História da américa
Por: Ingrid Avélis de Paula • 6/4/2016 • Resenha • 974 Palavras (4 Páginas) • 242 Visualizações
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ – CAMPUS PARANAGUÁ
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS
CURSO DE HISTÓRIA 3º ANO
Disciplina: História da América
Docente: Marco Antônio Machado Lima Pereira
Discentes: Guilherme Campos
Ingrid Avélis de Paula
Atividade Avaliativa – 2º Bimestre
PARANAGUÁ
2015
1)Por que esse silêncio e essa invisibilidade das mulheres nas lutas pela emancipação política da América Latina?
Analisando o texto de Maria Ligia Prado, podemos notar algumas possíveis razões pelo silenciamento do papel feminino nos processos de independência da América Latina.
Devemos ressaltar que na época da historiografia produzida, século XIX e XX, a produção dos heróis estava intrinsecamente ligada a consolidação da nação e também que a nessa época, os grandes feitos eram todos vinculados as figuras masculinas.
Com tantos imbricamentos sociais, como ressaltar o papel da mulher nesse processo? No texto, temos vários exemplos de grandes mulheres que tiveram papel fundamental nos processos de independências das Américas, colocando-se em uma posição arriscada, muitas vezes se infiltrando na casa dos inimigos, como costureiras, empregadas, colhendo informações e repassando a resistência.
Esse papel dentro de uma revolução é um dos mais arriscados e valiosos. A informação é primordial para analisar o próximo passo, e essa função de espião, muitas vezes, eram as mulheres que desempenhavam.
Em alguns momentos as mulheres tiveram reconhecimento público, ainda que pequeno, como em um discurso de Bolívar ao libertar a província de Trujillo.
[...]até o belo sexo, as delícias do gênero humano, nossas amazonas combateram contra os tiranos de São Carlos com uma coragem divina, ainda que sem êxito. Os monstros e tigres da Espanha chegaram ao cume da covardia de sua nação, dirigiram as infames armas contra os cândidos e femininos peitos de nossas beldades, derramaram seu sangue; fizeram expirar muitas delas e as encheram de grilhões, porque conceberam o sublime desígnio de libertar sua adorada pátria.
Mas temos outros exemplos de mulheres que pegaram em armas e combateram junto aos homens, de igual para igual. Como o caso da baiana, Maria Quitéria, que fugiu de sua casa, refugiando-se na sua irmã, casada, que a ajudou a se vestir de homem e a ingressar nas fileiras pela libertação de nossa pátria.
Para concluir, levando em consideração os aspectos sociais e culturais da época, podemos arriscar que as mulheres não foram exaltadas com o seu devido reconhecimento, pelo fato das nações estarem se libertando, em uma batalha pela independência, e a sociedade era patriarcal, então se fazia necessário a exaltação masculina, como um herói, que libertou a sua nação, sua família dos tiranos.
Terminamos nossa análise, com outras questões, que aguça nossa curiosidade e nos faz refletir sobre os acontecimentos do cotidiano e de outros com mais relevância.
Como seria exaltar a figura feminina com a mesma equivalência da masculina? Ainda viveríamos com tantas convenções sociais à cerca da feminilidade? Teríamos ao menos, direitos e reconhecimento como iguais?
São questões que nos fazem refletir em um futuro utópico, mas que aos poucos, podemos perceber a participação mais evidente das mulheres na política.
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