Influências das Revoluções do século XVIII na Península Itálica
Por: JimM • 8/5/2015 • Trabalho acadêmico • 3.213 Palavras (13 Páginas) • 199 Visualizações
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO[pic 1]
FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS
CURSO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS
O Estado Italiano nos Séculos
XVIII e XIX
Relatório apresentado como exigência parcial para obtenção de nota na disciplina de História das Relações Internacionais, do curso de Relações Internacionais da Faculdade de Ciências Sociais, ministrada pela Professora Yone.
Fabio Baldessari RA00159204
Mateus Giorgini Graziano RA00159185
João Amadeu Giacchetto Filho RA00159904
Paulo Roberto Mascara RA00159900
Victor Lenzi RA00139596
São Paulo
2014
SUMÁRIO
- Itália no século XVIII...............................................................................3
- A Revolução Francesa e suas Influências na Itália.............................4
- Revolução Industrial e sua Influência na Itália....................................5
- O Papel da Itália no Concerto Europeu.................................................7
- A Itália no século XIX e a unificação.....................................................8
- Conclusão................................................................................................9
- Referências Bibliográficas...................................................................10
- Itália no século XVIII
Durante este século, a península passou por vários domínios: até 1714 sob o domínio dos Habsburgos espanhóis. Após 1714, o domínio passou para os Habsburgos austríacos, pois entre 1701 e 1714 ocorria a Guerra da Sucessão Espanhola, e em 1708 John Churchill, 1.° Duque de Marlborough (Grã Bretanha) e Eugénio de Saboia (Império Habsburgo) já haviam assegurado a vitória na Itália para a Grande Aliança. Com isso, o Reino de Nápoles, o Ducado de Milão e a Sardanha foram para os austríacos Habsburgos e a Sicília ao Ducado de Savoy. No entanto os espanhóis recuperaram Nápoles e Sicília na Batalha de Bitonto em 1738. Enquanto a Espanha piorava no século 17, o mesmo aconteceu com suas possessões italianas em Nápoles, Sicília, Sardenha, e Milan. O Sul da Itália foi empobrecido, estagnado, e cortado da torrente dos acontecimentos na Europa. Nápoles foi uma das cidades mais superlotadas e insalubres do continente, com uma população dominada pelo crime e volátil. A aristocracia napolitana longo ressentia domínio espanhol e beneficiou-se com a chegada dos austríacos em 1707. No entanto, eles ficaram desapontados como Viena manteve a prática de não permitir qualquer autonomia para Nápoles. Enquanto a guerra se alastrou, a Áustria impôs enormes encargos fiscais sobre a cidade e não começou a fornecê-lo com toda a administração adequada até que a paz voltou. Graf von Daun (vice-rei de Nápoles 1713-1719) tentou várias reformas, mas entrou em conflito com a igreja sobre questões de competência. Ele havia amplamente conseguido fazer a paz com Roma, mas devido a crise internacional obrigou os imperadores austríacos a impor mais impostos em Nápoles e negligenciar todos, com exceção dos senhores feudais tradicionais da cidade. O Cardeal Michael Friedrich von Althann após tornou-se vice-rei (1722-1728), mas perturbou a nobreza (que já sofria de impostos imperiais) e da classe média com sua postura pró-clerical. A queda de Althann veio com sua tentativa de estabelecer um banco estatal (o Banco di San Carlo) com a intenção de adquirir terras da coroa para o imperador austríaco. Ele enfureceu tanto a nobreza quanto a classe média com esta campanha mal concebida, e depois de sua expulsão Nápoles sofreu vários anos tumultuosos da fome e da agitação social, com problemas internacionais impedindo qualquer tentativa de reforma administrativa. Foi com alívio que o espanhol nascido Don Carlos subiu ao trono de um reino renascer de Nápoles em 1734.
Durante a era napoleônica, a Itália foi um estado cliente da República Francesa (1796-1814). O Congresso de Viena (1814) restabeleceu a situação do final do século XVIII, que foi, porém, rapidamente anulada pelo incipiente movimento de unificação italiana.
- A Revolução Francesa e suas Influências na Itália
Durante o século XVIII, a França viveu um período absolutista onde o Antigo Regime era a forma de governo regente. Foi uma época de extrema injustiça social onde o Terceiro Estado era formado pelos trabalhadores urbanos, camponeses e a pequena burguesia comercial. Os impostos eram pagos somente por este segmento social com o objetivo de manter os luxos da nobreza. A vida dos trabalhadores e camponeses era de extrema miséria, portanto, desejavam melhorias na qualidade de vida e de trabalho. A burguesia, mesmo tendo uma condição social melhor, desejava uma participação política maior e mais liberdade econômica em seu trabalho. O rei governava com plenos poderes, controlando a economia, a justiça, a política e até mesmo a religião e os oposicionistas eram presos em uma prisão política, a Bastilha, ou condenados à morte.
A situação social era tão grave que o povo foi às ruas com o objetivo de tomar o poder e tirar do governo a monarquia comandada pelo rei Luis XVI. O primeiro alvo dos revolucionários foi a Bastilha. A Queda da Bastilha em 14/07/1789 marca o início do processo revolucionário, pois a prisão política era o símbolo da monarquia francesa. O lema dos revolucionários era "Liberdade, Igualdade e Fraternidade”, pois ele exprimia as reivindicações do terceiro estado. O movimento revolucionário gerou um forte sentimento nacionalista entre os participantes e deixou um legado em toda a Europa: ideais da revolução e ideais iluministas se espalhavam por todo o continente. Durante o processo revolucionário, grande parte da nobreza deixou a França, porém a família real foi capturada enquanto tentava fugir do país. Presos, os integrantes da monarquia, entre eles o rei Luís XVI e sua esposa Maria Antonieta, foram guilhotinados em 1793. O clero também não saiu impune, pois os bens da Igreja foram confiscados durante a revolução. No mês de agosto de 1789, a Assembleia Constituinte cancelou todos os direitos feudais que existiam e promulgou a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Este documento trazia significativos avanços sociais, garantindo direitos iguais aos cidadãos, além de maior participação política para o povo.
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