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História da América: Renovação da História da América

Por:   •  22/5/2017  •  Resenha  •  601 Palavras (3 Páginas)  •  383 Visualizações

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Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira – UNILAB

Instituto de Humanidades e Letras

Curso de Licenciatura em História

PAULO ROBERTO PINHEIRO LOPES

“História da América: renovação da História da América”

PROFESSOR:

RAFAEL SCHEFFER

ACARAPE – CEARÁ, 2017


Os autores Marcos Vinicius de Morais e Luiz Estevam de Oliveira Fernandes são historiadores, sendo o primeiro Mestre em História cultural pela UNICAMP e o segundo Doutor em História Cultural também pela UNICAMP. O campo de atuação desses autores, e que se encontram no texto que resumimos nesse trabalho, é a pesquisa sobre a história da América.

No texto “Renovação da História da América” os autores elaboram uma crítica aos livros didáticos e as produções acadêmicas que seguem uma tradição de vitimizar os povos indígenas americanos, sobretudo da América do sul. Essa tradição que traz uma análise reducionista dos povos indígenas como sendo incapazes de qualquer resistência contra o europeu, por este ter uma organização militar mais forte sustentada em uma força bélica superior em seu poder de destruição. Diante desses “fatos” os livros de história nos dizem ou nos fazem pensar que os povos indígenas foram extintos, ou que foram despojados de suas culturas, e uma das consequências disso é que acabamos por concluir que não há mais índios. Esse problema é muito característico do Ceará, onde o censo comum criado a partir da “história” apreendida nos livros didáticos faz crer que os índios foram extintos entra 1600 e 1800.

Um problema que os autores abordam inicialmente é justamente esse da imagem que é transmitida nesses livros sobre a formação da América. Sustentados por uma bibliografia colonial, os autores dos livros didáticos acabam por pintar um quadro incompleto desse período histórico. Mas esse problema não pode ser colocado apenas na conta dos autores desses livros haja visto que as condições para a elaboração do material didático não permitem uma imersão maior na pesquisa, nem um detalhamento maior sobre alguns processos.

A linguagem utilizada nesses trabalhos é também, geralmente, muito academicista, ou seja, é produzida dentro de uma estrutura que utiliza códigos de linguagem que não são de acesso comum, o que dificulta a compreensão desses trabalhos fora do ambiente acadêmico, sendo assim o único material que nos é acessível nos primeiros anos da vida escolar e que nos fala da história da América são os livros didáticos com uma complementação de outros momentos aleatórios que nos ajudam a formar imagens sobre a nossa história que são os filmes e matérias em formato de mini documentário exibidos em programas de TV que geralmente evidenciam apenas os fatos “exóticos” da história dos povos indígenas.

Outra característica que marca a produção histórica de grande circulação, que são os livros didáticos e as produções romanceadas, é o que os autores chamam de a marca da tradição Lascasiana. Essa produção é marcada por frases impactantes que nos falam da “destruição das culturas”. Há realmente toda uma história de violência, realmente não dá para falar da história da formação da América sem falar do projeto colonizador e da violência praticada nos níveis físicos e simbólicos, mas é importante falar também sobre as lutas e os processos de resistência indígenas.

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