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Igreja Na Epoca Colonial

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Por:   •  21/2/2015  •  1.149 Palavras (5 Páginas)  •  349 Visualizações

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A Igreja no Brasil colônia

Este artigo é uma cortesia do meu amigo Eduardo M. I. Da Costa.

A história da Igreja no Brasil tem sua elaboração e organização iniciada ainda em Portugal, onde o Papa detinha o direito da evangelização das terras descobertas ou que iriam ser descobertas ainda, assim estabelecendo o regime de padroado que foi concedido desde 1456 para aOrdem de Cristo que possuía como seu grão-mestre o Infante Dom Henrique, O Navegador (ver foto). Foi apenas em 1514 que o Brasil, ainda despovoado, passou a ser controlada pela Diocese Funchal, que era sediada na Ilha da Madeira, criada por Leão X. Nos navios que aqui chegaram no descobrimento haviam frades, e foram os franciscanos que rezaram as duas primeiras missas no Brasil, mas apenas em1549, com a vinda dos primeiros jesuítas, é que fica marcado o início da atividade religiosa organizada no Brasil. Em 1551, oPapa Júlio III (ver foto abaixo) instituiu o primeiro bispado no Brasil, tendo como primeiro bispo brasileiro Dom Pero Fernandes Sardinha.

Assim, após 38 anos subjugados a ordem Funchal, tornou-se uma Diocese separada, a Diocese de S. Salvador da Bahia de Todos os Santos. Até meados do século XVIII, o estado controla a atividade eclesiástica na colônia através do padroado, arcando com o sustento de Igreja. É o Estado que nomeia e remunera os párocos e bispos, além de controlar as sentenças eas execuções do tribunal da Inquisição. A vida religiosa na colônia brasileira era dividida basicamente em três preocupações básicas: a primeira era a catequização dos índios e a segunda, promover as necessidades espirituais da população e também cumprir tarefas sociais.

A tarefa de catequização era muito árdua devido a diversos empecilhos encontrados no Brasil, mas também era de extremaimportância para a Igreja Católica, pois naquele período havia uma enorme preocupação relacionada ao aumento de seguidores convertidos ao catolicismo. Era preciso se adaptar a terra, ao clima. Para abordar os índios tinham que ensiná-los a desenvolver sua cultura, fazer com que eles compreendessem a fé em Cristo e principalmente pregar o Evangelho. Mesmo sendo pouco numerosos, os catequistas tiveram que aprender línguas novas, andar enormes distancias a pé, sem apoio do governo e também enfrentando a ambição dos colonos que viam os índios como presas fáceis para a escravização. Uma forma de ajudar na catequização dos indígenas foi à fundação de aldeias, encontradas nos subúrbios de Salvador, noRecôncavo baiano, em Porto Seguro, no Rio de Janeiro, noEspírito Santo, em São Paulo, no Rio Grande do Norte e naParaíba, onde os missionários dedicavam-se em tempo integral ao ensino das artes e também ao ensino da agricultura.

A vida espiritual da Igreja era expressa principalmente através de procissões na Semana Santa, Missa do Galo no Natal,nas festas de Nossa Senhora e também incentivavam a moral familiar. Também promovia a parte social que muitas vezes não era cumprida, ou até mesmo oferecida pelo Estado. Era a Igreja que comandava as poucas escolas existentes na colônia. As Irmandades e Confrarias eram organizadas com a finalidade de amparar e promover cultos entre elas. As Misericórdias(Santa Casa) colaboraram com o combate a doenças, epidemias e socorro aos acidentados e também ajudaram no desenvolvimento da medicina colonial. Socialmente a Igreja catequizava a população no Período Colonial.

Tanto as crianças, quanto os adultos recebiam essa catequização, preocupados principalmente com a formação dos lares regidos pela moral e fé cristã e também se preocupavam com os sermões dos pregadores. Negativamente, em muitas vezes a Igreja contribuiu para o afastamento da moral cristã, através da formação de “haréns domésticos” e também pela busca do poder e do dinheiro. Também contribuiu negativamente na escravidão, tanto ela sendo indígena(guerras justas) e também na escravidão negra.

Quanto à inquisição no Brasil colônia, esta nunca foi instalada burocraticamente no Brasil, os atos inquisitórios eram remetidos a Lisboa. O primeiro visitador do Santo Ofício chega à Bahia em Junho de 1591, o desembargador Heitor Furtado de Mendonça, toma algumas medidas como, nomear uma comissão inquisitorial, publicou um Auto-de-Fé, umaCarta de Graça para a cidade da Bahia e seus arredores e umaCarta Monitória que em um de seus trechos menciona práticas e cerimônias judaicas que deveriam ser confessadas ou denunciadas. Em Recife, o visitador Mendonça estabeleceu os órgãos e fez as promulgações,

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