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História de João Gurgel

Por:   •  2/2/2022  •  Projeto de pesquisa  •  1.081 Palavras (5 Páginas)  •  79 Visualizações

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A história de João Gurgel

Nascido em março de 1926 no estado de São Paulo, João Augusto Conrado do Amaral Gurgel sempre foi uma criança prodígio com facilidade de aprendizado, posteriormente se tornou um engenheiro mecânico e eletricista. Em seu trabalho de conclusão de curso na Escola Politécnica de São Paulo apresentou para seu orientador um projeto de um carro brasileiro com 2 cilindros batizado de Tião. Lhe foi dito que “carro não se fabrica, carro se compra” e ele precisou apresentar o projeto de um guindaste, mas Gurgel seguiu acreditando que era possível fabricá-los em território nacional.

Durante a 2ª guerra se interessava pela fabricação de bombas e aviões, foi nesse período que obteve motivação e inspiração para desenvolver um carro 100% nacional que salvasse a locomoção brasileira no que se refere à depender das importações sujeitas a conflitos internacionais. Além disso tinha a missão de fabricar carros acessíveis a todos e era ousado estrategicamente. Embora tudo parecesse improvável ou desfavorável permaneceu obstinado arriscando tudo pelo seu sonho. Idealizava um carro:

  • de fibra, visando evitar formação de ferrugem especialmente em locais com maresia
  • que consiga andar em qualquer terreno devido ao estado caótico de grande parte das estradas
  • barato, popular e de fácil manutenção, com o objetivo de diminuir a desigualdade de acesso aos veículos caros
  • econômico e que gastasse pouco combustível

Nos EUA realizou sua pós-graduação, trabalhou em grandes corporações do ramo e conheceu tecnologias que planejava aplicar no Brasil, em seu próprio negócio. Em 1964 criou uma revendedora Volkswagen diferenciada: nos fundos da loja ele fabricava karts competitivos e miniaturas de carros para crianças, dando início ao sucesso. Posteriormente seguiu sua missão de fabricar carros para adultos e surgiu o modelo Ipanema que foi apresentado no salão do automóvel com carroceria de plástico com fibra de vidro, capota de lona e motor da Volkswagen, mas não vingou no mercado dominado por transnacionais.

A Gurgel Motores, sua empresa, foi criada em setembro de 1969 com cerca de 50 mil reais, localizada ao lado da concessionária Volkswagen Em 1972, foi lançado o Xavante XT que passou por muitas atualizações ao longo do tempo. Um dos diferenciais desse carro era o chassi, feito de uma mistura de plástico e aço chamado de plasteel. Já a carroceria era feita de plástico e fibra de vidro. Essa estrutura patenteada era muito resistente, logo, passou a substituir o material da Volkswagen e serviu para outras montadoras. Para sobreviver no mercado competitivo, João Gurgel adotou como estratégia explorar o setor de veículos mistos para lazer e trabalho, “carros especiais”, tornando-se notório. Sua marca tinha uma pegada jovem, sustentável e nacionalista e vendeu mais de 40 mil carros, recebendo encomenda de vários países.

Gurgel era defendia o uso da gasolina e criticava o Proálcool pois acreditava que a terra deveria ser usada com prioridade para alimentar pessoas. Vistos como uma solução para o uso da gasolina ou álcool, foram lançados então os primeiros carros elétricos da América Latina: em 1974 o Itaipu E150 e no futuro o Itaipu E400 e E500, diferenciados pela capacidade de carga. O modelo Itaipu E150 tinha um alto custo das baterias e autonomia reduzida. Os seguintes estavam muito a frente de seu tempo e posteriormente foram convertidos para motores à gasolina e relançados.

Em 1975 a sede da fábrica se mudou para uma área maior em Rio Claro, na rodovia Washington Luís. A linha de montagem era circular e os indivíduos importantes para o todo. Por volta de 1979 o mercado estrangeiro foi conquistado e João Gurgel apresentou sua linha inteira no salão do automóvel em Genebra. Para mostrar a resistência da carroceria e potência dos modelos ele dava marretadas nos carros na frente dos clientes em sua loja.  Ao começar a dominar os consumidores e incomodar grandes corporações desenvolveu um motor próprio que recebeu um prêmio na Europa.

No Dia da Independência no ano de 1987 Gurgel apresentou o protótipo que passou a se chamar BR800 finalmente 100% de tecnologia nacional em Brasília com cobertura midiática. Visava ser o carro mais barato e econômico do mercado e solicitou a criação de uma alíquota para reduzir ainda mais o preço. A venda dos primeiros carros foi condicionada à compra de ações com o objetivo de capitalizar a empresa na bolsa e a campanha comercial foi bem-sucedida com marketing de peso. Utilizava-se o termo “muito nacional” para contrapor “multinacional”.

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