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Inauguração

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Por:   •  9/2/2015  •  Seminário  •  432 Palavras (2 Páginas)  •  236 Visualizações

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A tomada de posse dos portugueses sob os territórios coloniais brasileiros foi marcada por uma ocupação lenta e gradual. A urgência em obter lucro com a exploração mercantilista deixou o Brasil em segundo plano nos projetos econômicos do Estado Português, na época, bem mais preocupado em consolidar pontos comerciais na África e na Ásia. Paralelamente, a ausência de metais preciosos ou outros produtos de interesse no mercado europeu também inviabilizou a exploração imediata do território.

O alto investimento exigido para o desenvolvimento de atividades exploratórias e o pequeno contingente populacional fizeram com que as expedições portuguesas se limitassem à investigação dos territórios, a coleta de recursos naturais e o combate aos contrabandistas estrangeiros. No ano de 1501, uma expedição liderada por Gaspar de Lemos foi mandada para cá com a missão de nomear vários pontos do litoral e acabou confirmando a existência de pau-brasil em nossas terras. A existência de tal árvore logo chamou a atenção dos portugueses, já que dela se extraía uma tinta bastante utilizada para o tingimento de tecidos na coloração vermelha. Dois anos mais tarde, uma nova expedição foi enviada para a construção de feitorias ao longo do litoral. Tais fortificações eram utilizadas para o armazenamento de pau-brasil e para a proteção necessária contra a invasão de outros povos. Com relação a essa mesma atividade de extração, os portugueses contaram com o trabalho voluntário dos indígenas, que recebiam diversas mercadorias em troca do serviço prestado. Tal prática, ao longo do tempo, ficou conhecida pelo nome de escambo.

As populações indígenas foram utilizadas como mão-de-obra na extração do pau-brasil em troca de pequenas armas e mercadorias. Nesse primeiro momento, a parceria entre os colonizadores e indígenas era marcada por uma relação mais próxima e amigável. Contudo, na medida em que os colonizadores portugueses adentraram o território, encontraram outras populações nativas que lutavam contra a invasão promovida pelos europeus.

Passadas as primeiras três décadas da incipiente colonização lusitana, o interesse de navegadores de outros países europeus ameaçava os domínios de Portugal no Atlântico Sul. Em 1526, o rei dom João III ordenou o envio de expedições punitivas incumbidas da missão de expulsar as embarcações e contrabandistas estrangeiros. A missão comandada pelo navegador Cristóvão Jacques afundou uma embarcação francesa e perseguiu vários de seus tripulantes.Em 1530, a expedição de Martim Afonso de Souza foi enviada até ao Brasil para a fundação do primeiro centro colonial do território tupiniquim. Já nessa viagem, mudas de cana-de-açúcar foram trazidas para o desenvolvimento da primeira empresa mercantil a ser instalada pelos portugueses. Além disso, essa mesma expedição foi acompanhada por padres jesuítas que realizaram a catequização dos indígenas.

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