Igreja E Seu Poderio Até século IX
Artigo: Igreja E Seu Poderio Até século IX. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: cassiomleite • 29/7/2014 • Artigo • 1.003 Palavras (5 Páginas) • 159 Visualizações
Igreja e seu poderio até século IX
Seguindo a ideia que Hilário Franco Jr se baseia que é "descendente" dos Annales, vou tentar passar uma visão de como a Igreja Católica atingiu seu poderio até a altura de tempo que me foi determinada. Para isso, também vou seguir a visão do autor e irei tentar tratar do assunto de forma processual e não por um fato isolado. Em O Feudalismo o autor destaca no primeiro capítulo sete tópicos que segundo ele foram as características básicas para se identificar esse período da Idade Média, um dos tópicos citados é sobre a "clericarização da sociedade" e que vai ter um profundo reflexo também nas "transformações na mentalidade" (O Feudalismo, p. 21 e 25).
Para melhor entendimento sobre a origem do poder político e financeiro da igreja, devemos buscar sua organização e como foram acontecendo os processos de cristianização da sociedade greco-romana, por exemplo, voltando ao período da Gens temos entendimento de que a religião e o culto aos ancestrais era uma prática sagrada e particular, ou seja, cada família tinha seu próprio antecessor e com isso seu próprio "deus", uma sociedade politeísta portanto, porém com o passar do tempo essas Gens se ampliaram e chegaram ao que nós entendemos como ideia de urbes, e para manter o poder o próprio império teve como medida achar uma religião comum. Daí vem a ideia de um Deus central, exercendo uma hierarquia de poder, portanto em ambas as mitologias gregas e romanas, se encontra essa figura de Zeus ou Jupiter como a representação do poder místico, que vive no mundo das ideias, a crença nesses deuses fazia com que os habitantes da urbes se sentissem mais unidos e pertencentes àquela comunidade, respeitanto consequentemente a "ordem" moral e social impostas pelos seus imperadores. Avançando um pouco mais na ideia cronológica de tempo, o século III tem como um dos marcos principais a Grande Crise do Império Greco-Romano, com isso parte daquela religião também vai ruir.
Após essa crise já no século IV, mais precisamente em 313 a Igreja Católica e o cristianismo como um todo passa a ter mais representação, pois ganham nesse ano o apoio do Imperador Constantino I, que declara liberdade ao culto cristão em todo o Império. Em 321 ele aceita que a Igreja receba donativos de seus fiéis e esse é um ponto interessante, pois antes dessa data a Igreja já recebia algumas doações e alguns bens, porém a partir desse ponto ela começa a receber muito mais e consequentemente ter mais poder financeiro. Lembrando que ainda nessa época a riqueza era medida no âmbito das terras/propriedades, e agora o próprio Estado que antes impunha algumas barreiras e restrições à Igreja passa a ser um dos grandes doadores, mais em frente na linha cronológica mais ainda nesse século, o ano de 392 é marcado do âmbito político-religioso pela oficialização do Cristianismo como religião do território.
Como a Igreja Católica, através do seu próprio nome já expressava suas "intenções", que eram basicamente de universalizar a crença e assim seu domínio político também, podemos analisar brevemente o impacto dessas ações a partir da "clericalização da sociedade" observando que antes mesmo do Cristianismo, já existiam outras crenças organizadas e uma "camada socerdotal" (O Feudalismo, p. 21), como é o caso que eu citei acima do culto aos deuses da Idade Antiga, porém essas crenças nunca se consolidaram segundo Hilário por conta da sua desorganização estrutural, o que foi um ponto forte da Igreja Católica, que antes de sua oficialização era perseguida e partir do seu momento de domínio, buscou cada vez mais domínio e ampliação dos seus ideais. Trazendo outros povos "bárbaros" com a adoção
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