainda que a percepção sobre as mudanças na escola sejam mais lentas do que as outras instituições da sociedade, ela certamente muda, e eventualmente, até para melhor.

Que seja dito e repetido à exaustão: uma aula pode ser muito dinâmica e inovadora utilizando giz, professor e aluno. Em outras palavras, podemos utilizar meios novos, mas é a própria concepção de História que deve ser repensada.

Todas as profissões têm sua “perda de aura” no enfrentamento entre a pluma do ideal e o aço do real, mas aquelas que trabalham com a formação de pessoas parecem tornar esse desgaste ainda mais gritante, pois contrariam a descoberta que uma aula deve ser.

Nesta obra trouxemos a palavra de especialistas em diversos recortes históricos e que pensam seriamente no problema da renovação do enfoque da História. A condição para o convite foi dupla: autor/ autora não apenas deveria ser alguém capaz de elaborar uma reflexão séria sobre sua área, mas também um profissional preocupado com o exercício do magistério. Os textos tentam estabelecer um triangulo curioso: a reflexão de um autor, a experiência de vida do leitor e a prática mutante de um universo educacional. Seria inútil imaginar sucesso sem esses três ângulos.

Por uma História prazerosa e conseqüente

Procurando acompanhar as mudanças, os novos tempos, muitos professores acabam comprando a idéia de que tudo que não é muito veloz é chato. Na sala de aula, o pensamento analítico é substituído por achismos, alunos trocam a investigação bibliográfica por informações superficiais dos sites “de pesquisa” pasteurizados, vídeos são usados para substituir (e não complementar)livros.

Hoje se sabe que estudar História, interpretá-la, ensiná-la não é tão fácil como parecida, um instrumento de propaganda ideológica ou revolução. Porém, no lugar da utopia abandonada parece ter ficado um vazio.

Historiador/professor sem utopia é cronista e, sem conteúdo, nem cronista pode ser.

A Proposta

A favor do conhecimento humanista

Como estabelecer contrapesos ao materialismo irresponsável da sociedade tendo como meta apenas a preparação de máquinas de responder perguntas de vestibular? Ao substituir aulas de História, drasticamente reduzidas em escolas, por disciplinas mais práticas e mais úteis (como computação ou gramática normativa, por exemplo), abre-se mão de um instrumento precioso para a formação integral do aluno.

Queiram ou não, é impossível negara importância, sempre atual, do ensino de História. A Historia é uma referencia. É preciso, portanto, que seja bem ensinada.

Cada estudante precisa se perceber, de fato, como sujeito histórico, e isso só se consegue quando ele se dá conta dos esforços que nossos antepassados fizeram para chegarmos ao estágio civilizatório no qual nos encontramos.

No Brasil , diante do panorama atual, só uma educação de qualidade , que tenha o ser humano e suas realizações como eixo central, pode nos fazer, como nação, dar o salto qualitativo a que tanto aspiramos, por meio da qualificação de nossos jovens. Um país cuja população não sabe ler, que, quando sabe, lê pouco, e quando finalmente lê, pouco entende(segundo constatação insuspeita de um órgão da própria ONU),não tem muitas chances num mundo competitivo e exigente de qualificação de sua força de trabalho.

O papel do professor de História

É necessário, portanto, que o ensino de História seja revalorizadoe que os professores dessa disciplina conscientizem-se de sua responsabilidade social perante os alunos, preocupando-se em ajudá-los a compreender e- esperamos- a melhorar o mundo que vivem.

Um professor mal preparado e desmotivado não consegue dar boas aulas nem com o melhor dos livros, ao passo que um bom professor pode até aproveiatr –se um livro com falhas para corrigi-las e desenvolver o velho e bom espírito critico entre seus alunos. Sem estudar e saber a matéria não pode haver ensino.

Cada professor, precisa, necessariamente ter um conhecimento sólido do patrimônio cultural da humanidade. Por outro lado, isso não terá nenhum valor operacional se ele não conhecer o universo sociocultural especifico do seu educando, sua maneira de falar, seus valores, suas aspirações.

Valendo –se dessas considerações, é preciso que o professor tenha claro quê e como ensinar.

Pela volta dos conteúdos nas aulas de História

O passado deve ser interrogado a partir de questões que nos inquietam no presente(caso contrario, estudá-lo fica sem sentido). Portanto, as aulas de Histórias serão muito melhores se conseguirem estabelecer um duplo compromisso: com mo passado e o presente.

Sem o respeito ao acontecido a Historia vira ficção. Interpretar não pode ser confundido com inventar. E isso vale tanto para os fatos como para os processos.

Um modo mais construtivo seria adotar como postura de ensino (que quer

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