Influência do Design na Década de 1940
Por: ViviAluizio • 14/9/2019 • Trabalho acadêmico • 1.382 Palavras (6 Páginas) • 175 Visualizações
ESPM - RJ
Curso de Design
Período 2018.2
História do Design
Professora Isabella Perrota
Rebecca
Vivian
"Década de 40: as revistas, os livros de luxo, a fotografia e suas influências no design."
Índice
Introdução (contexto histórico):
Década de 40 e os horrores da Segunda Guerra Mundial
Efeitos da guerra na economia e no design
A Sociedade dos Cem Bibliófilos
Paradoxo: nasce a maior iniciativa no campo de livros de luxo no Brasil
Publicações Sofisticadas
Contribuição para o design, artistas e obras.
Encontro das artes visuais com o design e sua contribuição
Ilustradores
Augustus para as capas dos livros de Monteiro Lobato (Editora Brasiliense)
Tomás Santa Rosa (Editora José Olympio)
As Revistas
Revistas divididas em seções para diferentes públicos
Revista O Cruzeiro
Alceu Penna e "As garotas de Alceu"
Revista Tricô e Crochê (Alceu Penna)
Carmen Miranda
Revista Sombra
Revista Rio
Introdução
Na década de 40, um período de conturbações e instabilidade gerados pela Segunda Guerra Mundial, o mundo do design encontrava-se limitado, diante dos diversos obstáculos criados à partir dos embargos e rivalidades que surgiram durante a guerra. Os efeitos da guerra também chegaram a economia, e assim como os principais países envolvidos na guerra, a economia brasileira também foi atingida, tendo como consequência uma modesta produção no campo design naquela década. Contraditoriamente, é nesta época improvável para avanços na indústria do design, que surge a maior iniciativa no campo de livros de luxo no Brasil, a Sociedade dos Cem Bibliófilos.
Partiu de Raymundo Castro Maya a ideia de formar a sociedade de caráter cultural, que se dedicaria à publicação de obras de autores brasileiros, ilustradas também por artistas nacionais, que seriam exclusivas e luxuosas, algumas das edições numeradas para inteirar a exclusividade das sofisticadas publicações. Portinari, Di Cavalcanti e Lívio Abramo estão entre os grandes nomes participantes da importante organização, que foi responsável por obras como "Memórias Póstumas de Brás Cubas", escrita por Machado de Assis e ilustrada por Candido Portinari; e "Menino do Engenho", escrito por José Lins Rego, e também ilustrado por Portinari. A sociedade, por ser estritamente criada para escritores e artistas brasileiros, em seus curtos 25 anos, estimulou o surgimento de novos ilustradores nacionais, assim como outras áreas do design.
Ilustração da capa e de Brás no cemitério, de Portinari.
Ilustradores
Augusto Mendes da Silva (Augustus)
Um grande ilustrador brasileiro, Augustus foi responsável pela recriação das capas dos livros infantis de Monteiro Lobato, de sua saga do Sítio do Picapau Amarelo, pela editora Brasiliense. Com seu desenho apelativo com traços divertidos, cores vibrantes e ilustrações que representavam cenas dos livros, Augusto foi bem sucedido em sua reedição das obras de Monteiro Lobato.
Ilustrações de Augustus para os livros infantis de Monteiro Lobato.
Tomás Santa Rosa
Tomás Santa Rosa foi um grande artista plástico brasileiro que influenciou muito no design modernista editorial nacional. Por ser muito versátil, Santa, como era conhecido, conseguiu captar bem o jeito carioca. Depois de muitos trabalhos em editoras como a Época e a livraria Schmidt, o artista foi contratado, em 1935, por José Olympio como produtor gráfico responsável por criar as fontes e capas. Houve uma mudança no estilo de arte que Santa produzia, passou de algo desinibido e simplesmente artesanal para algo com proporções padronizadas e com certo custo. Foi a partir de 1940 que a editora já tinha sua marca padronizada e que permaneceria por mais 10 anos. Seus projetos para a editora tinham uma cor uniformizada, bordas brancas, e possuíam a arte centralizada. Ele procurava deixar as capas limpas para que a arte centralizada atraísse o olhar do leitor. Assim, a editora já possuía uma forma própria de iniciar seus projetos editoriais, como mostram as imagens abaixo:
Capas de Tomás Santa Rosa para a revista O Cruzeiro
Capas de Santa Rosa para a editora José Olympio.
As Revistas
Revistas divididas em seções para diferentes públicos
Essa era marca o início do fotojornalismo brasileiro levando em conta toda a diversidade brasileira e de que forma os editores poderiam abordar certos temas e, assim, acharem lugar em meio a globalização e avanço social do país. A grande pioneira na fotorreportagem brasileira foi a revista O Cruzeiro que acabou se tornando um dos maiores meios de comunicação em massa da época. A divisão de tópicos na revista tem como objetivo cativar os diferentes olhares pelos quais certos assuntos podem ser avaliados e percebidos. Várias temáticas foram tratadas como política, povo indígena, vida urbana, etc.
Revista O Cruzeiro
A revista O Cruzeiro, como citada no parágrafo anterior, foi
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