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Janio Quadros

Artigo: Janio Quadros. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  21/8/2013  •  977 Palavras (4 Páginas)  •  449 Visualizações

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Governo de Jânio Quadros:

Nascido em 25 de janeiro de 1917 na cidade de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Jânio da Silva Quadros foi um dos políticos de carreira mais interessante que apareceu em nossa história. Depois de passar uma parte da juventude na cidade de Curitiba, se mudou para São Paulo, lugar onde conquistou o diploma de bacharel em Direito e trilhou seus primeiros passos na política.

Atuando como discente no Colégio Dante Alighieri, foi incentivado pelo apoio de alunos e pais para que concorresse a uma vaga como vereador. Em 1947, conseguiu um lugar no legislativo da cidade para logo em seguida conquistar o cargo de deputado estadual no início da década de 1950. Seu discurso enérgico e carismático arrebatou uma leva de eleitores que acreditavam que a vassoura, símbolo de suas campanhas, iria varrer a corrupção do país.

Trilhando mais um passo meteórico, se elegeu prefeito da cidade de São Paulo em 1953 e governador do Estado no ano seguinte. Mediante o triunfo notado nas boas votações e as manifestações de apoio popular, Jânio Quadros não hesitou em aproveitar o bom momento para se lançar ao posto de presidente. Filiado então à União Democrática Nacional, partido de tendência fortemente conservadora, o candidato realizava comícios onde comia pão com mortadela e fingia desmaios. Eram os tempos do populismo!

Vencendo o pleito com um recorde de votação histórico, Jânio Quadros parecia ter tudo o que era preciso para crivar o seu nome como um político de grande marca e projeção. Contudo, em plena Guerra Fria, resolveu tomar ações de natureza autonomista que desagradaram os conservadores e chamaram a atenção do bloco capitalista. Internamente, tomou medidas econômicas e se preocupou em decretar leis que mais promoviam sua imagem do que atendiam as grandes demandas da época.

Jânio Quadros pode ser visto como um dos maiores expoentes do período populista no Brasil. Sua carreira política meteórica foi sustentada por aparições públicas apelativas onde sempre fazia questão de se mostrar como um líder carismático das massas. Em menos de uma década, conseguiu eleger-se vereador, prefeito, governador e deputado federal pelo Estado de São Paulo. Em 1960, lançou sua candidatura à presidente prometendo superar as mazelas deixadas pelo governo JK.

Utilizando a vassoura como símbolo de sua campanha presidencial, insistia em moralizar o cenário político nacional e “varrer” a corrupção do país. Contando com essas premissas, Jânio conseguiu uma expressiva votação, indicando a consolidação do regime democrático no país. No entanto, as contradições e a falta de um claro posicionamento político fizeram com que o mandato de Jânio Quadros fosse tomado por situações nebulosas.

Para superar o problema da inflação e o visível déficit público, Jânio procurou reduzir a concessão de crédito e congelou o valor do salário mínimo. Além disso, aprovou uma reforma da política cambial que atendia as demandas dos credores internacionais. Tais medidas pareciam sinalizar um conservadorismo político que aproximou o governo de Jânio Quadros aos interesses do bloco capitalista. No entanto, sua política internacional provou o contrário.

Em tempo de Guerra Fria, o presidente ignorou os rígidos ditames da ordem bipolar defendendo um posicionamento político autônomo. A partir de então, decidiu retomar as relações com a União Soviética e negou-se a comparecer a um encontro marcado com John Kennedy, então presidente dos Estados Unidos. Além disso,

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