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A essência de uma alma pura

Grande Morena, Portal de culturas esplêndidas e simplicidade.

O que há de mais belo não existe palavras para descrever, é simplesmente maravilhosa... “Que terra ditosa é meu lar”.

Campo Grande vem nos mostrando um crescimento extraordinário, a pouco tão pequena hoje nos mostra uma cidade independente que ganha força a cada dia que passa.

Me orgulho sim do lugar onde moro, mas a preocupação com o avanço nos fez esquecer do que é realmente importante. A Felicidade.

Claro que nossa cidade é importante, não devemos esquece-la porém há prioridades em nossas vidas. Apesar de não ser tão sábia e de não ter vivido muito para dizer mas, estamos perdendo a verdadeira essência. A essência de se sentir bem com coisas bobas, pode parecer tolice mas deixa saudade as velhas brincadeiras entre pais e filhos que infelizmente hoje se importam mais com o trabalho. É de entristecer ver tamanha atrocidade.

Um filho abandonado que repreende a saudade de ter alguém presente com algo tecnológico mesmo não sendo tão divertido. O pai preso ao trabalho não a tem oportunidade de lhe dar atenção pois está ocupado demais com a evolução da cidade. Sinto que já não se importam mais, revoltante.

Ainda há esperança, encontro na plena simplicidade a chance de não perdermos nossa alma infantil que não perece por mais que seja difícil ainda existir dentro de cada um de nós.

Avistar crianças brincando me enche de felicidade. Por mais que não tenham o pai presente elas sim sabem se divertir.

Sem preocupação além dos estudos e sem se importar com esse grandioso lugar continuam a brincar livremente sem hora pra voltar para suas casas.

Ali o espirito de competição não passa de uma brincadeira, não há vestígios de ódio no coração desses pequenos futuros trabalhadores ocupados com a vida mesmo não sabendo como realmente vive-la corretamente.

Pode parecer exagero mas se entregar de corpo e alma ao trabalho não é viver.

Viver é correr pela rua sem motivo concreto, viver é jogar bola com os amigos. Viver é ser criança. A única época em que realmente nos agradamos com coisas bobas e não damos tanta importância a perdas insignificantes que apenas nos destroem.

Se tivéssemos a oportunidade de pensar como uma criança novamente teríamos pelo menos um toque de “O que é ser feliz”.

Essas mesmas crianças que me encontro a observar já não estão mais ali, atendem ao chamado de suas mães para voltarem pra casa. A rua perde a alegria quando se vão. Toda a cidade se perde no entardecer quando chega a hora de deixar a brincadeira de lado.

No amanhã mais próximo essas crianças já não brincam mais, entraram para esse mundo tenebroso que os obriga a abandonar a alegria e iniciar a disputa pelo caminho de um futuro próspero na cidade que um dia teve essas crianças como a “Essência de uma alma pura”.