Industria E Imperio
Monografias: Industria E Imperio. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: acaciochumane • 26/9/2013 • 2.198 Palavras (9 Páginas) • 287 Visualizações
O Imperialismo Alemão (II Reich )
A Organização do Estado
Em 1806, Napoleão Bonaparte dissolveu o Sacro Império, incorporando os Estados germânicos na Confederação do Reno. Com a derrota de Napoleão e a dissolução da Confederação do Reno, o Congresso de Viena (1815) agrupou-os na Confederação Germânica, um estado federativo sob a liderança da Áustria. Existiam vinte e dois estados monárquicos e as três cidades, com as suas instituições próprias, que davam à nobreza e à burguesia um papel preponderante na vida política. Estes tinham no Reich algumas das suas atribuições: negócios exteriores, exercito, alfandegas, moeda. No plano federal, o reichstag , eleito pelo sufrágio universal, divide os seus poderes legislativos com o Reichsrat , assembleia de delegados dos estados, e não tem nenhum meio de acção sobre o governo imperial, dirigido pelo chanceler nomeado pelo imperador e só responsável perante ele. De entre os estados independentes, a Prússia era o mais poderoso, económica e militarmente. Interessava-lhe a unidade política, pois estava em processo de industrialização e tinha necessidade de mercados.
As Dificuldades Económicas e Sociais
Nos anos que aproximam a unificação, Bismarck, com o auxílio de ministros liberais reforçou a união económica da Alemanha com a unificação da moeda, fundação de Reichsbank, extensão da rede ferroviária, que passava pelos diversos estados, mas com a descriminalização da Áustria. Esta unificação resulta essencialmente da mistura de ideais liberais e nacionais.
Desde os períodos de 1871 a 1873, a vida económica melhorou bastante com a fundação de muitos bancos, sociedades por acções, consórcios industriais.
A etapa fundamental foi a criação do “zollverein” (união aduaneira). Lentamente, houve a redução das tarifas entre os Estados alemães, permitindo a livre circulação de mercadorias.
A Unificação da Alemanha
Uma tentativa de unificação, sob a liderança da Prússia, fracassou em 1848, em consequência das pressões austríacas e da oposição aos liberais. A monarquia prussiana, até então, se apoiava nos junkers, proprietários de terras, hostis ao liberalismo e à burguesia. Todavia, o desenvolvimento industrial acelerado ampliou a importância da burguesia, que trabalharia para alcançar seus objectivos.
O novo rei da Prússia, Guilherme I, e Otto von Bismarck, chanceleres (primeiro-ministro) a partir de 1862, foram os construtores da unificação, por meio do militarismo, de guerras e de uma acelerada industrialização, baseada nas indústrias siderúrgica, química e mecânica. Em pouco tempo, os produtos germânicos eram largamente vendidos em toda a Europa. Com um exército bem treinado, uma administração eficiente e poderosa, um crescimento económico auto-sustentável, o reino prussiano era o mais forte dos Estados alemães. Por outro lado, o crescimento populacional e a enorme influência intelectual das universidades estimularam o projecto de unificação nacional, financiado pela burguesia. Bismarck aproximou a Prússia da Rússia e da Inglaterra, para isolar a Áustria.
A Dinamarca administrava os territórios alemães do Holstein e Schleswig. A insatisfação dos cidadãos germano-dinamarqueses foi o pretexto para uma intervenção militar da Prússia, mais para testar a força da Áustria. A vitória prussiana sobre a Dinamarca possibilitou a anexação dos territórios, contra a vontade da Áustria. Antevendo a reacção austríaca, Bismarck aliou-se aos italianos do Piemonte, que pretendiam anexar Veneza, sob domínio austríaco, e obteve a neutralidade francesa. Em 1866, os austríacos declararam guerra, mas foram facilmente derrotados na Batalha de Sadowa.
Como resultado, Bismarck unificou os Estados do norte em uma Confederação. Faltava unificar os Estados do sul, católicos. Bismarck decidiu unificá-los, marcando o período liberal, explorando uma grande causa nacional.
Os católicos alemães, agruparam se num partido politico, o partido do Centro, que contava com apoio do clero e de diversas associações católicas. O grande obstáculo era a católica França. Por seu lado, o imperador francês Napoleão III viu no conflito uma maneira de ampliar seu prestígio, interno e externo, apoiando-se nos generais radicais, saudosistas das “campanhas napoleónicas”. Era necessário um pretexto para Bismarck provocar a França, fazê-la declarar a guerra, e estimular a união dos alemães. E ele veio com a disputa pelo trono espanhol, que ficou vago. Ousadamente, Bismarck apresentou a candidatura de um príncipe prussiano que, se vitoriosa, colocaria a França novamente cercada por casas reais alemãs, como à época dos “cardeais”. Sem perceber a cilada, Napoleão III declarou guerra à Prússia, vista como vítima da agressão francesa. Influenciados pelo nacionalismo, os Estados alemães do sul se uniram à Prússia. Iniciava-se a Guerra Franco-Prussiana (1870-1871).
A Prússia venceu a França de Napoleão III na Batalha de Sedan, na qual o imperador foi feito prisioneiro. Foi proclamada a III República na França, enquanto Paris, cercada pelo exército prussiano, tornava-se domínio da Comuna.
Os Estados do sul aderiram à Confederação do Norte, que se transformou em um império federativo, sob a liderança do rei da Prússia, coroado Imperador (Kaiser). Para humilhação dos franceses, o império alemão foi fundado no Palácio de Versalhes.
Pelo tratado de Frankfurt em 1871, a França cedia as províncias da Alsácia-Lorena e pagava uma enorme indemnização de guerra.
O desenvolvimento económico alemão se acelerou com a unificação política. Em 1888, subiu ao trono o Kaiser Guilherme II, que afastou Bismarck da chancelaria e imprimiu uma política externa personalista. A ambição Guilherme II era de inaugurar u o seu reinado com "com uma política social que consagrasse os operários e o estado"
A crise de 1873 na Alemanha
A crise que eclodiu no Outono de 1873, foi seguida por um longo período de depressão, marcado pela queda dos preços, inúmeras falências, diminuição das actividades industriais, e grandes dificuldades para os produtores agrícolas.
Consequências da crise de 1873
As repercussões da crise de Outono de 1873 foram bastante consideráveis, visto que:
No plano económico – houve desaparecimento de empresas, o que implicou um reforço da concentração industrial e bancária.
Nos campos, a crise afectou muito os pequenos agricultores e os seus
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